Carlos Bolsonaro relata discussão com assessor de Marielle

Em depoimento, vereador também disse desconhecer trabalho dela contra temas de interesse de milícias

Jornal GGN – O vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) relatou que teve uma discussão com um assessor da vereadora Marielle Franco (PSOL) na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. O fato foi obtido em depoimento do filho do presidente Jair Bolsonaro à Polícia Civil.

De acordo com informações do portal UOL, o vereador disse um assessor de Marielle era entrevistado por uma emissora espanhola e o chamou de “fascista” enquanto passava pelo corredor.  Carlos questionou a agressão verbal por parte do assessor, e ressaltou que Marielle interveio para “acalmar os ânimos” e encerrar o bate-boca. O filho de Jair Bolsonaro não informou a data da discussão.

Carlos Bolsonaro também disse não ter conhecimento sobre a possível atuação de Marielle contra temas de interesse de milícias, e que só soube do trabalho que ela mantinha junto ao então deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ) na CPI das Milícias da Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro) depois que ela foi eleita.

Nesta terça-feira, reportagem apresentada pela TV Globo mostrou uma citação nominal ao presidente Jair Bolsonaro no inquérito que investiga o assassinato da vereadora e de seu motorista, Anderson Gomes, em 14 de março de 2018.

De acordo com a reportagem, o ex-policial militar Élcio Queiroz, suspeito de envolvimento no assassinato de Marielle e de Anderson, disse na portaria que iria à casa do então deputado Jair Bolsonaro no dia do crime. Contudo, os registros de presença da Câmara dos Deputados mostram que Bolsonaro estava em Brasília nesse dia.

A divulgação da matéria levou o presidente a realizar uma live de quase uma hora no Facebook para criticar a divulgação da matéria – uma reação que gerou críticas tanto por parte da TV Globo como pelo governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC). A simples citação ao nome do presidente deve levar o caso para investigação ao STF (Supremo Tribunal Federal) por conta do foro por prerrogativa de função.

Redação

3 Comentários

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  1. Carlos Bolsonaro não foi aquele da familia Bolsonaro que através do tuiter “”deplorou”” a morte de Marielle e logo em seguida apagou a mensagem… Então.

  2. É um possível equívoco do Porteiro, disse o $érgio Moro.

    Pois é. O Porteiro não se equivocou quando afirmou que o Élcio Queiroz foi ao condominio, não se equivocou quando disse os números das casas de propriedade do Bolsonaro e do Ronnie Lessa, mas pode ter se equivocado quando disse que o Élcio afirmou que iria para a casa do Bolsonaro.

    Esses equívocos são tão seletivos quanto a Lava Jato.

  3. Uma dúvida me ocorre……será que o interfone do condomínio, chamando algumas vezes e não tendo atendimento, não pula automaticamente para o celular do proprietário da residência chamada?

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