Brasil “não pode ficar parado por causa da testagem, tem de atuar com o que tem”

"Vai ser preciso adotar medidas diversas, como a paralisação de determinadas áreas de certa cidade"

Jornal GGN – O médico epidemiologista Mauricio Barreto, que atua na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), disse em entrevista à Folha que não há outra estratégia viável contra o coronavírus que não passe pelo endurecimento do isolamento social e, além disso, o Brasil precisa elaborar um plano para contornar a falta de testes em massa.

“Agora a gente não pode ficar parado por causa da testagem, tem de atuar com as condições que tem. A gente não vai ter a estrutura da Coreia do Sul. O que a gente defende é: no momento em que você tem testes limitados, é usar racionalmente o que se tem, focando em determinados grupos, enquanto se aumenta a capacidade”, disse.

Segundo ele, “vai ser preciso adotar medidas diversas, como a paralisação de determinadas áreas de certa cidade, ou de certas cidades. Talvez não uma paralisação global, mas, sim, regional ou setorial.”

Barreto disse que não é possível estimar até quando o isolamento deve seguir. “Não sei e acho que ninguém sabe. Mas não há dúvidas de que deveria se prorrogar por pelo menos quatro semanas mais e depois estudar outras prorrogações, se necessário. Isso deve ser feito por etapas.”

Redação

3 Comentários

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  1. O sábio tem dúvidas, só o ignorante fundamentalista tem certeza. Basta comparar o que diz um epidemiologista da Fiocruz e os bolsonaristas, que já estão até ameaçando de morte pesquisadores de Manaus. “Abajo la vida, viva la muerte”.

  2. Parece que existe um interesse muito grande em não se discutir alternativas para o funcionamento básico da sociedade.
    Desde o início da quarentena,o sujeito que ocupa a presidência da república ficou de forma monocórdica insistindo que era contra o isolamento social.
    Pois bem,mais de 30 dias se passaram e,tal qual um disco riscado,o sujeito fica a repetir a mesma coisa enquanto este governo amorfo nada propõe e nada faz.
    É preciso que a sociedade se mobilize,ainda que virtualmente,para começar a discutir propostas de funcionamento que permitam atender a todos com segurança para que não haja um colapso no atendimento hospitalar.
    Uma coisa é certa: Esqueçamos o governo.De onde não se espera que saia nada é que não sai mesmo.

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