Clipping do dia

As matérias para serem lidas e comentadas.

Redação

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  1. Do Sensacional(ista)

     

    Colunista de jornal passa um dia sem pedir impeachment e família chama ambulância

      

    A coluna de hoje de Adelson Santana, do jornal Amanhã, causou estranheza. Ao contrário dos últimos meses, ele não fez contagem regressiva para o impeachment de Dilma Rousseff, não previu que a presidente renunciaria e nem contou os votos que a oposição já tinha para retirar a presidente do poder.

    Assim que abriu o jornal e leu o texto, a mulher de Adelson ficou preocupada e ligou para um hospital. “Achei que ele estivesse com algum problema mental, passando mal ou sob o efeito de alguma droga. Talvez ele seja o único colunista de jornal impresso, hoje, que não falou sobre isso”, disse ela.

    Os médicos examinaram o jornalista, que não tinha qualquer problema. De saúde. Ele foi expulso da associação brasileira dos colunistas.

     

  2. Passado recente….

    Política

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    Tucanos inundam lista da Odebrecht

     publicado 17/09/2015Mas não vem ao casoaroldo interna.jpg

    Ministro Cedraz, presidente do Tribunal de Contas e pai do Tiaguinho

     

    Do deputado Jorge Solla:

    Lista da Odebrecht da década de 80 lista obras, políticos e propina
     

     

    O deputado federal Jorge Solla (PT-BA) entregou nesta quinta-feira (17) à CPI da Petrobrás cópias de documentos da contabilidade extraoficial da Odebrecht do fim da década de 80, que aponta o pagamento de propina para políticos como percentual das obras executadas pela empreiteira naquele época. O material original foi entregue ao delegado Bráulio Cézar Galloni, coordenador-geral da Polícia Fazendária, na sede da Polícia Federal, em Brasília.

    Na lista, há políticos aposentados e parlamentares que estão na ativa, como o deputado federal Antônio Imbassahy (PSDB), que é membro da CPI e é identificado com o codinome de “Almofadinha”, listado como beneficiado da obra da barragem de Pedra do Cavalo, na Bahia. Imbassahy foi diretor-presidente da Companhia de Eletricidade da Bahia (Coelba). Ele ficou no cargo entre 79 e 84, cinco dos seis anos de execução da obra. Neste mesmo período ele foi também membro e depois presidente do Conselho da Companhia do Vale do Paraguaçu, a DESENVALE, estatal que contratou a obra.

    Entre os mais conhecidos, estão o senador Jader Barbalho (PMDB), o ex-ministro Edson Lobão (PMDB), o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (PSDB), do ex-deputado João Agripino Maia Neto, do empresário Fernando Sarney, do deputado José Sarney Filho e da ex-governadora Roseana Sarney.  Na lista, o PMDB de Recife aparece relacionado com a obra do metrô de Recife. Aparecem também os nomes de cinco ex-governadores e dois ex-senadores que já saíram da política.

    O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Aroldo Cedraz, aparece na lista com codinome de “Toldo” e está vinculado à Adutora do Sisal. Na época, ele ocupava o cargo de presidente da Companhia de Engenharia Rural da Bahia (CERB) e secretário de recursos hídricos e Irrigação da Bahia.

    Um dos beneficiados no esquema, conforme consta nas ordens de pagamento da Odebrecht, é o tio do ex-presidente peruano Alan Garcia, que ocupou o cargo de presidente entre 1985 e 1990 e entre 2006 e 2011. Identificado nos documentos como Pescoção, Jorge Ramos Roncero aparece em ao menos duas notas de pagamento com valores de US$ 900 mil, que foram depositados em contas na Suíça e Bahamas. A obra referente a propina no Peru foi a da construção da usina de Charcani V.

    No projeto do terminal de passageiros 2 do Aeroporto Galeão, no Rio, o major-brigador Lauro Ney Meneses, que foi comandante da Aeronáutica, é listado com o codinome “Positivo”. Segundo as anotações, ele teria recebido 2% sobre uma ordem de pagamento, o que somava 5,5 milhões de cruzados.

    Na lista consta também obras como o Metrô de Recife, a Ponte de Vitória, os Canais de Cuiabá, o Porto de Natal, o esgotamento de Rondonópólis, no Mato Grosso, a ponte Colatina, no Espírito Santo, BR-163, BR-101, Transmaranhão, e usina de Capanda, em Angola. Na década de 80, a estatal Furnas prestou assessoria técnica na obra da usina de Capanda, que foi construída pela Odebrecht. Na lista dos beneficiados com repasses que variam entre 10 e 33 mil dólares estão quatro funcionários de alto escalão de Furnas.

    Entre os políticos aposentados ou já falecidos, aparecem nomes como o de Cesar Cals, ex-ministro de Minas e Energia, Ary Valadão, ex-governador de Goias e Gerson Camata, ex-governador do Espírito Santo. O ex-senador Lazaro Barbosa (PMDB) aparece como Paris. Nas anotações há um pedido de entrega para ele em Brasília de 112 mil dólares. O ex-parlamentar era de Goias e a obra, a usina de Cachoeira Dourada.

    Na lista também tem um Transporte de Massa Salvador, que foi a elaboração do projeto de transporte público pra capital baiana, apresentado como uma proposta de VLT. O projeto foi encomendado pelo poder público à Odebrecht. “Nada foi construído, mas segundo os antigos contabilistas da Odebrecht, dinheiro público foi pago e desviado por propina”, destacou Solla.

    O deputado relatou como se dava o pagamento de propina. “As pessoas que me entregaram este material me contaram que a distribuição de propina se dava por depósito bancário – na agência do falido banco Econômico que tinha dentro da sede da Odebrecht, em Salvador – mas também na calada da noite. Das 9 horas da noite às 2 da manhã era a hora que os políticos e agentes públicos envolvidos no esquema iam pegar suas caixinhas de camisa recheadas de dólar”, disse, na sessão da CPI da Petrobrás.

    O petista destacou que boa parte dos pagamentos era feito em dólar, como consta nas anotações. “Mesmo para obras realizadas no Brasil, havia a orientação escrita para transformar em dólar black e pagar. Para quem não lembra, o dólar black era o dólar do mercado negro, era comercializado ao arrepio da lei, por quem praticava contravenção”, disse. Segundo ele, os políticos que interessava a Odebrecht pagar propina regularmente eram direcionados para a DGU (Diretoria-Geral da empresa), sem vinculá-los a nenhuma obra.

    “Vamos parar com esse conto da carochinha que vocês e o pessoal lá de Curitiba quer contar pra população, porque não convence mais ninguém. Empreiteira pagar propina a agentes públicos e políticos como percentuais em cima de obras, a gente tá vendo aqui, é mais velho que nossa democracia”, completou Solla.

     

  3. Até quando Gilmar vai abusar da nossa paciência?

    Até quando Gilmar vai abusar da nossa paciência?

    Por Paulo Nogueira

    Diário do Centro do Mundo

    .

    Cícero, numa de suas orações eternas, disse o seguinte a Catilina, uma ameaça à sociedade romana daqueles dias.

      

    “Até quando você continuará a abusar de nossa paciência?”

    Não há melhor frase que esta para os brasileiros dirigirem a Gilmar Mendes.

    Até quando ele continuará a abusar de nossa paciência?

    O voto de cinco horas que ele deu ontem na sessão do STF que discute financiamento de campanhas é algo que desmoraliza não apenas a ele próprio – mas à Justiça como um todo.

    Gilmar, com o palavreado pomposo, vazio e cínico que o caracteriza, fez aquilo que um juiz jamais deveria fazer: política.

    Ele não se preocupa mais sequer em manter a aparência de isenção e apartidarismo.

    Neste sentido, ele lembra o que aconteceu com a Veja, depois que a revista rompeu com qualquer pretensão de fazer jornalismo.

    Gilmar usa o STF – para o qual foi indicado por FHC, não deve ser esquecido – para fazer política sem que tenha um único voto dos brasileiros.

    É, sob este ângulo, um usurpador.

    Ele acha que pode tudo. Segurou, sem nenhum pudor, a votação no STF sobre financiamento por mais de um ano, com o mais longo pedido de vista da história da República.

    Teve a audácia, depois, de dizer que fora a “mão de Deus” que o levara a pedir vistas do processo.

    Uma das melhores definições de seu voto veio de uma especialista na área, Márcia Semer, procuradora do estado de São Paulo.

    “Inacreditável”, disse ela em sua conta no Facebook. Ela desconstruiu o blablablá de Gilmar com uma constatação: para falar aquilo que ele disse num voto interminável não era necessário sentar um ano em cima de um caso.

    A procuradora acrescentou um adjetivo: “lamentável”. Ela disse que esperava mais de Gilmar, mas só posso interpretar isso como ironia. De Gilmar não se pode esperar nada melhor.

    Gilmar usou seu voto para criminalizar o PT, como de hábito. E para atacar outros alvos, como integrantes do próprio STF, a OAB e blogs que ousam ter ideias diferentes das suas e da plutocracia que ele representa.

    Roma não tolerou tanto assim Catilina, para voltar a Cícero.

    E Gilmar?

    Num momento em que o país discute tanto a si próprio, seus colegas de STF têm a obrigação moral de se colocar diante de Gilmar.

    Calar, fingir que nada acontece, é apoiá-lo.

    Lewandowsky, como presidente, tem a responsabilidade maior aí. Ele viu do que Gilmar é capaz no final da sessão de ontem.

    Tentou cassar a voz que Lewandowsky dera a um advogado da OAB para que este pudesse responder a uma das acusações.

    Contrariado, levantou-se. Antes, deu uma carteirada ao dizer que ele podia falar por cinco horas – quando se estabelecerá um limite de tempo para votos – por ser do STF. Para o pobre advogado, o silêncio.

    Muitos se perguntam como se poderia promover um impeachment no STF, por causa de Gilmar.

    Se alguém já fez por merecer isso, o afastamento, é ele.

    Ele já abusou o suficiente da nossa paciência.At

  4. Pé Frio: Eduardo Cunha veste a camisa do Flamengo e o time perde

    O “mico” de Eduardo Cunha

    micocunha

    Perdão aos meus muitos amigos flamenguistas, mas o  “mico do dia” foi pago  foi pago no Estádio Mané Garrincha, em Brasília, ontem à noite,  onde o Fla, depois de seis vitórias consecutivas, perdeu do Coritiba, que anda com as coxas bambas no Brasileirão.

     

    Não pelo time rubro-negro, que vem fazendo uma campanha brilhante no returno do Campeonato.

     

    Mas porque Eduardo Cunha, depois de ter tomado uma tunda no STF com o financiamento privado de campanhas eleitorais, resolveu fazer uma média postando fotos de sua ilustre presença no jogo no Facebook.

     

    Resultado: a marquetagem saiu pela culatra e os flamenguistas, gozadores,  pediam a Cunha que fizesse como na emenda para aprovar a grana empresarial nas campanhas.

     

    Mandasse começar de novo o jogo, até vencer.

     

    Nada como estas coisas para expor ao ridículo figuras ridículas como o presidente da Câmara.

     

    Aliás, vai ser interessante o recurso de Cid Gomes para a condenação que sofreu por ter dito que Eduardo Cunha era “acusado de achacador”.

     

    O juiz deu a Cunha R$ 50 mil como indenização por danos morais.

     

    E, daqui a dias, Eduardo Cunha terá aceita pelo STF a acusação da Procuradoria Geral da República como…achacador.

     

    No Direito, vai ser um caso didático para explicar o que é a “exceção da verdade”.

     

    Isto é, quando a acusação é verdadeira, existe incontestavelmente.

     

    Cunha, se não bastassem as complicações em que está metido, arranja outras com seu espírito demagógico.

     

    Já está “pendurado” com dois cartões amarelos.

     

    O vermelho não demora até o ano que vem.

     

     

     

  5. STF que barrou Gilmar no

    STF que barrou Gilmar no financiamento eleitoral, barrará o golpe

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    gilmar

     

    Soa tranquilizador o resultado do julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade 4650, proposta ao Supremo Tribunal Federal pela Ordem dos Advogados do Brasil em 5 de setembro de 2011 e que só agora chega ao fim por ação inaceitável do ministro Gilmar Mendes, quem manteve o processo parado por um ano e meio (!) através da utilização abusiva e afrontosa do recurso de pedir vista.

    A campanha eleitoral do ano passado apresentou um custo total de R$ 5,1 bilhões, segundo levantamento feito nas despesas declaradas ao Tribunal Superior Eleitoral. Esse foi o total gasto  nas campanhas de todos os candidatos a deputado, senador, governador e presidente. Se comparado com o financiamento eleitoral total calculado pela ONG Transparência Brasil desde 2002, trata-se do maior valor da série (corrigido pela inflação). Naquele ano, foram gastos R$ 792 milhões.

    A situação saiu de controle. Era preciso fazer alguma coisa, a despeito do poderoso lobby que os doadores privados de campanha operam, tendo, como ficou óbvio ao longo desse ano e meio – e, sobretudo, nos últimos dias –, até um ministro do Supremo para agir em seus interesses.

    Bancada dos planos de saúde, bancada das operadoras de telefonia, bancada dos bancos… O poder econômico nas eleições penaliza o cidadão comum e permite a empresas desses e de tantos outros setores da economia terem despachantes que lhes permitem continuar lesando consumidores valendo-se de deputados e senadores, sobretudo, que impedem que essas empresas sejam obrigadas a cumprir obrigações que contraem com seus clientes.

    Na última quarta-feira (16), a retomada do julgamento da ADI 4650, após Gilmar Mendes libertar o processo que sequestrara em 2013, viu manter-se decisão que, 18 meses atrás, foi postergada no interesse do poder econômico, que depende da escolha de que candidatos financiar para impedir que grupos políticos desvinculados de interesses escusos tenham condições justas para disputar o voto popular.

    Na retomada do julgamento da ADI 4650, o vislumbre da derrota levou Gilmar Mendes ao paroxismo da fúria. Desinibido em seu partidarismo político, explícito em suas ligações obscuras com o capital e com interesses antagônicos ao interesse da maioria, praticou o que a Ordem dos Advogados do Brasil, em nota, qualificou como atitude “grotesca”.

    “O ato de abandono do plenário, por grotesco e deselegante, esse se revelou mais um espasmo autoritário de juízes que simbolizam um Poder Judiciário desconectado da democracia, perfil que nossa população, definitivamente, não tolera mais”, diz a nota da OAB.

    Explica-se: o final da sessão do julgamento na última quarta-feira, Gilmar Mendes chegou a se desentender com o presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski, que concedeu a palavra a um representante da OAB para rebater o voto do ministro. Mendes acabou abandonando o plenário antes de o advogado se manifestar.

    Exasperado, vertendo suor, perdigotos e resfolegando para todo lado como um aspersor de gramados, Gilmar Mendes ainda teve a absoluta falta de noção ao vomitar uma teoria maluca, de que a Ordem dos Advogados do Brasil propusera o fim do financiamento privado de campanhas “a serviço do PT”.

    A ofensa aos pares foi tão grave que até o insuspeito de “petismo” Luiz “mato no peito” Fux teve que rebater a tese dessa mente descontrolada, ferida em seus delírios de poder absoluto e incontrastável.

    “Efetivamente algumas suposições, com a devida vênia, foram absolutamente equivocadas”, afirmou o Fux sobre o voto do colega.

    Na véspera, Mendes afirmara que o estudo elaborado por professores da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), que embasou a ação da OAB no STF contra as doações empresariais, coincidia com bandeiras defendidas pelo PT, como a sugestão da adoção do financiamento público de campanha.

    A decisão da Suprema Corte de Justiça, pois, torna-se bom augúrio aos democratas deste país em um momento em que a Câmara dos Deputados encontra-se sequestrada por um bando de picaretas que ameaça jogar a Democracia brasileira na lata do lixo ao fazer movimentos que sugerem que dará início a um processo de deposição sem provas e sem causa do governo que a maioria dos brasileiros elegeu no ano passado.

    O que alenta os democratas deste país é que o Supremo Tribunal Federal de hoje difere flagrantemente daquele que, nos idos de 2012, inventou práticas no âmbito do julgamento da Ação Penal 470, vulgo Julgamento do Mensalão.

    A chegada de novos ministros e a saída de outros, parece ter tornado o STF uma corte mais responsável. À exceção de Gilmar Mendes, não resta mais nenhum ministro “exótico” a conspurcar o Direto e a Justiça, seja com interesses político-partidários e econômicos, seja com arroubos de vaidade e de fúria irracional.

    Ao isolar Gilmar Mendes, derrotando seu histrionismo, seu partidarismo, seus arroubos que beiram o tragicómico, o STF se credencia para deliberar sobre a manifesta intenção da presidente Dilma Rousseff, recém anunciada, de levar àquela Corte qualquer ação golpista que venha a ser encetada na Câmara dos Deputados.

    Como se sabe, a presidente acaba de instruir seus ministros para que preparem uma estratégia de resistência jurídica no caso de uma derrota no TCU (Tribunal de Contas da União) ou se um processo de impeachment for instalado contra ela na Câmara dos Deputados.

    Ao se credenciar repudiando os desvarios de Gilmar Mendes sobre a natureza da ADI 4650 e decidindo, de forma corajosa, contra os interesses do grande capital, o Supremo deixa ver que por lá não passará o processo grotesco de impeachment como o que o PSDB encabeça na Câmara dos Deputados, a menos que este se revista de materialidade, provas e, acima de tudo, de um mísero motivo.

     

  6. Com Dilma tem amor de mãe e carinho de avó

    Ajuste será com Dilma ou será com outro, por Janio de Freitas

     

        qui, 17/09/2015 – 20:11, no Blog do Nassif

    Da Folha

    Hoje tem amanhãs

    Janio de Freitas

    As crises atraem todo o pensamento para elas, e não para o que, nelas, mais importa: o seu amanhã, os desdobramentos que persistem, historicamente, no mau hábito de fugir a todo controle. É o que estamos vendo, no impeachment sim ou não, no “ajuste” sim ou não. Como se as crises institucionais desde a morte de Getúlio, e seus desdobramentos sempre para pior, nada ensinassem para o futuro que são os nossos dias.

    Políticos rasos são imediatistas. Logo, os políticos brasileiros só pensam em sua conveniência imediata. Esta é origem da tese de impeachment. A “desconstrução” que Aécio não conseguiu fazer na disputa eleitoral quer, agora, levar a oposição a obtê-la por outro meio. Sem risco, porque um novo fracasso estaria isentado de qualquer consequência funesta. A permissividade vigente na política brasileira garante.

    Não se dá o mesmo com os movimentos reivindicatórios, tipo Movimento dos Sem-Terra, o dos Sem-Teto, a CUT, movimentos de professores e universitários, de funcionários públicos, enfim, aquilo tudo que muitos chamam de “a esquerda”. Ser contrários ao “ajuste” arrochante é óbvio, para eles. Mas até onde? –eis a dificuldade além do óbvio e do imediato.

    O “ajuste” será com Dilma ou será com outro. Será, é ponto pacífico: no mundo político não se vislumbra segmento algum capaz de se elevar para impor correções econômicas não arrochantes. A rejeição prática e absoluta ao “ajuste” de Dilma/Levy confunde-se com o impeachment, ainda que sem tal intenção. Já é assim, e as manifestações programadas tendem a dar a esse embaralhamento evidência e força influentes.

    Também por isso, mas não sobretudo por isso, Dilma impôs às duras discussões sobre cortes no Orçamento, contra a quase indiferença na equipe econômica, certa imunidade de vários programas à tesoura. Como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida, assim depois destacados, entre outros, pelo próprio Levy.

    Se não conduzido pelo atual governo, o “ajuste” será no mais puro e duro neoliberalismo. Caso o governo ficasse com o PMDB, estaria minado por uma falta de quadros próprios que o obrigaria a sujeitar-se às exigências direitistas do PSDB. O PMDB de hoje é numeroso e vazio. Mercantilista e vazio. Amorfo e vazio.

    Caso o governo ficasse com o PSDB, por uma eleição precipitada, contaria com serviços bem pagos do PMDB, como foram os do PFL no governo precedente dos peessedebistas. Para o “ajuste” de retorno ao Brasil que começara a deixar-se superar, aos 500 anos de história.

    A escolha dos movimentos reivindicatórios é óbvia? Não. É de sua índole e de sua sobrevivência que combatam o “ajuste” de Dilma. Na concepção de comando e tática desses movimentos, está sempre a ideia de que as chamadas lutas sociais e o estrato político-social que comanda o país são entidades à parte. Cada qual sabe de si e cuida de como enfrentar o outro. Fora dessa concepção, os movimentos caem na perplexidade emudecida a que o PT sucumbiu, diante do governo Lula –que em momento algum foi governo do PT.

    Em qualquer destinação da crise, é muito provável o recrudescimento dos movimentos reivindicatórios organizados. Menos acirrados e duradouros, em um dos casos, e muito mais nos outros. Com que modos e até que ponto final, o Brasil está muito mudado para que se se tente imaginar. Sobre isso basta lembrar que os militares mostram-se muito mais civilizados do que os civis. 

  7. *

    Senadores do PT criticam governo Dilma: Falta de rumo e de diálogo

    http://www.viomundo.com.br/politica/senadores-do-pt-criticam-governo-dilma-falta-de-rumo-e-de-dialogo.html

     

    Quarta, 16 Setembro 2015 18:15

    Sem diálogo, não há entendimento possível para sair da crise, diz Pinheiro

    Marcello Antunes, no site do PT no Senado

    Não foi a primeira vez que o senador Walter Pinheiro (PT-BA) criticou, no plenário do Senado, algumas posturas do governo que incomodam não apenas muitos petistas, mas praticamente toda a base aliada e até mesmo a pequena parcela de parlamentares da oposição que votam a favor de matérias bem estruturadas, discutidas e que tenham sido negociadas politicamente de maneira republicana.

    O senador baiano lembrou que, no ano passado, “saiu às ruas para pedir voto e ajudar a reeleger a presidente Dilma Rousseff”, mas que, hoje, o que se ressalta é a falta de diálogo desse mesmo governo que ajudou a reeleger. “Qual é o rumo? Com quem a gente conversa?”, perguntou, enfatizando que o governo tem a obrigação de explicar ao Senado e aos eleitores qual é o caminho que o País trilhará depois das intenções de cortes de gastos anunciada na última segunda-feira. “Cortes”, sublinhou, “sobre os quais ninguém da base de apoio ao governo foi consultado”.

    Segundo Pinheiro, o rumo para o Brasil atravessar as dificuldades atuais seguramente não está no envio, pelo governo, de matérias a serem aprovadas pelo Congresso sem qualquer tipo de explicação. Menos ainda, pontuou, o governo deve anunciar uma importante medida na quinta-feira, modificá-la no sábado e reapresenta-la sob outra forma na segunda.

    “Volto a esta tribuna com o mesmo espírito, que não é o de provocar, nem criticar, mas contribuir. Como é possível? Qual é o rumo? O que é que podemos organizar? Um conjunto de pontos soltos ou uma espinha dorsal? Algo que tenha consequência e para o qual se possa olhar e dizer: vou atravessar o deserto, mas do outro lado vou encontrar esse poço ou se descobriremos (depois da travessia) que fomos para mais fundo do poço”, observou.

    Ao lembrar, mais uma vez, que ajudou a eleger o atual governo no ano passado, o senador baiano foi enfático ao frisar que pretende mesmo é contribuir, e não apenas ficar no Senado aguardando um pacote encaminhado pela presidência.

    “Toda a vez que a gente cobra do governo para ter uma conversa diziam que é porque estão saindo do PT. Eu não estou aqui tocando no PT. Estou falando do governo. Muita gente confunde as coisas. Todas as vezes que nós apresentamos uma crítica com proposta ou que conclamamos a construção de caminhos e possibilidades para a gente sair da crise em que o País se encontra, a primeira pergunta que vem é sobre se estamos brigando com o PT, se estamos brigando com o governo, quando é que a gente vai sair”, disse. “Nossa maior preocupação é uma saída para o Brasil, não uma saída para o Paulo Paim, uma saída para Walter Pinheiro ou uma saída para Jorge Viana”, acrescentou.

    Em aparte, o senador Paulo Paim (PT-RS), que quando critica o governo logo saem comentários de que está deixando o partido, foi claro ao dizer que a questão nem é esta: sair ou não sair do Partido dos Trabalhadores. “Temos conversado muito nesse sentido. Nós queremos saber para onde vamos. Para onde vai o Brasil. Queremos o melhor para o País. Quando fazemos uma crítica pontual é porque queremos ajudar. Para nós seria muito mais fácil calar a boca, ficar quietinho”, disse.

    Paulo Paim disse que não consegue ficar na inércia e fala o que considera do momento sobre o governo e do momento da política. Para ele, o discurso de Walter Pinheiro o fez recordar o filme sobre o líder sul-africano Nelson Mandela, ou seja, as declarações soam como um grito. “Eu chamaria o que vi num filme de Mandela, quase um grito de liberdade da tribuna, mas a liberdade no sentido amplo, a liberdade do diálogo, da fala, do entendimento, da construção, da proposição”, afirmou.

    Paim continuou seu aparte e sintetizou o discurso de Pinheiro: os parlamentares estão pedindo para dialogar com o governo que ajudaram a elege – só que o outro lado não dialoga. “O que estamos expressando é o que grande parte da bancada (petista) expressa em todas as conversas, só que alguém num determinado momento começa a falar o que pensa, como Pinheiro está fazendo agora. Nós queremos é dialogar”, disse.

    Pinheiro retomou a palavra e, antes de encerrar, enfático, afirmou: “Eu quero conhecer um projeto que tenha início, meio e fim. Que possa me dar garantias de que do outro lado vamos resolver o problema. Esse é o desafio em que todos devemos estar imbuídos. Não estou preocupado em salvar a pele de ninguém, muito menos a nossa. Precisamos e temos a obrigação de encontrarmos uma saída para a crise do Brasil”, assinalou.

    *****

    “Os mais pobres não podem vir a pagar por esse ajuste”, defende Humberto

    Catharine Rocha, no site do PT no Senado

    O governo está correto em procurar o equilíbrio fiscal, mas não é possível que essa conta venha a ser paga, mais uma vez, pelos trabalhadores. Esta é a avaliação do senador Humberto Costa (PT-PE) sobre as medidas de cortes de investimentos e de aumento de fontes de receita recém-anunciadas pelo governo.

    Em discurso no plenário, nesta quarta-feira (16), Humberto ponderou que as propostas não teriam sofrido tantas resistências, caso o Congresso Nacional, por exemplo, tivesse sido ouvido preliminarmente e se a população soubesse os detalhes da reforma administrativa que deve ser anunciada na próxima semana.

    “Ao atravessar o samba com tantas urgências, o governo terminou por evidenciar certo descompasso de ações”, ponderou o líder petista, para depois ressaltar que “muitas das ações” estão sendo implementadas pelo governo para enxugar a sua estrutura e dar mais rigor e qualidade ao gasto público.

    Só neste ano serão R$ 84 bilhões contingenciados no orçamento das despesas; para o ano que vem são R$ 26 bilhões em cortes, já em cima de um orçamento com uma base bastante reduzida do que vai ser executado este ano de 2015. “O governo está, sim, cortando na própria carne. No entanto, não consegue fazer chegar à sociedade essas ações tão importantes que foram propostas”, observou.

    Para o senador, o governo deveria ter deixado claro também que preservou as áreas sociais dos cortes, apesar dos “ultimatos” da grande imprensa, que pedia redução de recursos na saúde, na educação e até no próprio Bolsa Família. “É preciso fazer o debate político. No Brasil, sempre foram os pobres que pagaram pelos ajustes, e agora as elites querem que, mais uma vez, inclusive no governo do PT, sejam os pobres que venham a pagar por esse ajuste”, ressaltou.

    Repatriação deveria ser priorizada

    Humberto Costa defendeu que a celeridade na votação do projeto de repatriação do dinheiro de brasileiros que estão no exterior deveria ter precedido medidas como a ampliação de contribuições sociais ou de impostos. Segundo projeções, aproximadamente R$ 60 bilhões devem ser arrecadados com a repatriação.

    “Não consigo, realmente, entender por que não é melhor esperar para ver esse resultado, em vez de mandar para cá medidas que talvez sejam necessárias, que são importantes, mas que, hoje, nós sabemos que têm pouca possibilidade passar no Congresso Nacional, seja na Câmara, seja no Senado”, desabafou.

    O senador ainda manifestou repúdio às teses golpistas, como a do impeachment, e ao excesso de crítica à condução do governo. Neste momento, para Humberto, a prioridade maior de toda a classe política deve ser o enfrentamento da crise, sob o risco dela se aprofundar e tornar-se quase inviável administrá-la.

    “Não vi ninguém apresentar uma proposta para o Brasil. Os que estão defendendo o golpe deveriam dizer o que estariam fazendo agora, se fossem governo. Estariam reduzindo mais verbas da saúde, da educação? Estariam deixando de pagar o Bolsa Família? Estariam fazendo o quê? É isso que cada parlamentar neste Congresso Nacional deve se perguntar”, recomendou.

     

  8. Mino Carta fala sobre impeachment e FHC

     

    [video:https://youtu.be/q0lLWOwaDCc%5D

    FHC e os pedidos de impeachment da presidenta Dilma Rousseff são os temas da conversa entre o redator chefe de CartaCapital, Mino Carta, e o editor de mídia-online, Lino Bocchini.

    “Outra figura que me encanta no presente momento, é o Fernando Henrique Cardoso. Quer dizer, me encanta há tempos, porque é realmente uma figura notável na sua capacidade de desfaçatez e hipocrisia, não é? excepcional, excepcional. Ele agora virou o oráculo da política brasieira, o oráculo de Delphos, muito grego aliás, o pensamento dele é bastante grego. Agora, como presidente da república, ele foi comprador de votos no parlamento para reeleição, por exemplo. Comandou as privatizações nativas que foram a maior bandalheria e roubalheira da história do Brasil.

    Depois ele praticou o estelionato eleitoral extraordinário, porque, para conseguir a eleição, graças a compra de votos no parlamento, ele partiu para a reeleição e, ao longo da campanha, defendeu a estabilização, a bandeira dele foi a bandeira da estabilização. Doze dias depois de empossado no segundo mandato, ele desvalorizou o real e quebrou o Brasil. Ele já tinha quebrado o Brasil outras vezes, o total do desempenho dele verifica três falências nativas, três, não uma, três.

    Ao cabo dessa aventura presidencial, entregou ao Lula um  país endividado até os olhos, talvez até a raiz dos cabelos e as burras totalmente vazias.

    Eu acho que se houvesse alguém muito qualificado, além do Fernando Collor, para que se aventasse o impeachment foi o Fernando Henrique Cardoso que hoje está aí dizendo que a Dilma, no fundo, ela está a perigo porque um mal governo, um governo desastrado como o dela pode ser punido com o impeachment.”  diz Mino Carta sobre Fernando Henrique Cardoso.. 

  9. DELTAN E A DONDOCA DO “ACORDA BRAZIL”

    Lobby da Lava Jato contra corrupção apela a movimento pró-impeachment

     São Paulo 18 SEP 2015 – 13:05 BRT – EL PAÍS

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    O procurador Dallagnol apresenta detalhes do esquema. / STRINGER/BRAZIL (REUTERS)

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    Deltan Dallagnol, 34, é um dos nove procuradores de República encarregados das investigações da Lava Jato. Destaque nas apresentações dos resultados da operação – é ele quem comanda o power point onde são exibidos os fluxos de propinas envolvendo aPetrobras -, o jovem servidor já foi alvo de críticas de defensores do Governo por supostamente ter partidarizado as investigações. Em julho ele participou de eventos ligados a pastores anti-Dilma, que convocavam fiéis para atos contra a mandatária. Esta semana o procurador, que também está na linha de frente da campanha do Ministério Público Federal pela coleta de assinaturas para a aprovação de um projeto de lei chamado Dez Medidas Contra a Corrupção, se envolveu em nova polêmica com relação aoimpeachment.

      

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    Na noite de terça-feira (15) ele compareceu a um evento organizado por Rosangela Lyra, presidente da Associação dos Lojistas dos Jardins e uma das lideranças do Movimento Liberal Acorda Brasil, organização que defende abertamente o impeachment de Dilma Rousseff. Outro expoente do grupo é o empresário Luiz Philippe de Orleans e Bragança, sobrinho de Luís Gastão de Orleans e Bragança, que seria imperador do país caso o regime monárquico ainda vigorasse. Em sua carta de princípios, o MLAB afirma que é “o cúmulo” acreditar que no Brasil o direito à propriedade privada é assegurado, tendo em vista “a demora de reintegração de posse de imóveis e veículos”.

    Realizado no bairro dos Jardins, área nobre de São Paulo, e contando com um público hostil ao PT, o evento aconteceu no dia em que o juiz federal Sérgio Moro aceitou denúncia contra o ex-ministro da Casa Civil de Lula José Dirceu por envolvimento no esquema decorrupção da Petrobras. O petista, que está preso em Curitiba, agora é réu na Lava Jato por participação em organização criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

    O evento já contou, em edições anteriores, com a presença do vice-presidente Michel Temer (PMDB), que deixou escapulir, na ocasião, que caso a popularidade de Dilma continuasse baixa, seria difícil completar o mandato. Dallagnol compareceu para receber das mãos de Lyra as 30.000 assinaturas em prol do projeto contra a corrupção coletadas pelo grupo – grande parte delas durante os atos contra o Governo realizados na avenida Paulista. Ele aproveitou para falar para as cerca de 60 pessoas presentes sobre a expansão da Lava Jato, que “hoje vai muito além da Petrobras”.

    Lyra fez questão de desvincular o ato com a presença do procurador à luta pelo impeachment: “Não é um projeto de lei contra o PT nem para tirar a Dilma. Pessoas com camisa da CUT assinaram, com boné do MST também”, afirmou, de acordo com o jornal Folha de S.Paulo.

    O procurador, que já havia dito anteriormente não se posicionar com relação ao impeachment – “não nos manifestamos sobre isso” – tem se esforçado para dar pluralidade à campanha em prol das dez medidas contra a corrupção. “Não estamos indo apenas a igrejas: já fui em centros espíritas, tratei com a igreja católica, com maçons, falei em congressos de farmacologia… Queremos esclarecer para a sociedade que o projeto das dez medidas é bom”, disse em entrevista ao EL PAÍS.

    http://brasil.elpais.com/brasil/2015/09/16/politica/1442433216_569248.html

    Na semana passada o MLAB endossou o pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff feita pelo advogado Hélio Bicudo, que já esteve nos quadros do PT. O texto, cuja argumentação gira em torno das pedaladas fiscais no mandato passado, é a maior aposta da oposição para conseguir o impedimento da petista.

    A reportagem tentou, sem sucesso, entrar em contato com o Ministério Público Federal para falar sobre a presença de Dallagnol no evento do MLA

     

  10. Chico Buarque defende a Petrobrás em amistoso com MST

    A entrevista foi concedida a  João Pedro Stédile, lider do movimento.

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=R9bxAbNCMVU%5D

    Por Luiz Felipe Albuquerque, da Página do MST

    Um jogo atípico. De um lado, um time formado por alguns militantes do MST. Do outro, o time do cantor e compositor Chico Buarque de Hollanda, o Politeama.

    Foi esse o clássico desta segunda-feira (14), num campinho no bairro do Recreio, na cidade do Rio de Janeiro. Sete para cada lado, uma hora de partida.

    Além do próprio Chico, Carlinhos Vergueiro e Chico Batera também estiveram em campo. Este último emprestado ao time dos Sem Terra. Resultado final: 7×7, melhor do que o último amistoso entre o time do MST e o Politeama, quando este ganhou dos Sem Terra no final dos anos de 1990.

    Entre um papo e outro, os Sem Terra apresentaram ao Chico a nova campanha da Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), a nomeação do campo de futebol da Escola de “Sócrates Brasileiro”.

    Como costume da ENFF, seus espaços são homenageados com nomes de lutadores e lutadoras da classe trabalhadora. Assim é o refeitório, chamado de Josué de Castro, ou a Plenária Rosa Luxemburgo, ou os auditórios Patativa do Assaré e Pagu. E assim será o campinho da escola: Sócrates Brasileiro.

    “Perfeita escolha porque tem tudo a ver”, diz Chico. “Um grande companheiro de peladas, bate papo, cerveja e tudo mais”, recorda o compositor, que diz ficar “orgulhoso de ter participado da origem” da Escola.

    A ENFF foi fruto da Coleção Terra, uma coletânea de músicas de Chico Buarque, fotos de Sebastião Salgado e texto de José Saramago, que doaram todos os direitos autorais aos Sem Terra para que a escola fosse construída.

    Voltando à homenagem ao Sócrates, Chico ainda afirma que se “ele estivesse aqui estaria apoiando a Escola e o MST”, já que “participou de todas as lutas pela democracia” e “foi sempre muito firme na defesa de sua classe”.

    “Um grande amigo”, que “todo mundo sabe a bola que batia”. Porém, para Chico, uma errata tem que ser feita na história do futebol brasileiro. Sócrates não se aposentou pelo Flamengo.

    “Não é verdade, ele veio aqui e jogou conosco pelo Politeama e foi campeão nos anos 90”, brinca o compositor. “É um amigo que faz muita falta e é muito bom que vocês lembrem dele com o campinho de futebol”, afirma.

    Ainda sem data específica, a próxima partida entre os Sem Terra e o Politeama já está marcada. Será na ENFF, na inauguração do Campo Sócrates Brasileiro.

    http://www.mst.org.br/2015/09/15/em-amistoso-de-futebol-chico-buarque-e-mst-trocam-camisas.html

     

     

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