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  1. Prêmio Jabuti 2017 Ciências da Natureza, Meio Ambiente e Matemát

    …O título, A Espiral da Morte, é meio dramático, admito. Mas não destoa da realidade climática da Terra no momento. A expressão foi cunhada por um glaciologista americano para descrever o mecanismo por meio do qual o Ártico perde cada vez mais gelo marinho no verão: o derretimento de um ano expõe mais áreas de mar aberto, que é escuro e absorve radiação, produzindo mais aquecimento local, derretendo mais gelo e assim por diante. Os cientistas que monitoram o oceano Ártico estimam que bem antes do meio do século o polo Norte tenha seu primeiro verão totalmente livre de gelo.

    O derretimento do polo Norte tem consequências mais profundas do que transformar Papai Noel em sem-teto. A perda do gelo e da neve naquela região vem sendo relacionada por cientistas a eventos climáticos extremos e padrões meteorológicos incomuns, como as ondas de calor nos Estados Unidos e os incêndios florestais na Rússia. Em 2010, vastas regiões russas queimaram, o que causou uma quebra na safra de trigo e uma alta no preço da comida no mundo todo, inclusive no Brasil.

    A outra consequência do degelo é uma ironia: reservas de petróleo e gás natural cuja exploração era dificultada passaram a tornar-se acessíveis por mais tempo no ano, tornando-se economicamente viáveis. Esforços de prospecção ocorrem na Groenlândia, no Canadá e no litoral siberiano. O governo russo desenha grandes planos para converter a Rota Marítima do Norte, uma das famosas passagens congeladas entre a Europa e a Ásia, num corredor de navegação por onde seriam escoados hidrocarbonetos produzidos no Ártico.

    Esse interesse comercial ameaça tornar a região polar novamente uma zona de conflito geopolítico, algo que não se vê desde a Guerra Fria. Canadá e Rússia flexionam músculos militares na região; Canadá e EUA mantêm uma cordial briga por direitos de navegação na chamada Passagem Noroeste, o outro atalho entre o Atlântico e o Pacífico; Canadá, Dinamarca e Rússia disputam a posse geográfica do próprio polo; e Noruega e Rússia só recentemente ajustaram suas fronteiras marítimas, o que permitiu dimensionar quem tem as maiores reservas de óleo e gás no Mar de Barents. Para tornar o xadrez geopolítico ártico ainda mais emocionante, a China em anos recentes tem reivindicado participação nas decisões internacionais sobre a região, alegando que o Ártico é “patrimônio mundial”.

    Mas essa ressurgência do conflito no hemisfério Norte é brincadeira de criança perto de outro impacto do aquecimento dos polos: o temido derretimento dos mantos de gelo da Antártida e da Groenlândia, que já está acelerando a elevação do nível do mar…

    Claudio Angelo, 42, é coordenador de Comunicação da rede Observatório do Clima. Seu livro A Espiral da Morte – como a humanidade alterou a máquina do clima (Companhia das Letras, 2016) ganhou o Prêmio Jabuti 2017 na categoria Ciências da Natureza, Meio Ambiente e Matemática.

    http://www.comciencia.br/por-que-espero-estar-errado-sobre-mudanca-do-clima/

  2. Privatizar os Correios? Exemplo de sucesso: o CTT de Portugal
    Depois de uma estreia em grande estilo na Bolsa de Lisboa em dezembro de 2013, os Correios atravessam momentos de amargura. Valem agora pouco mais de metade do que valiam quando foram privatizados e têm o negócio sob ameaça, nomeadamente por causa da concorrência das multinacionais de transportes de encomendas. Plano de reestruturação avança com a redução de 300 trabalhadores. “O exemplo que os CTT dão de uma empresa 100% colocada no mercado de capitais, é um exemplo que deve inspirar muitos outros grupos empresariais” dizia Sérgio Monteiro, o secretário de estado do Governo PSD/CDS que privatizou os CTT, a ANA, a TAP, os seguros da CGD.. http://expresso.sapo.pt/economia/2017-12-06-Depois-da-grande-estreia-em-Bolsa-momentos-de-amargura-os-negocios-dos-CTT-estao-sob-ameaca

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