Catarina e Jariri – uma paixão sobre-humana

I a noite vei chéganu i, cum éila, as istrelas. Da chuvarona num tinha sóbrado maisi nada, ninhum réstinho di nuvem. A lua éira cheia, grandona, parécenu una luz dum póste di artura infinita qui alumiava di prata tudo sobre a tiérra. U ar tava fresquinho i cheroso do mato i do chão qui tinham cido révórvidos peilas águas. U préfume qui a chuvona deixara na noite acalmava tudo, cumu si fuósse um chá di érvas ispiciais.

Maisi a tristeza campeava na casa di mestre Bódim, i tudo paricia mei sem sentido, mei dilurido. A dor próvócada pela mórti di Sanfredo, i as nótícias qui tinham cido trazidas sobri u Brasil por Nhé Félix, amigo di Tuxo e de mestre Bódim, si juntavam em piensamientos di preócupação i desconsolo. Dilma tinha cido vítima di traídores i golpistas, fascistas qui tinham rasgadu as leis du país, i quem diviria agir num agiu. Mestre Bódim istava disolado, u puóvo, falo eile, iria vortá a sofrê, tinha cido inganado, a póbreza voltaria a batê in breve na puórta dos mais nicissitados. I o Brasil, cumu um todo,  éira maisi um dos nicissitados.

Mestre Bódim si sentara num banquim i oiava pu céu, i ninguém nu mundo siria capaizi di sabê u qui eile pensava. 

 

Redação

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