Quando o assunto é liberdade de expressão, o Brasil – mais uma vez – caiu no ranking global sobre o tema, demonstra o relatório da ONG Artigo 19, divulgado nesta quinta-feira (30).
Em 10 anos, o Brasil perdeu 38 posições no levantamento anual, em uma escala de 0 a 100, se tornando a terceira nação com o maior declínio sobre o assunto, ficando atrás apenas de Hong Kong, com menos 58 pontos; e Afeganistão, com menos 40 pontos.
Além disso, de acordo com o documento, houve uma piora considerável no indicador a partir de 2016, ano em que Michel Temer (MDB) assumiu o Planalto, com um salto em 2019, primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro (PL).
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Sob Bolsonaro, ataques a imprensa dispara
O agravamento da situação não para por aí. No ano passado, o número de ataques a jornalistas e veículos da imprensa registrou o maior patamar desde 1990. Só em 2021, foram contabilizados 430 ataques à liberdade de imprensa, mais que o dobro em comparação a 2018.
Neste cenário, o Brasil passou a ocupar o 89º lugar entre 160 países e está na categoria “restrito”, a terceira pior entre cinco.
O ranking sobre a liberdade de expressão analisa fatores como a liberdade dos jornalistas, dos meios de comunicação e de cada indivíduo, em 25 indicadores.
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