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Redação

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  1. PARA QUE PAULO GUEDES QUER ECONOMIZAR TANTO DINHEIRO?

    O JN fala com muita frequência nos cortes do PAULO GUEDES. Toda vez que os banqueiros ouvem falar em cortes eles abrem um sorriso do tamanho do mundo. Foram os banqueiros que transformaram o Banco central numa boca de fumo (deles), segundo expressão ouvida por Jessé Souza quando elaborava o seu livro “A Classe Média no Espelho”, boca de fumo que a polícia jamais visitará. Segundo MARIA LÚCIA FATTORRELI*, a dívida pública interna já ultrapassa os 5,5 TRILHÕES de reais, e as sobras de caixa dos bancos continuam sendo remuneradas. Essa dívida é impagável – ou eterna, se assim preferirem -, e é urgente que se faça uma auditória para saber como ela foi contraída ao longo do tempo. Ou será que isto já está sendo feito e nós desconhecemos?

    O governo do Equador auditor a dívida pública daquele país e eis o resultado:

    Ao assumir o governo, em 2007, o presidente Rafael Correa criou a Comissão para a Auditoria Integral do Crédito Público. O relatório divulgado constatou ­irregularidades na contratação de parte do endividamento externo, cujo total, em 2008, ­remontava a US$ 17,3 bilhões, segundo informação do Ministério das Relações Exteriores ­brasileiro.

    A comissão qualificou de ilegal parcela da dívida equivalente a US$ 3,2 bilhões. Em 2009, o país apresentou uma proposta de reconhecimento de, no máximo, 30% dessa parcela, o que foi aceito por 95% dos credores. De acordo com a Auditoria Cidadã, a redução vai significar uma economia de US$ 7,7 bilhões nos próximos 20 anos. Em 2012, a relação dívida/PIB do Equador era de 23,3%.

    Pois é. Toda a economia que o Paulo Guedes, o ministro da economia do governo Bolsonaro, faz com o dinheiro do contribuinte brasileiro é para pagar os juros dessa dívida monstruosa. Anualmente os contribuintes brasileiros pagam de juros aos banqueiros mais de 450 bilhões de reais. E são os banqueiros que decidem a cada 45 dias qual vai ser a taxa Selic vigente até a próxima reunião do COPOM. E os títulos da dívida pública são remunerados pela taxa Selic. A economia para pagar juros da dívida é chamada de superávit primário.

    Compreenderam agora porque os banqueiros chamam o Banco Central de “a nossa boca de fumo”.

    O Ministério da Educação anunciou o corte de cinco mil e seiscentas bolsas de mestrado e doutorado no país a partir do mês de setembro. Esse é o terceiro bloqueio feito pelo MEC este ano. No total, foram congeladas quase doze mil bolsas financiadas pela Capes.
    E para onde vai esse dinheiro? Perguntem ao banqueiro Paulo Guedes, esse rato de esgoto.

    OBS: Quem é MARIA LUCIA FATTORRELI

    Maria Lucia Fattorelli Carneiro
    Possui Especialização (MBA) em Administração Tributária pela FGV-EAESP (2009), Graduação em Ciências Contábeis pela Fundação Educacional Machado Sobrinho (1986) e Graduação em Administração pela Universidade Federal de Minas Gerais (1978). Atualmente é Coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida. Foi membro da Comissão de Auditoria Integral da Dívida Externa Equatoriana – CAIC – Subcomissão de Dívida Externa com Bancos Privados Internacionais (2007-2008). Atuou como Assessora Técnica da Comissão Parlamentar de Inquérito CPI da Dívida Pública na Câmara dos Deputados Federais em Brasília (2009-2010). Auditora Fiscal da Receita Federal do Brasil de 1982 a 2010. Tem experiência na área de Economia, com ênfase em Auditoria da Dívida Pública e Administração Tributária.

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