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Lourdes Nassif
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12 Comentários

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  1. Constatação…

    Por ter visto pessoalmente e pela midia, em qualquer canto do planeta em caso de catastrofe natural ou acidente humano de grandes (ou até medias)proporções, um dos primeiros grupos que aparece para prestar ajuda e socorro, são os milicos…..Até ontem em Brumadinho, podemos nos perguntar “onde estão os milicos”……muito ocupados à “traçar” o churrascão dominical?Talvez estivessem no “campeonato nacional de truco” das FFAA……Ou talvez o Faustão estivesse “imperdível”…….

    Por uma vez, vou concordar com o Mourão….Parece que os milicos brazucas são, só e somente só, “Profissionais da violência”………

    Dou espaço a quem escreve muito melhor que este pobre postador…..

    Onde está a intervenção militar em Brumadinho?

    Por Fernando Brito · 27/01/2019

    Chama a atenção nas imagens onipresentes da cobertura da mídia sobre o desastre de Brumadinho o fato de quase não aparecerem mas atividades de resgate militares do Exército Brasileiro.

    Os helicópteros que vi trabalhando no resgate eram quase  todos dos bombeiros e alguns aparentemente civis.

    A contrário a toda hora, hoje, se fala dos 130 militares israelenses que estão voando para apoiar as buscas.

    No site do Exército, até a manhã deste domingo, 48 horas após o rompimento da barragem, nenhum comunicado oficial sobre a mobilização, apenas links para jornais que noticiam uma nota oficial  divulgada sexta-feira que fala no emprego de um helicóptero Jaguar e diz que estão “na situação de “prontidão para emprego imediato” 930 militares.

    Muito, muito menos do que se empregou na intervenção em operações de segurança pública ou dos 3 mil que usou para cercar a comunidade da Mangueira, em 2017.

    E não estamos falando numa área remota: o local do acidente fica a apenas 60 km de Belo Horizonte, que tem toda a infraestrutura para receber um deslocamento de tropas e equipamentos.

    Divulgada  cinco horas depois do acidente, a nota fala que o helicóptero – e dois outros da FAB e da Marinha” iriam pousar no aeroporto de Confins para também “dar apoio ao transporte do presidente da República, Jair Bolsonaro, na manhã do sábado (26)”.

    A ação imediata, ainda mais onde o socorro, como acontece agora, pode ter de ser suspenso por riscos de novos rompimentos ou mesmo por mau tempo, é essencial.

    Já que se fala tanto em “intervenção militar”, seria uma oportuna ocasião de vermos isso acontecer em Brumadinho.

    Capacidade os militares têm. O que falta?

    PS. Agora, às 17 horas de domingo, dois helicopteros do Exército deram o ar da graça em Brumadinho, Um pousou na lama e depois decolou, o outro passou a grande altitude.

     

  2. Brumadinho 1

    ‘É devastador passar por isso de novo’,diz médica voluntária em Mariana e Brumadinho

    https://www.bbc.com/portuguese/brasil-47021711

    Hundreds Still Missing After Dam Collapse in Brazil

    [video:https://nyti.ms/2HA2nJ4%5D

    Rescue efforts resume at site of Brazil dam collapse after fears of another breach trigger evacuations

    https://www.washingtonpost.com/world/the_americas/hundreds-evacuated-at-site-of-brazil-dam-collapse-amid-fears-of-second-dam-breach/2019/01/27/ca2b11c0-21b8-11e9-a759-2b8541bbbe20_story.html?utm_term=.49d4f9f6bfcb

    Sem informações precisas, paciência de familiares se esgota: “A gente quer respostas!”

    https://brasil.elpais.com/brasil/2019/01/27/politica/1548619864_287612.html

    Brasil tem 45 barragens com risco de rompimento, aponta ANA

    Brumadinho ficou de fora da lista…….

    https://www.huffpostbrasil.com/entry/relatorio-apontou-45-barragens-com-risco-de-rompimento-no-pais_br_5c4e8350e4b0e1872d453e0b?utm_hp_ref=br-homepage

    A dificuldade do resgate

    [video:https://youtu.be/Vd7LFauKWmY%5D

    Despair turns to anger as Brazilians reckon with latest dam disaster

    https://www.reuters.com/article/us-vale-sa-disaster/despair-turns-to-anger-as-brazilians-reckon-with-latest-dam-disaster-idUSKCN1PM0AP

    « Ils disaient que leur barrage était sans danger » : au Brésil, la colère et la crainte d’une nouvelle catastrophe

    https://www.lemonde.fr/planete/article/2019/01/28/au-bresil-a-brumadinho-entre-revolte-et-crainte-d-une-nouvelle-catastrophe_5415639_3244.html

     

  3. Mil é mil, milhões são milhões. O Bolsonaro quer extorquir

     

    100 mil de Jean Wyllys, ou se trata de 100 milhões? 

    Não sei como e quem começou esta confusão, mais sei que ela tem gerado muitas informações dicrepantes. A confusão há muito chegou à blogosfera progressista. Ontem, por exemplo, ela foi entre 100 mil (reais) e 100 milhões de reais. 

    E a notícia de que Bolsonaro quer receber 100 mil por processar Jean Wyllys virou uma confusão dos diabos: cem mil ou cem milhões? Toda vez que eu encontro um valor qualquer acompanhado da palavra mil (80 mil, por exemplo) eu leio oitenta mil reais. Se querem dizer que o Serra tem uma conta na Suiça com 80 milhões de reais, escrevam O Serra tem uma conta na Suiça com 80 milhões de reais. Acabem com essa loucura de querer que eu entenda que se trata de 100 milhões, quando vocês escrevem 100 mil. 

    Veja a noticia:

    O colunista Ancelmo Gois informa na edição de O Globo deste domingo (27) que já está pronta, aguardando apenas a sentença, a ação judicial em que o presidente Jair Bolsonaro moveu contra o deputado do PSOL-RJ, em que pede indenização de R$ 100 mil; o processo contra o deputado é em decorrente de uma entrevista na qual o parlamentar teria chamado o presidente “facista”, “racista”, “burro”, “ignorante” e “canalha” – sem citar o nome de Bolsonaro; pessolista anunciou que desiste de assumir o mandato na Câmara para o qual foi reeleito em outubro último e vai deixar o país, para garantir a segurança de sua vida, ameaçada por partidários do presidente

     

    OBS: Para mim Bolsonaro quer faturar cem mil reais, e não cem milhões como foi anunciado em outro local do mesmo site (Brasil 247). Isso mostra que esta confusão existe tambem na cabeça de vários jornalistas.

  4. Moro, onde tu tá que eu não te escuto? Fala alto, macho!

    Celso Barros: sem escândalos, milicianos fariam festa no Planalto?

     

    Demolidor, por absolutamente lógico e factual, o resumo da situação feito hoje por Celso Rocha de Barros na Folha de S. Paulo.

    Nem o mais pessimista entre os opositores de Bolsonaro seria capaz de imaginar que o mais alto mandatário da República, com tão poucos dias no cargo, se veria eclipsado pela sombra cinzenta de uma área onde política, polícia e crime se mesclam.

    Vale muito a leitura para ver não só em que estamos metidos como em que se meteram os que se tinham o dever de defender o país e o entregaram, em nome de uma suposta moralidade, a um caldo asqueroso de promiscuidade entre política e gangsterismo.

    Bolsonaro e a as milícias

    Celso Rocha de Barros, na Folha

    A esta altura, é difícil não concluir que Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, é enrolado com milícias. O jornal O Globo descobriu que, quando o escândalo dos depósitos suspeitos veio à luz, Queiroz se escondeu na comunidade do Rio das Pedras, berço das milícias cariocas, onde sua família operaria um negócio de transporte alternativo (atividade tipicamente controlada por milicianos).

    A jornalista Malu Gaspar, da revista piauí, apurou que Queiroz foi colega de batalhão de Adriano da Nóbrega, foragido da polícia e acusado de liderar a milícia Escritório do Crime, sob o comando de um coronel envolvido com a máfia dos caça-níqueis (outra atividade típica de milícia).

    A polícia e o Ministério Público cariocas suspeitam que o Escritório do Crime matou Marielle Franco, a da placa que os bolsonaristas volta e meia rasgam às gargalhadas. Adriano da Nóbrega é foragido da polícia.
    E, antes que os bolsonaristas digam que não acreditam em polícia, Ministério Público ou imprensa que não entreviste Bolsonaro de joelhos, lembrem-se do que disse Flávio Bolsonaro, o zero-um: Fabrício Queiroz, segundo o filho do presidente da República, lhe indicou a mãe e a mulher de Adriano da Nóbrega para cargos de assessoria em seu gabinete.

    Repetindo: essa é a versão oficial, em que o único pecado da família presidencial foi amar demais o Queiroz.

    A versão oficial confessa, portanto, o seguinte: o presidente da República emprestou R$ 40 mil para um enrolado com milícias cuja filha, Nathalia Queiroz, era funcionária fantasma de seu gabinete. Sim, fantasma: Nathalia trabalhava como personal trainer no Rio de Janeiro enquanto seu ponto era assinado no gabinete do então deputado federal Jair Bolsonaro.

    O empréstimo foi pago pelo enrolado com milícias por meio de um depósito na conta da primeira-dama. 
    Mesmo na versão oficial, é um PowerPoint do Dallagnol bem curto: três círculos, duas linhas, milícia-Queiroz-Bolsonaro.

    Com base só na versão oficial, portanto, pode-se dizer, sem medo de errar: se o Coaf não tivesse feito seu trabalho, já teríamos milicianos fazendo churrasco no Palácio da Alvorada, brindando com os generais, escolhendo Moro para zagueiro do time na pelada.

    Se essa é a versão oficial, imagine o que deve ser a versão verdadeira.

    Temos algumas pistas.

    A família Bolsonaro já defendeu as milícias publicamente repetidas vezes. E conhecia muito bem Adriano da Nóbrega muito antes da suposta indicação de Queiroz. Jair Bolsonaro defendeu o sujeito no plenário da Câmara já em 2005.

    Flávio Bolsonaro foi mais longe: já homenageou o suposto líder do Escritório do Crime na Assembleia Legislativa duas vezes, nas duas ocasiões elogiando-o com entusiasmo. Concedeu-lhe a Medalha Tiradentes, maior honraria oferecida pelo legislativo estadual fluminense. Na ocasião, Nóbrega estava preso por assassinato. Recebeu a medalha na cadeia.

    Vamos ver se novas pistas aparecem. Mas o quadro já é bem feio.

    É como disse na última coluna antes das eleições: Bolsonaro é o herdeiro ideológico da facção das Forças Armadas ligada aos torturadores, que não aceitou a abertura democrática e partiu para o crime: esquadrão da morte, garimpo, jogo do bicho. É a mesma linhagem que nos deu as milícias. 
    Essa herança agora ronda o Planalto.

       

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