As matérias para serem lidas e comentadas.
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.
quinta, 25 de abril de 2024
As matérias para serem lidas e comentadas.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.
Saiba quem é o único beneficiário do “indulto-ataque” à Lava Jat
Tijolaço
Saiba quem é o único beneficiário do “indulto-ataque” à Lava Jato
Por Fernando Brito · 29/12/2017
Ricardo Balthazar, repórter da Folha, presta hoje um grande serviço ao jornalismo
, hoje, satisfazendo a curiosidade que expressei ontem e quem é o único preso e condenado que poderia ser beneficiado pelo indulto assinado por Michel Temer e tratado por todos como um “ataque à Operação Lava Jato”.
“Dos 22 condenados da Lava Jato que estão presos, o único que tinha alguma possibilidade de ser beneficiado era o ex-deputado Luiz Argôlo, que foi investigado num caso lateral e já cumpriu mais de 20% da pena.”
Luiz Argôlo, Luiz Argôlo…Quem é mesmo Luiz Argolo? Não lembrou?
Pois o Tijolaço ajuda a recordar. João Luiz Argôlo era um deputado do Solidariedade, depois de ter pertencido ao Dem, com quem Alberto Yousseff dividia as propinas recebidas, alegadamente porque via nele “um político que poderia ter certa expressão em algum momento da sua carreira política. Me inspirava alguma coisa naquele político que eu achava que poderia chegar ao governo da Bahia, ao Senado”, segundo registra o G1.
Talvez você se lembre pelas carinhosas mensagens trocadas com o doleiro, interceptadas pela Polícia:
Argôlo: Você sabe que tenho um carinho por vc e é muito especial.Youssef: Eu idem.Argôlo: Queria ter falado isso ontem. Acabei não falando. Te amo.Youssef: Eu amo você também. Muitoooooooooo<3
Ou seja, um personagem inexpressivo, um ratozinho sem maior importância.
É a possível – possível, não assegurada, porque isso vai ser avaliado pelo juízo de execução de sua pena – clemência com um personagem de terceira ou quarta linha no caso que está nos levando a esta polêmica?
O argumento de que, com a possibilidade de indulto, os envolvidos deixariam de negociar as suas delações premiadas é um contrassenso, diz Balthazar, pois “o que convenceu tantos corruptos a cooperar com a Lava Jato foi a chance de se livrar da cadeia imediatamente, não a promessa de alívio no futuro.”. Foi este mecanismo – as “alongadas prisões de Curituba”, no dizer de Gilmar Mendes – que levou a delações, verdadeiras ou falsas, dizendo o que se queria ouvir, que fez bicos se abrirem e fazerem o jogo que convinha aos acusadores, em vários casos.
E o que prometiam os inquisidores? Ora, nada mais que um indulto ou semi-indulto, ao limitar o tempo da condenação e o regime (aberto ou semi-aberto) da pena remanescente. Ou, até a imunidade total, como foi prometida – e depois cassada – a Joesley Batista e à turma da JBS!
O ótimo artigo de Ricardo Balthazar só não está totalmente correto em seu final:
Pode-se discutir se os benefícios concedidos por Temer são excessivos, e caberá ao Supremo decidir se eles desrespeitam a Constituição. Mas a ideia de que o indulto é uma ameaça à Lava Jato não tem sentido.
Tem sim, Balthazar, tem o sentido político de servir-se da desmoralização e suspeita que há com um presidente fraco e metido em esquemas espúrios como combustível para o punitivismo e, sobretudo, para os apetites de poder para os moralistas do “auxílio-moradia”.
Politicagem vergonhosa, portanto.
http://www.tijolaco.com.br/blog/saiba-quem-e-o-unico-beneficiario-do-indulto-ataque-lava-jato/
2018 começa no dia 24 de janeiro
Tijolaço
2018 começa no dia 24 de janeiro
Por Fernando Brito · 29/12/2017
O ano político, claro, começa com o julgamento, com sentença razoavelmente previsível, do ex-presidente Lula no dia 24 de janeiro.
O mais provável – resta sempre a esperança em algum nível de lucidez dos seres humanos – é que comece ali a experiência, inédita no Brasil, de uma eleição onde o conservadorismo pretende contar a possibilidade de uma disputa interna da direita, apenas.
Geraldo Alckmin, Rodrigo Maia, Henrique Meirelles e Marina Silva, entre si, crêem que travariam um “jogo de compadres”, deixando que a mídia e a falta de tempo de televisão mantenham Jair Bolsonaro no patamar entre 15 e 20% do qual não se vislumbra possa sair.
Ciro Gomes, com os arroubos do seu individualismo, tem um ponto de partida mas não tem mostrado capacidade de somar, para que seja um ponto de chegada, infelizmente.
Lula continuará em campanha, independentemente do resultado do julgamento, até que possa medir os efeitos do trauma de ter-se o candidato com imenso favoritismo extirpado do processo eleitoral.
É ele que dará ao ex-presidente a observação necessária entre insistir, como deve fazer, ou de indicar um candidato. Alguém que pode, até, começar de baixo, mas que terá a unção do “ele disse”. Só muito desespero poderia levar a uma decisão de prisão imediata de Lula, com consequências imprevisíveis, exceto na radicalização política que irá causar.
Há, portanto, um divisor de águas no julgamento do TRF-4, em Porto Alegre: ali decidir-se-á se teremos uma eleição democrática e livre ou se optarão por um processo de traumas sucessivos.
Atalhos para alcançar o poder são, sempre, caminhos cheios de despenhadeiros. O PSDB jogou fora uma vitória praticamente assegurada em 2018 quando resolveu apelar para o golpismo e é agora o mulambo que todos vêem. Marina Silva, duas vezes “azarão” expressivo, cometeu um erro fatal ao emprestar-se a Aécio Neves no segundo turno de 2014 e é hoje um macarrão sem sal e sem molho, incapaz de agradar ou empolgar.
As candidatura de Meirelles e/ou Rodrigo Maia precisarão ser “inventadas” e podem “morrer” precocemente com a derrota da emenda da Previdência. E não está fácil ser diferente disso, ainda mais porque, apesar do discurso oficial da “retomada da economia”, o panorama continua desalentador quando sai dos jornais e vai para a poeira das ruas.
O povão observa e espera e as pesquisas dão sinal de que cai, até entre a classe média, o altar da Lava Jato e, com ele, a perspectiva de que se possa legitimar a exclusão de Lula.
Infelizmente, parte de uma autointitulada esquerda “purista” caminhou para um udenismo “cult” e reproduz, com punhos de renda, o discurso moralista de que se vale a direita para encobrir a exploração cruel que tem como projeto – mal se pode chamar assim – para o país.
Serão tempos muito duros, os meses de 2018 e precisamos conservar a cabeça lúcida e fria e manter os corações quentes.
Os índices obtidos por Lula, depois do massacre do qual foi vítima, mostram a força da memória da população.
Não somos nós, da classe média, quem estamos mostrando a ela os caminhos que deve seguir. É ela, no seu instinto de sobrevivência, quem nos está ensinando.
http://www.tijolaco.com.br/blog/2018-comeca-so-no-dia-24-de-janeiro/
Judiciário do Peru afasta o “Moro peruano”
https://www.brasil247.com/pt/247/mundo/334715/Judiciario-do-Peru-afasta-o-%E2%80%9CMoro-peruano%E2%80%9D.htm
Raul Jungmann pergunta……
“A prisão é um local de segregação e de isolamento. Como é que se explica que entra essa quantidade de armas num local como este? Como se explica essa quantidade de celulares (507), de drogas (1.101), de televisores (201)?
Se não me engano é ele big boss dessa parada…..se ele não sabe…….
https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2017/12/30/metade-dos-presos-brasileiros-tem-arma-aponta-investigacao-do-ministerio-da-defesa.htm
“A distopia nos mostra como naturalizamos a punição como
um espetáculo”
https://brasil.elpais.com/brasil/2017/12/26/politica/1514313084_053599.html
600 codinomes usados pela Odebrecht ainda não explicados
https://br.noticias.yahoo.com/dela%C3%A7%C3%A3o-da-odebrecht-n%C3%A3o-explica-111500070.html
Suécia: nova lei sobre consentimento sexual em 2018
https://br.vida-estilo.yahoo.com/suecia-ira-introduzir-revolucionaria-lei-sobre-consentimento-sexual-em-2018-081613494.html