Brasileiros mostram resistência às vacinas chinesa e russa, mostra pesquisa

Incidência é maior entre apoiadores de Bolsonaro. Entre aqueles que avaliam mal o governo, a resistência é similar a qualquer outra vacina estrangeira

Jornal GGN – Um estudo realizado com 2,7 mil pessoas pelo Centro de Pesquisa em Comunicação Política e Saúde Pública, da Universidade de Brasília, mostra que brasileiros, principalmente os seguidores de Jair Bolsonaro, são resistentes às vacinas chinesa (Coronavac) e russa (Sputnik V) contra o novo coronavírus.

Segundo informações da Folha de S. Paulo desta segunda (26), de maneira geral, 78,1% do total de entrevistados são favoráveis à imunização quando não há detalhes sobre o país de origem.

Quando perguntam a respeito da Coronavac, a vacina da chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, a intenção em receber o imunizante cai 16,4%. ​

Dentre aqueles que consideram o governo Bolsonaro bom ou ótimo, 52,2% afirmaram que há pouca ou nenhuma chance de tomar a Coronavac. Somente 1 entre cada 4 seguidores de Bolsonaro afirma que há muita chance de aceitar o imunizante mesmo se importado da China.

VACINA RUSSA

A Sputnik V, desenvolvida na Russia, faz a intenção de vacinação entre os entrevistados cair 14,1% quando eles são informados sobre a origem da vacina.

Segundo Folha, “em relação aos que aprovam a gestão do presidente Bolsonaro, 36% afirma que há pouca ou nenhuma chance de se vacinarem com uma vacina russa. Os resultados mostram que 29,3% dos entrevistados afirmam que há muita chance de se vacinarem com uma vacina russa.”

Já aqueles que avaliam mal a gestão Bolsonaro desconfiam da vacina chinesa (18%) quase da mesma forma que desconfiam da vacina de Oxford (16,3%), das vacinas dos EUA (15,9%) e das vacinas russas (19,2%).

 

Redação

3 Comentários

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  1. Quando sair vacina, pode faltar freezer. Adivinhe onde
    por Hugo Souza26.out.2020

    Se faltava uma razão “técnica”, por assim dizer, para a divisão internacional da vacina contra a covid-19 espelhar a hierarquia da divisão internacional do trabalho, não falta mais.

    É que, conforme adianta uma agência internacional de notícias, quando a vacina sair, três bilhões das 7,8 bilhões de pessoas que existem no mundo podem ficar sem ela porque vai faltar… freezer.

    A vacina da Pfizer, por exemplo, que é uma das mais adiantadas, requer resfriamento de até 70 graus Celsius negativos para transporte e armazenamento, e muitos países não têm os equipamentos de refrigeração necessários, em qualidade e quantidade, para sustentar um programa de vacinação em massa contra a covid-19.

    Muitos países mesmo. Adivinhe quais?

    A maior parte da Ásia Central, grande parte da Índia e do Sudeste Asiático, regiões da América Latina e quase toda a África.

    Exemplo: Burkina Faso, que tem 20 milhões de habitantes, hoje não teria condições de receber sequer um milhão de doses da vacina da Pfizer.

    Além disso, uma projeção feita pela transnacional de logística DHL mostra que serão necessários 15 mil voos com aviões adequados e equipados com superrefrigeradores para fazer a distribuição da(s) vacina(s) contra a covid-19 sobretudo nos suis do mundo.

    A OMS estima que essa operação de distribuição da vacina irá custar algo da ordem de R$ 40 bilhões. Para a empreitada a OMS tem em caixa, até agora, porém, 10% disso, ou US$ 4 bilhões. Trump parou de repassar a cota que cabe aos EUA de recursos para a OMS. Seu ventríloquo que (des)governa um certo país dos suis do mundo, imitou.

    Adivinhe quem?

    Dicas: nesse país o planejamento para uma futura vacinação em massa contra a covid-19 é uma incógnita; ninguém sabe como será, por exemplo, o transporte de uma futura vacina para regiões remotas desse país onde não eletricidade estável, onde brilha forte apenas a luz do sol escaldante; ninguém sabe o que está sendo feito, se algo está sendo feito, porque nesse país simplesmente não há comunicação entre o ministério da Saúde, sob gestão marcial, e a comunidade científica.

    https://comeananas.com/quando-sair-vacina-pode-faltar-freezer-adivinhe-onde/?utm_medium=email

  2. Logo a chamada mais correta seria: Bolsonaristas resistem as vacinas russa e chinesa, visto que entre os que não apoiam o presidente não há resistencia em função da origem.

  3. Como dizem por aí, assim que for requerida caderneta de vacinação nas viagens para Miami, Orlando, israel, etc, mais da metade deste bando bozonarista contrários à vacina corre pra vacinar

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