Caso Paraisópolis: Condepe diz que apurações estão “apenas começando”

Versão pesquisada pela entidade difere da apresentada pela Polícia Militar; operação vitimou nove pessoas em favela na Zona Sul de São Paulo

Moradores de Paraisópolis protestam contra morte de jovens em baile funk. Foto: Reprodução/Daniel Arroyo/Ponte

Jornal GGN – Entidades ligadas aos direitos humanos seguem repercutindo a decisão da Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo, que considerou legal a atuação dos policiais militares em operação realizada na favela de Paraisópolis, na zona sul da cidade de São Paulo, que acabou por vitimar nove jovens.

Em nota, o CONDEPE (Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana do Estado de São Paulo) afirma ter tomado conhecimento da decisão do inquérito pela imprensa – e que, segundo divulgado, as investigações vão continuar.

“O inquérito da Corregedoria da Policial Militar é apenas o procedimento da própria corporação. As demais apurações contribuirão para a efetiva elucidação dos fatos”, afirma o conselho.

Após os fatos, a entidade criou uma Comissão Especial para acompanhar a apuração dos episódios ocorridos em Paraisópolis. “Até o presente, todas as informações coletadas por este Colegiado, bem como vídeos e testemunhos já tornados públicos pela imprensa e em redes sociais, apontam para conclusão diferente da posição da Corregedoria da Polícia Militar, divulgada pela imprensa”, diz o Condepe.

“O Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana destaca que outras apurações estão em curso, a exemplo do inquérito instaurado pela Polícia Civil e das investigações realizadas por sua Comissão Especial de Paraisópolis. Ainda, destaca-se o acompanhamento do Ministério Público”.

Redação

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