Meus desejos de sempre:
CANJIRA DE ANO NOVO
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A cerveja gelada, o fígado em ordem, o coração nos conformes, os amigos presentes, a bola na rede, a mão na roda, Pixinguinha na vitrola, Exu centroavante, Ogum de ronda, Xangô no apito, o camarão no prato, o moleque na escola, o samba no terreiro e o dia bonito.
O papo na esquina, o botequim aberto, a televisão desligada, a pipa no ar, a rua sem carro, o trem no trilho, a barca no mar, a canoa no rio; o Rio. A casa de vila, a troça, a taça, a prosa, a sanfona, a folia, o dia, a água gelada, o Buraco Quente, Nelson Cavaquinho, Odé de frente e peixe assado. Mais feira, menos mercado.
A festa de Cosme, a festa na Penha, o traçado, o trabalho leve, a cantiga breve, o subúrbio livre, o livro. A paz, o pão, o pião, o rodopio, o batuque, o desvio, o truque sem trambique. O batuquejê, o acarajé e o tremelique.
A comida farta que anda sumida: pirão, mocotó, rabada, pururuca, dobradinha. Para quem preferir, boa salada. O prazer sem tempo e sem tristeza; o desejo de dizer, movido a birinaites, numa mesa do Adônis, do Brasil, de qualquer parte, com patriótica certeza: a minha pátria é a língua à milanesa!
Cachaça, vinho, manga, reza, bamba, Bimba, candonga, sunga, pinga. Toque de bola, vento, varanda, gol da virada. A criança brincando, o homem sorrindo, a mulher amada.
(l.a.simas)
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