Lendo a reportagem da Folha sobre o retorno de impostos em 30 países, em que diz que o Brasil está em último lugar, alguns diriam, os números não mentem, mas não bem assim, na verdade, se manipulados, mentem sim, e com verdades.
Aproveitei minha hora de descanso para fazer um exercício baseado nos dados da reportagem, com a ajuda da Wikipedia, transformei o percentual de impostos do PIB em impostos per capita, para minha surpresa, a lista ficou assim, começando pelos que pagam menos impostos per capita:
1o – Brasil – U$ 5.484,40
2o – Coreia do Sul – U$ 9.857,95
3o – Israel – U$ 10.422,59
4o – Japão – 10.745,74
5o – Nova Zelândia – U$ 11.830,18
6o – Austrália – U$ 12.176,10
7o – EUA – U$ 13.740,54
8o – Irlanda – U$ 13.882,30
9o – Canadá – U$ 13.948,22
10o – Bélgica – U$ 15.574,62
11o – Suíca – U$ 15.648,36
Quem diria, o Brasil, ao menos desses 11 da imagem da reportagem, é o que menos paga impostos per capita, para ficar ao menos ao nível da Coreia do Sul teria de aumentar seus impostos em no mínimo 74% ou seu PIB na mesma proporção.
Há um estudo que li, não lembro onde, que a renda ideal para a felicidade seria de 12 mil dólares, ao dar uma rápida olhada nessa lista, parece que o valor de equilíbrio dos impostos se situam na mesma faixa, por volta de 12 mil dólares.
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2014/04/1434959-brasil-e-o-pior-em-retorno-de-imposto-a-populacao-aponta-estudo.shtml
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Esse é o raciocínio correto
Esse é o raciocínio correto ao se falar do retorno do impostos à população ! E ainda mais : há que se considerar que a imensa maioria da população brasileira tem uma demanda muito maior de serviços e programas sociais do que as populações dos países desenvolvidos, o que demandaria alíquotas bem mais elevadas de impostos para atender às necessidades desses brasileiros.