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Redação

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  1. AS METAMORFOSES E O PROGRESSO PARA O ATRASO.
    Do amigo
    Oscar Sales da Cruz.

    Um dia, um caixeiro viajante dorme e no outro acorda transformado em um inseto monstruoso. Assim foi com Gregor Samsa, personagem central da novela Metamorfose, de Franz Kafka, o genial mestre da ficção. O condão mágico do autor permite que o caixeiro, agora uma barata, mantenha suas faculdades mentais de maneira a continuar entendendo o que acontece à sua volta: os traços da sua condição humana estão intactos mesmo na contagiante inverossimilhança da inusitada situação. Um salto no tempo; um autêntico desafio à ficção, e o campo real, aqui, hoje acolhe também uma transformação, em sentido inverso: uma nuvem de baratas – tontas-, com traços humanos, transformadas em robôs, juntamente com seres outros aparentemente racionais, todos igualmente transmudados para o novo status. Pelo fim a que se propõe, esses robôs não precisam entender nada do que se passa à sua volta. Essa transformação, real, jamais faria sentido advindo simplesmente pelo talento de um ficcionista. Fez-se necessária uma Revolução Tecnológica acontecer para configurar um ALGORITMO capaz de, entre outras proezas, até eleger um celerado como o atual presidente dos EE.UU. Agora, já a serviço do presidente recém-elegido, aqui aportou o ALGORITMO para eleger um outro presidente, este de nível inferior, programado para governar republiquetas; Não foi difícill vencer esse desafio. É que, o Império, por diligente, há tempos, quando nem a mente mais prodigiosa poderia imaginar a criação dum tal algoritmo, plantou nessas paragens um arauto, adestrado na forma de mídia, previnindo-se para futuras incursões. A Globo foi escolhida a dedo para desempenhar esse papel, visto que seus caracteres genéticos asseguravam, além de uma dívida de gratidão, lealdade subalterna ao seu criador, o tio, um tal Sam – Uncle Sam, também conhecido como U.S. -; o ambiente fora trabalhado a contento.

    Com a debacle do neoliberalismo do fhc, e o desaguar do barco furado que foi o Consenso de Washington, o Brasil a partir de 2003 começava a desfazer a face de república bananeira que se lhes haviam impingido. Ao tempo em que o país criava visibilidade como Nação, o povo era inserido na vida econômica do país, seu poder aquisitivo começava a ganhar musculatura, definhava a desigualdade social, era evidente o resgate da sua autoestima. Tudo fazia crer que o gigante pela própria natureza iria finalmente desadormecer. O País caminhava para se constituir uma Força; só que no caminho havia uma pedra -mais de uma-: a elite do Dinheiro, que por convenência tolera a Classe Média que inveja a elite do Dinheiro que lhe mantém sob rédeas; acumpliciadas no odiar, humilhar e explorar as classes Operária e Pobre. A nova ordem exigia eliminar, tornar invisível o outro, o diferente, vale dizer, pobre, preto, minorias LGTB ou quem quer que não seja o ‘Eu’: isso mesmo, o FASCISMO redivivo por aqui a exemplo do que vem ocorrendo nos quatro cantos do mundo. Aliadas, conseguiram formar o eixo ‘mídia-corporações- judiciário’, composto de seres autoproclamados superiores, por atavismo -quem sabe…-, um amálgama de castas, onde se destaca a ala jurídicafator essencial para o sucesso da tropa com poderes acima da Constituição, e até mesmo modificá-la se assim lhes aprouver. Aos poucos o Estado de direito se METAMORFOSEAVA em ‘Estado da Direita’. No ensejo criado, a mídia pretextando liberdade demonizou à exaustão a política , e a ela entranhada a corrupção, símbolizadas pelo petismo; demônio-mor o Lula; isso mesmo, ninguém menos que o melhor Presidente que o Brasil já teve, aclamado no fim do seu Governo com 87 % de aprovação – omaior na História do país -; lá fora aclamado como o maior líder mundial, queiram ou não queiram os juízes. As armas, não convencionais, usadas nessa etapa da guerra foram a garantia do sucesso: assassinatos de personalidade, destruição de reputação, agressões de todos os calibres inclusive letais na verdadeira acepção do termo. Chega a eleição pra presidente e com ela a maravilha da Tecnologia da Comunicação o ALGORITMO responsável por introjetar as Fakenews nas cabeças ocas da patetada. Sucesso total, e não deu outra: adeus democracia e tudo que que com ela se criou. Outra vez o PROGRESSO da ciência que deixou marcas indeléveis na humanidade, nas nuvens de cogumelo com a TRAGÉDIA de Hiroshima e Nagazaki, se repete aqui como FARSA no lançamento de uma bomba de FAKENEWS que resultou na eleição de umpresidente que faz emergir em plúmbeas nuvens sobre o Brasil seus efeitos perversos, com danos irreparáveis à Educação, Cultura, Direitos Humanos Artes, Ciências Política, Social, Tecnologia. Resumindo, PROGRIDINDO para o ATRASO, pra trás de dois mil anos, chegou-se à barbárie; a terra não é mais redonda e Aristóteles, Copérnico, Galileu e Newton tiveram a reputação destruída. Jesus agora tem que recorrer a um fundamentalista que é quem determina o que ele pode ou não pode fazer – inclusive trepar em goiabeira-. Resta dar glória a um deus fundamentalista complacente com o racismo, a homofobia, a misoginia, milicianos e laranjas de todas as laias. Ainda assim, alguns dos atuais lentes das ciências políticas e sociais, iluminados por seus academicismos, ainda defendem candidamente que o ALGORITMO elegeu o presidente atual num pleito com as instituiões democráticas em pleno funcionamento; criticas à esquerda não faltam; ajudar a encontrar o caminho das pedras, nada. Assim, fica a Elite do Dinheiro acima de todos, e o deus fundamentalista acima de tudo, pátria amada EUA. Em continência à bandeira, marcha!

    Recife,19/07/2019.

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