Foto: José Cruz/Agência Brasil
Jornal GGN – Nesta segunda-feira (17), a Caixa Econômica Federal reabriu seu Programa de Desligamento Voluntário (PDVE), com a expectativa de adesão de 5,5 mil funcionários.
O banco abriu um PDV em fevereiro deste ano esperando alcançar 10 mil funcionários, mas somente 4,4 mil aderiram. Com o novo programa, a Caixa pretende completar o objetivo de reduzir 10 mil dos cerca de 30 mil empregados que trabalhavam na empresa no início.
Os trabalhadores terão até o dia 14 de agosto para aderir ao PDV. O incentivo financeiro, de caráter indenizatório, equivalerá a dez remunerações base do empregado, com limite de R$ 500 mil e considerando como referência o dia 31 de junho.
O benefício será pago em parcela única, sem incidência de Imposto de Renda (IR), recolhimento de encargos sociais e contribuição à Fundação dos Economiários Federais (Funcef).
Entre aqueles que poderão aderir ao programa, estão os aposentados pelo INSS até a data do desligamento, sem exigência de tempo mínimo de trabalho na Caixa e aqueles que estão aptos a se aposentar pelo INSS até o dia 30 de dezembro, também sem exigência de tempo.
Além disso, os empregados com, no mínimo, 15 anos de trabalho na Caixa, no contrato de trabalho vigente, até a data de desligamento; e os funcionários com adicional de incorporação de função de confiança/cargo em comissão/função gratificada até o dia do desligamento também podem entrar no programa.
Para justificar o PDV e a redução do número de funcionários, a Caixa diz que é preciso ajustar a estrutura ao cenário competitivo atual e buscar mais eficiência. O desligamento dos funcionários que aderirem ao PDV deve ocorrer de 24 de julho a 25 de agosto, segundo informou o banco.
Sindicato
Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa e diretor do Sindicato do Bancários de SP, afirma que a Caixa não esperou nem uma semana da aprovação da reforma trabalhista para lançar o plano de demissões.
Ele lembra que o desligamento dos 4 mil funcionários do PDV do começo do ano ocorreu no mesmo período do pagamento das contas inativas do FGTS, quase levando as agência da Caixa ao “caos”. O sindicalista, que reclama da falta de transparência do banco, também afirma que a Comissão Executiva dos Empregados vai avaliar o documento do segundo PDVE para verificar se não há retirada de direitos.
“Para os trabalhadores e para o povo brasileiro, a demissão de empregados é prejudicial, pois reduz o papel e a atuação da Caixa”, afirma.
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Classe Média apoiou o Golpe
Parte dos empregados da Caixa foi às ruas pedir as reformas neoliberais. Esses deveriam ser escolhidos para sair. Questão de coerência.