Brasil vai produzir vacina de Oxford contra covid-19, anuncia Ministério da Saúde

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Parceria prevê transferência de tecnologia à FioCruz e compra antecipada de mais de 30 milhões de doses da vacina, que chegarão até janeiro de 2021

Foto: Divulgação/Presidência

Jornal GGN – O Ministério da Saúde anunciou neste sábado (27) um acordo para produzir no Brasil a vacina contra coronavírus desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com o laboratório AstraZeneca.

O acordo prevê a transferência da tecnologia de produção para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a compra antecipada de mais de 30 milhões de doses, que devem chegar ao Brasil em dois lotes, em dezembro de 2020 e janeiro de 2021. Se o imunizante se mostrar eficaz, a produção será ampliada até chegar em 100 milhões de doses.

A vacina de Oxford é considerada uma das mais promissoras contra o coronavírus em todo o mundo, e está em fase final de ensaios clínicos no Brasil, onde a pandemia ainda está em estágio avançado.

“O Brasil enviou [comunicação] à embaixada britânica e ao presidente do laboratório AstraZeneca aceitando uma proposta de acordo de cooperação e desenvolvimento tecnológico e acesso, no Brasil, à vacina para covid-19”, anunciou o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco.

A parceria implica na “compra de insumos para a vacina, incluindo a transferência de tecnologia de formulação, o invase e o controle de qualidade. A internalização da tecnologia será firmada pela Fiocruz, e a produção ocorrerá na Bio-Manguinhos”, que é a unidade produtora de imunobiológicos da Fiocruz.

PARCERIA EM DUAS ETAPAS

O secretário-executivo explicou que o acordo será executado em duas etapas. “Começa com a encomenda, em que o Brasil vai assumir o risco da pesquisa. Ou seja, vamos pagar pela tecnologia mesmo não tendo os resultados dos ensaios clínicos finais.”

Essa primeira compra será de 30,4 milhões de doses da vacina ainda em teste, com investimentos que totalizam 127 milhões de dólares, sendo que o custo do processo de transferência de tecnologia está estimado em 30 milhões de dólares. O primeiro lote, de 15,2 milhões de doses, deve ficar pronto em dezembro de 2020 e o segundo, em janeiro de 2021.

“Em uma segunda fase, quando a vacina se mostrar eficaz e segura, ampliaremos a compra” para a produção de 70 milhões de doses extras, disse Franco. Cada dose de vacina custará 2,30 dólares, “que é o preço de custo durante o evento da pandemia”.

“O governo federal entende que esse risco de pesquisa e produção é necessário devido à busca de solução efetiva para manutenção da saúde pública e segurança para a retomada do crescimento brasileiro”, justificou.

A expectativa do Ministério da Saúde é de que os resultados da última fase do ensaio clínico da vacina de Oxford sejam conhecidos entre outubro e novembro.

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Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

4 Comentários

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  1. Pagando para ser cobaia…
    Já vi esse filme que sempre se repete no final: corrupção generalizada varrida para debaixo do tapete…
    Para um governo que nada fez para combater a pandemia, não podia ter final mais infeliz do que vender fumaça ao gado.

  2. Gostaria de saber onde está essa retomafa do crescimento que os fascistas e os neoliberais tanto falam… será que está no enorme PIB de 0,9%? Ou será que está no dólar a 5 reais? Ou nos milhões de desempregados?

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