Brasil cobra 32% a menos de impostos sobre alta renda, em comparação com o G7

Quem ganha mais, cerca de US$ 1,5 milhão por ano, no Brasil, paga a mesma taxa de 27,5%. Já no G7, essa renda tem 47,9% de impostos. Nos países europeus, 44,2%

Jornal GGN – Pesquisa da UHY International divulgada neste domingo (22) pelo G1 mostra que o imposto cobrado no Brasil sobre a renda alta é 32% mais baixo do que a média dos países mais industrializados do mundo, o G7. Na comparação com a média dos países europeus, o índice é de 31%.

A análise reforçou o quadro de injustiça e desigualdade social: de um lado, o Brasil cobra uma alta carga tributária sobre o consumo, o que atinge todos os brasileiros de forma igual, independente de renda. Enquanto isso, de outro lado, a taxação sobre a renda poupa quem recebe os maiores salários, na comparação com outros países.

Nesse quesito, aliás, o Brasil só perde para países como Rússia, Paquistão e Nigéria.

A pesquisa mostra que quem ganha o equivalente a US$ 250 mil por ano no Brasil paga US$ 68,6 mil em impostos – um taxa efetiva de 27,5%. Nos países do G7, um cidadão com essa mesma renda anual pagaria 40,6% de impostos.

Quem ganha mais, cerca de US$ 1,5 milhão por ano, no Brasil, paga a mesma taxa de 27,5%. Já no G7, essa renda tem 47,9% de impostos. Nos países europeus, 44,2%.

Enquanto isso, a tributação sobre o consumo representa 48% de todos os impostos recolhidos no Brasil. “Na média da OCDE, grupo que reúne as nações mais desenvolvidas do planeta, esse patamar foi mais baixo (33%) e, nos Estados Unidos, menor ainda: 18% do total”, apontou o G1.

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Redação

1 Comentário

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  1. Quem ganha muito em troca de algum trabalho paga a pequena taxa de 27,5%. Mas quem ganhar até bilhões em dividendos não paga um centavo sequer. Imoralidade. Mas os sem noção (ou seria sem caráter?) da Fazenda anunciam a intenção de atacar a isenção do salario ou aposentadoria de quem sofre de doença grave, que eles chamam de privilégio.

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