Brasil é o País que tem menos gasto por aluno no ensino superior, diz OCDE

Segundo reportagem de Jamil Chade, apesar de ter as menores despesas em números absolutos, o País destina para a educação mesma proporção do PIB que países ricos

Foto: Agência Brasil

Jornal GGN – Levantamento feito pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a OCDE, mostra que o Brasil é o País que menos tem gastos com ensino superior entre 39 economias avaliadas. A informação foi divulgada pelo jornalista Jamil Chade, no UOL deste sábado (4).

O levantamento, feito com dados de 2015 (último ano com informações disponíveis) mostra que o Brasil gasta, por ano, 3,7 mil dólares com cada estudante universitário dos setores público e privado.

A título de comparação: o País que mais gasta é Luxemburgo, com média de 48 mil dólares por aluno. Os Estados Unidos vêm em segundo lugar, com 30 mil dólares.

Entre os latino-americanos, Chile é o pais com maior gasto, 8,4 mil dólares ao ano.

Quando o assunto é ensino fundamental. Brasil gasta 2,7 mil dólares ao ano por aluno. A Alemanha despende 11 mil dólares.

Apesar do gasto absoluto ser o menor, o percentual do PIB que vai para a educação é equivalente às taxas praticadas em países ricos. Em 2015, 5% do PIB brasileiro foi para a educação, o mesmo volume destinado pela Suécia.

Em 2018, o hoje ministro da Educação Abraham Weintraub declarou que o Brasil gasta como os ricos e tem resultados de pobres.

No governo Bolsonaro, Weintraub anunciou corte de 30% da verba para despesas básicas em todas as universidades federais.

Redação

4 Comentários

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  1. Pela amostragem recente/atual, o resultado é paupérrimo. Cabe melhorar, o que pressupõe mais investimento em todos os sentidos, mas o raciocínio dominante no atual gerenciamento conclui pelo corte financeiro pura e simplesmente. Aonde aprenderam isso? Se está se falando de estágio civilizatório, herança, essas coisas que desaguaram no sistema universitário moderno, tributário da sociedade moderna, aonde a ciência é a pedra de toque, o fundamentalismo devocional deveria ser rechaçado vigorosamente, pelo patente atraso e prejuízo. Aí o problema acaba sendo sua internalização pura e simples na maior parte do staff acadêmico, o que trava uma reação mais vigorosa de uma minoria manietada, ameaçada e, com bons motivos, assustada. No geral, o sistema universitário brasileiro parece mais com o Bolsonaro do que com o Paulo Freyre. Uma louca docente da Usp surtou com a ciclovia dos comunistas. Uma outra, da Puc/Rio pirou com um “nordestino” (sic) no aeroporto. Outra, ainda, viu o sol poente nipônico como uma invasão dos vermelhos ao pavilhão nacional. Em 2007 ou 2008, um abaixo-assinado capitaneado por docentes da Usp pediam a supressão das cotas no ensino superior. A boa experiência da Uerj, 2002, enfrentou resistência severa nas federais, e só foi aceita quando a pressão da militância negra começou a expôr para todos o teor da branquitude universitária. E imediatamente os campi federais mudaram sua política de segurança do modelo discreto e velado para o modelo ostensivo. Obviamente que o pessoal enxotado da publicidade do Banco do Brasil não vai aceitar passivamente sua exlusão dos direitos. Esses podem comandar o enfrentamento.

  2. “No sábado (4), o portal Uol havia publicado que as despesas por estudante, de acordo com informações da OCDE, seriam de US$ 3,7 mil – dessa forma, o Brasil estaria em último lugar no ranking. A instituição, mais tarde, porém, afirmou que o dado estava errado.

    “Confirmamos que os dados dos gastos do Brasil com o ensino superior retirados da seguinte página da OCDE https://data.oecd.org/eduresource/education-spending.htm#indicator-chart estavam incorretos”, diz a instituição por meio de nota oficial. “O valor correto é de US$ 14, 261 mil e não US$ 3, 271 mil”.”
    Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/educacao/ocde-confirma-brasil-gasta-us-14-mil-por-aluno-na-universidade/
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