Clipping do dia

As matérias para serem lidas e comentadas.

Redação

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  1. Se a Justiça não tem peito de apreender a Veja, que a Vigilância

    Do Tijolaço

    Se a Justiça não tem peito de apreender a Veja, que a Vigilância Sanitária o faça

     

    capasveja

    Tivesse hoje um Judiciário altivo, a  edição da Veja desta semana estaria, neste momento, sendo apreendida.

    E Luís Inácio Lula da Silva estaria para receber ao menos R$ 10 milhões de reais como indenização por danos morais, com um pedido módico de que a revista pagasse, como reparação, o mesmo preço de venda de cada um de seus exemplares.

    Porque retratar um ex-presidente da República, que não tem sequer uma denúncia judicial contra ele, com uniforme de presidiário não é o livre exercício do jornalismo..

    É o exercício criminoso da propaganda, para criar um estado de comoção e preparação para medidas arbitrárias que, hoje, só Zé Eduardo Cardoso e o Cego Aderaldo não vêem.

    Não é preciso mais que o Inciso X do Artigo 5º da Constituição Brasileira:

    X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;

    Não há uma questão de liberdade de imprensa; não se trata de uma caricatura, sobre a qual se pudesse argumentar com a liberdade de criação do artista.

    É encomenda, mesmo, para que este lixo fique exposto nas bancas, supermercados, lojas de conveniência.

    Para a trupe da direita, festejos e fotos simpáticas. Para Lula, o desejo transmutado na imagem com que sonham.

    Infelizmente, salvo raras e honrosas exceções, juízes não se atrevem a interromper, com a lei, a continuidade desta agressão, como aquele achou “piada” a ideia de dizer que era “pena” que a bomba lançada sobre o Instituto Lula não tivesse explodido o ex-presidente em pessoa.

    A maioria borra-se de medo de ser apontada como juiz censor e, então, às favas a Constituição.

    Resta, talvez, apelar para a Vigilância Sanitária para que mande recolher esta imundície e evite a contaminação nos consultórios de médicos e dentistas, por onde ficará rolando este excremento até que se decomponha.

    http://tijolaco.com.br/blog/se-a-justica-nao-tem-peito-de-apreender-a-veja-que-a-vigilancia-sanitaria-o-faca/

     

  2. Marcelo Odebrecht cancelou o show de Sérgio Moro

    Do Tijolaço

    Marcelo Odebrecht cancelou o show de Sérgio Moro

     

    modebrecht

    Arriscada, provou-se eficiente a estratégia de Marcelo Odebrecht hoje ao, finalmente, ser interrogado pelo Juiz Sérgio Moro, depois de 133 dias mofando na carceragem da Polícia Federal em Curitiba.

    Quem esperava um depoente raivoso ou, ao contrário, amedrontado, não viu uma coisa ou outra.

    A quem assistiu, ficou a impressão de alguém muito disciplinado e focado no que pretende, juridicamente.

    E o que pretende a defesa de Odebrecht é recolocar o processo no rito convencional: a Polícia e o Ministério Público produzem provas e o acusado as contesta.

    Ninguém tem a obrigação de responder a perguntas genéricas do tipo: “como eram seus negócios com a Petrobras?”, “o senhor conhece  Fulano de tal?”, “senhor já ouviu falar de tal coisa?”.

    É à PF e ao MP que competem mostrar que tal ou qual negócio era irregular, que havia uma relação criminosa com aquele Fulano e que o acusado participava da “tal coisa” ilegal.

    Óbvio que ao longo de 70 anos de história de uma empreiteira, mãos foram molhadas em n+1 ocasiões e nem se quer aqui santificar empreiteiro que, como se sabe, não vai para o Céu no juízo final. Mas não é disso que se tratava em qualquer tribunal que não seja aquele do Dr. Moro: é de um caso específico, com negócios específicos, com pessoas e pagamentos específicos.

    Achar que uma potência empresarial do tamanho da Odebrecht, com mais de 150 mil empregados e estabelecida nos Estados Unidos, África, Oriente Médio e Europa funcione como um botequim, onde o filho do português controla o caixa com um lápis detrás da orelha, é algo que não pode passar pela cabeça de qualquer um de bom senso.

    E seu executivo sabia que seria isso o que se preparou para seu interrogatório.

    Espertamente, escapou disso e ateve-se aos pontos que o Ministério Público apontou em sua denúncia.

    Até porque, claro, sabe que apresentar defesa a Sérgio Moro é o mesmo que cumprir tabela em campeonato decidido: nada do que disser ou provar servirá para inocentá-lo ou mitigar sua condenação.

    Ele já está condenado e sabe disso.

    Como todos estão na vara do Dr. Sérgio Moro e já estavam há meses, desde que as investigações se iniciaram com um projeto de “culpas” muito bem definido.

    Marcelo Odebrecht fez o que desejava no interrogatório de hoje: demonstrar que não aceita o jogo de cartas marcadas de um julgamento que já tem sentença pronta antes mesmo de ser oferecida a denúncia.

    A sua batalha não será em Curitiba e hoje ele mostrou que é para ela que se guardou, evitando qualquer novo dano.

    http://tijolaco.com.br/blog/marcelo-odebrecht-cancelou-o-show-de-sergio-moro/

     

    1. Fala, Marcelo!

       (mas, em entrevista coletiva, senão…)

      Um homem como esse sabe “tudo” sobre todos que estão no poder.

      Se quiser, possui relatório até sobre a clínica veterínária dos animais de estimação daqueles que o estão coagindo.

      1. Ele não vai falar, Maria

        Ele não vai falar, Maria Carvalho. Vai sim desconstruir a lava jato nas instâncias superiores, basta ver quem é seu advogado.

  3. José Eduardo Cardozo: a porta aberta para o golpismo “institucio

    Do Tijolaço

    José Eduardo Cardozo: a porta aberta para o golpismo “institucional”

     

    porteira

    Avessa à pequena política, a Presidenta Dilma Rousseff dá a impressão de não perceber que cabe aos seu auxiliares, neste caso, suprir o que é sua falta de apetite.

    Foi assim no caso da permanência de Aloízio Mercadante, cuja substituição – não é preciso nenhuma longa tese para explicá-lo – por Jaques Wagner produziu tantos e tão bons frutos em tão pouco tempo.

    Mercadante tem a mesma inapetência e falta de jeito para a política miúda que a Presidente e, portanto, acabava por exponenciar o problema.

    O caso do Ministério da Justiça é semelhante e tão grave quanto. Ou mais.

    Não se está discutindo as qualidades e a dignidade pessoais de José Eduardo Cardozo.

    O que se discute são suas características.

    Cardozo não é homem de  se afirmar como chefe.

    E é preciso.

    Aliás, é preciso mais: é preciso que ele seja chefe e que a Polícia Federal tenha um chefe.

    Chefes, nas áreas jurídicas, não definem quem ou o que será investigado ou objeto de medidas judicial, isso é inadmissível, sim.

    Mas chefe determina e controla  o como se irá proceder.

    Define o método e o método não pode ser o do abuso e o da politização da polícia.

    Comandá-la com autoridade faz com que insubordinações, atropelos aos ritos legais, vazamentos e abusos tenham consequências. Nem sempre públicas, mas bem entendidas pela instituição.

    Quando não se faz isso num serpentário como são as instituições policiais, as cobras criam asas.

    Ao contrário das corporações militares – onde há um núcleo que raciocina estrategicamente, que tem preocupações geopolíticas, visão de desenvolvimento nacional, pelo papel de defensor da integridade e da soberania do país – as polícias são instituições sem brilho, mesquinhas pela sua própria função.

    Claro que com exceções, a função policial induz ao exercício do poder autônomo. O de considerar que seu “direito” de investigar, notificar, acusar, indiciar, prender é absoluto.

    É por isso que – ao contrário do que ocorre com as Forças Armadas, que se auto-regulam e cultivam a disciplina e a hierarquia como pilares de sua existência- a polícia precisa de um imenso sistemas de freios e contrapesos, cujo fulcro pessoal está fora da corporação, no caso da União, no Ministro da Justiça.

    Está evidente que, se não há sabotagem, há leniência do comando da Polícia Federal com a disciplina interna.

    É impensável que um policial se exponha fazendo tiro ao alvo na imagem da Presidente da República e só depois de uma grita geral ele tenha sido “camaradamente” punido. E olhem que é econômico dizer isso para quatro dias de suspensão, aplicados um ano depois (um ano depois!!!) de o assunto se tornar público.

    Isso, com o perdão da palavra, é um achincalhe!

    Agora some o fato de delegados da Lava Jato montarem grupinho político eleitoral no facebook, vazarem o que querem, a sindicância da escuta clandestina arrastar-se há meses sem consequências, e vá imaginando o clima que existe dentro da Polícia Federal.

    As cobras estão todas aladas, surfando na “onda” em que a imprensa – óbvio – elevou a Polícia Federal como “salvadora da pátria”.

    Este foi e é o problema de José Eduardo Cardozo e é algo que foi além da Polícia Federal, porque transmite para todos os setores com os quais institucionalmente tem de se relacionar – a Justiça, o Ministério Público – a imagem de um fraco, sem comendo, sem decisão, um passageiro dos fato e não um condutor de situações.

    Não é o caso de “o Lula não quer”, ou de “o Lula quer indicar o fulano”.

    É que Cardozo se tornou uma porteira aberta por onde passa a caravana golpista.

    Não conseguirará recuperar a pouca autoridade que teve e muito menos conquistar a que jamais exerceu.

    É algo que está evidente há tempos e a cada dia que passa será mais difícil a missão de seu sucessor, porque fechar porteiras pelas quais a boiada já atravessa é muito, muito mais difícil.

    http://tijolaco.com.br/blog/jose-eduardo-cardozo-a-porta-aberta-para-o-golpismo-institucional/

  4. Leia o depoimento completo do presidente da Odebrecht na “lava j

    Do Conjur

    Defesa nos autos

    Leia o depoimento completo do presidente da Odebrecht na “lava jato”

    30 de outubro de 2015, 14p6  

    Por Marcos de Vasconcellos

     

    Esta é a primeira vez que Marcelo Odebrecht, preso desde junho, depõe.
    Reprodução

    O presidente da holding do grupo Odebrecht, Marcelo Bahia Odebrecht, foi à 13ª Vara Federal de Curitiba nesta sexta-feira (30/10) para prestar depoimento na operação “lava jato”, que investiga corrupção na Petrobras. Preso desde o dia 19 de junho, esta é a primeira vez que o executivo depõe.

    Acompanhado de seus advogados, liderados por Nabor Bulhões, ele entregou ao juiz federal Sergio Fernando Moro, responsável pelos processos decorrentes da “lava jato”, sua manifestação por escrito. Em 19 páginas de perguntas e respostas, ele aborda questões de grande repercussão, como bilhetes e e-mails que são apontados como provas no processo.

    Clique aqui para ler a íntegra do depoimento.

    http://www.conjur.com.br/2015-out-30/leia-depoimento-completo-presidente-odebrecht-lava-jato

  5. G. Carvalho sobre a Zelotes: o que eles querem é prender o Lula

    Gilberto Carvalho critica quebra de sigilos de seus parentes

     

    Jornal GGN – Ex-chefe de gabinete de Lula e ex-ministro de Dilma Rousseff, Gilberto Carvalho fala em um complô para desmoralizar e prender o ex-presidente da República. Carvalho acredita, também, que o Partido dos Trabalhadores deve reconhecer seus erros, mas não pode ser alvo de perseguição.

    Chamado a prestar depoimento da Polícia Federal no âmbito da Operação Zelotes, o ex-ministro disse considerar natural que sua vida possa ser investigada, mas ataca o “atropelamento dos direitos individuais”, criticando o pedido de quebra de sigilo bancário e fiscal de seus familiares. Ele afirma que não há indício real de que tenha recebido propinas dos acusados presos pela operação. “Não condeno a investigação, condeno a irresponsabilidade dessas pessoas”.

    Da Folha

    Querem minar a credibilidade de Lula para depois prendê-lo, diz Carvalho

    Natuza Nery

    Gilberto Carvalho, 64, ex-chefe de gabinete de Lula e ex-ministro de Dilma Rousseff, reage fortemente aos pedidos de quebra de sigilo de sua família por investigadores da Operação Zelotes e acusa uma espécie de complô para “desmoralizar” e “prender” o ex-presidente da República. Em entrevista à Folha, o petista afirmou que seu partido tem de reconhecer os erros cometidos no passado, mas não pode ser alvo de perseguição. Folha – O sr. foi chamado a prestar depoimento na PF…

    Gilberto Carvalho – Considero natural que, tendo vivido 10 anos na vida pública, minha vida possa ser investigada. O que não pode é o atropelamento dos direitos individuais. Fiz parte de um governo que conseguiu estabelecer uma autonomia dos procedimentos da Polícia Federal. Tenho orgulho de termos contribuído para o aumento da transparência mesmo que o nosso partido seja, hoje, por erros que nós cometemos, vítima desse processo, mais isso é natural.

    O que não pode, em defesa da democracia, é o atropelamento dos direitos individuais, e é isso que está em jogo. E tenho uma longa vida pública e já me habituei a enfrentar, mas ver os seus filhos expostos desse modo é um golpe duro.

    Fala de vazamento de informações sigilosas?
    Exatamente. Critico o cidadão da Receita Federal que recomenda a quebra de sigilo bancário e fiscal dos meus familiares sem que contra mim haja nenhum indício real, efetivo, de que eu tenha sido beneficiário de qualquer propina ou ação dessas pessoas que estão presas hoje. É uma leviandade e uma exposição desnecessária. Não condeno a investigação, condeno a irresponsabilidade dessas pessoas.

    Como foi a tramitação no governo das medidas provisórias hoje investigadas?
    Estávamos em 2008, 2009, no meio da crise internacional, e foram tomadas uma série de medidas para estimular a produção e o consumo. Havia uma proposta do setor automobilístico para que se editasse uma MP para estimular o desenvolvimento econômico em diversas regiões. Essa MP foi construída com diversos setores empresariais, entre eles a Anfavea, que naturalmente tinha interesse.

    Só quem não conhece, quem ignora o processo de tramitação de uma MP, pode dar crédito a essa picaretagem que esses caras fizeram de vender uma influência que eles não tinham e nem poderiam ter. Dizer que eu e ministros tenhamos influenciado ou obtido vantagem é de uma ignorância alarmante. Me estranha muito que um servidor público da Receita Federal, que sabe desse processo, se deixe levar por esse tipo de procedimento.

    Não tinha acesso a essas discussões?
    Eu fazia o filtro das pessoas que vinham falar com o presidente Lula. Esse senhor Mauro Marcondes, que já tinha um conhecimento com presidente Lula no tempo da negociação das greves do ABC, porque ele representava na época uma das empresas automobilísticas, se apresentou no gabinete com o cartão da Anfavea, vice-presidente, uma entidade nacional reconhecida. E foi nessa condição que ele foi recebido defendendo a importância dessa MP como representante do setor. Isso era a coisa mais comum do mundo. O presidente Lula cansou de receber presidentes de empresas sempre no intuito de estimular economia.

    O sr. participou de algum conluio, como aponta a PF, ou recebeu alguma vantagem?
    Nunca participei de conluio nenhum. Nunca esse senhor apareceu para mim para fazer qualquer proposta nem tratar de nenhuma oferta. Até porque, no meu papel de chefe de gabinete, eu não acompanhava as audiências em sua imensa maioria. Esse senhor nunca me ofereceu qualquer beneficio pecuniário.

    Aliás, nos 12 anos de Planalto, nunca passei por esse constrangimento. Tenho orgulho de não ter enriquecido neste período. Espero que o mesmo tratamento dado a mim se dê àqueles que são os verdadeiros alvos da Operação Zelotes, grandes empresas brasileiras, redes de comunicação no Brasil. Só espero que a Zelotes não sirva apenas para construir esse circo político.

    Que circo?
    Se a Operação Zelotes tiver apenas esse foco, não passará tristemente de um circo político. Agora, com relação ao presidente Lula, é muito estranho que essa sanha toda se volte contra ele e sua família. Já é o segundo filho dele alvo sem os devidos cuidados, sem uma investigação preliminar adequada, não interpretativa.

    É muito importante, para o bem desse novo processo que nós estamos fazendo no Brasil de passar o país a limpo, que as autoridades ajam com responsabilidade. Porque essa irresponsabilidade acaba levando a um descrédito e fazendo com que as investigações se transformem muito mais em perseguição política do que em averiguação real.

    E sua relação com Mauro Marcondes?
    Eu o atendi a primeira vez no gabinete [de Lula]. Mais tarde, quando essa MP estava vencendo, ele me procurou já como ministro da Secretaria-Geral pedindo que eu o ajudasse no debate, na intervenção, junto ao gabinete presidencial em relação à renovação dessa MP, que era importante. Disse a ele que o máximo que poderia fazer era abrir uma possibilidade de levar esse debate para o lugar adequado, que era a Fazenda.

    Acabei nem falando com Guido [Mantega, ministro da época]. Morreu aí também essa história. No gabinete do presidente Lula não houve nunca, nos oito anos dele, nenhum tipo de procedimento dessa natureza.

    Que conexão faz entre Zelotes, Lava Jato e crise política?
    A Lava Jato é um processo necessário para o país para a descoberta de falcatruas que estavam acontecendo. O problema é ferir princípios constitucionais e sagrados princípios de defesa quando se busca combater a corrupção. Não se pode transformar juízes em personagens de destaque midiático porque isso efetivamente corrompe o processo. E toda vez que se transforma o combate à corrupção na perseguição a um só partido, também há um prejuízo ao combate.

    Por que a Lava Jato, em toda delação premiada, não levantou sequer uma questão do financiamento das campanhas de outros políticos? Onde estão as informações do financiamento da campanha do senhor Aécio Neves, que recebeu mais dinheiro dessas empresa da Lava Jato do que Dilma Rousseff? Por que isso não vem a público?

    A PF diz que só investiga desvio de verba pública federal.
    Quero fazer a seguinte pergunta a esses senhores. O dinheiro que saiu das empresas públicas eram marcados, essas notas para Dilma, essas para o Aécio? Ou as empresas fazem então uma separação de que o dinheiro obtido da Petrobras vai para Dilma e o dinheiro obtido de maneira correta vai para o Aécio?

    Isso é uma palhaçada. Eles não perguntam para os delatores essa questão. O alvo é só um, é o PT, é o presidente Lula. Eles querem desmoralizar o presidente Lula para depois realizarem a prisão dele e o tirarem fora de 2018, é disso que se trata. A tática está definida, está clara. É a tentativa de ir aos poucos minando o partido, a credibilidade do presidente Lula, para depois levá-lo a um processo de condenação e prisão.

    Se o país não tiver consciência disso, nós seremos conduzidos a um processo que vai enganar todo mundo. Em nome do combate à corrupção, os grandes corruptores continuarão soltos e impunes, mas grande parte vai continuar praticando o mesmo assalto aos cofres públicos, como fizeram no Brasil no caso da privataria [privatizações da era tucana], da emenda da reeleição [de Fernando Henrique Cardoso].

    Por essa análise, juízes, delegados e procuradores atuariam todos com esse propósito?
    É muito mais complexo que isso. É evidente que há contradições no seio de qualquer instituição. O que quero afirmar é que nitidamente transparece uma intenção muito clara neste momento de dar prioridade a todos os temas que dizem respeito à desmoralização do PT e do presidente Lula. Eu sempre digo o seguinte: o meu partido errou e tem que reconhecer e pagar por isso. Não tenho problema de pagarmos preços duríssimos desde que, de fato, se deem passos no sentido de um combate efetivo à corrupção.

    O que me espanta e me dói é ver gente como o ministro do Supremo Gilmar Mendes e próceres do PSDB que denunciam a corrupção mas defendem com unhas e dentes o principal instrumento indutor da corrupção que é o financiamento empresarial de campanha. É uma hipocrisia. Se passar a Lava Jato, com tudo o que ela está provocando, e o PT pagar o seu preço, e todos esses mecanismos continuarem, a nação terá perdido muito.

    O PT diz que o ministro da Justiça não controla a PF. Deveria controlar?
    Eu não partilho dessas críticas. Tenho orgulho de que nenhum dos nossos ministros controlaram a PF. O PT não pode ter medo de ser investigado, porque nós tomamos essa iniciativa, que não havia no governo Fernando Henrique, quero deixar claro. O chefe da Polícia Federal no governo FHC era uma pessoa estreitamente ligada ao PSDB. Não podemos querer quebrar uma virtude nossa. Então que não partilho sinceramente dessa crítica.

    O Zé Eduardo Cardozo, a meu juízo, zela para uma condução republicana. Por isso seria de se esperar dos investigadores e da própria Receita Federal um comportamento consequente disso. Minha insurgência é contra dados serem publicados de maneira irresponsável e citações nos relatórios sem base fundamentada. Não defendo sua demissão.

    Por essa linha, o PT está certo ao presumir a inocência do presidente da Câmara, Eduardo Cunha?
    O grande cuidado que temos de tomar sempre é não sermos contraditórios, defender a presunção de inocência da gente e não dos nossos adversários. Temos razões de sobra para desejar que a justiça se faça o quanto antes em relação ao Eduardo Cunha pelas provas que têm surgido, mas concordo com a posição do PT enquanto a denúncia não for aceita. O que não pode ser confundido com nenhum tipo de negociação de tentar trocar uma atitude moderada em relação a ele pelo não andamento do impeachment, isso seria, além de indigno, de uma ignorância enorme, porque não acredito que o senhor Eduardo Cunha tenha condições de a gente fazer qualquer acordo dessa natureza, não prosperaria.

    Uma coisa é uma atitude institucional em relação a ele como presidente da Câmara, outra coisa é qualquer acordo de troca, o que seria de redonda burrice, porque não acredito que ele honraria qualquer compromisso. Acho que ele não tem condição de deflagrar um impeachment porque não tem nenhum pedido sustentado em mínimas condições adequadas. Segundo que, politicamente, ele perdeu qualquer credibilidade para conduzir qualquer processo. Se eu fosse o presidente da Câmara teria pedido afastamento do cargo porque ele sabe o que ele fez e os dados que estão aparecendo, muito concretos, a cada dia derrotam a tese dele. 

     

  6. Lula, um homem preparado para a adversidade

    Lula, o homem sem medo

            

    Fonte: Blog da Cidadania

    http://www.blogdacidadania.com.br/2015/10/lula-o-homem-sem-medo/

    lula eu

     

    A vós que vos deixais mortificar por esse bombardeio de injustiças sobre o homem que operou o milagre da libertação de dezenas de milhões de brasileiros dos grilhões da pobreza e que promoveu a maior distribuição de renda já vista neste país, serenai vossos espíritos.

    Todo aquele que contemplou com lucidez o olhar de Luiz Inácio Lula da Silva sabe que em sua alma o medo não se cria.

    Perscrutei os espelhos de sua alma em busca de uma réstia de hesitação, de uma sombra de medo, de um fiapo de insegurança, mas não encontrei. Do olhar de Lula emana, tão-somente, energia que poderia iluminar uma nação.

    Enquanto conversávamos, não prestava tanta atenção às palavras. Refletia sobre aquela figura mítica que tinha diante de mim. E sobre os inimigos poderosos que lhe espreitam cada passo, cada palavra, cada gesto.

    Perguntava-me como podia se manter tão sereno e confiante a despeito da horda que anseia destruir não apenas o homem, mas as ideias que representa.

    Disse a Lula que me preocupava com o ódio que lhe dedicam porque adentra o terreno do sobrenatural. O ódio que atraiu contra si ao pregar igualdade entre os brasileiros, converteu-se em religião. E o que é pior: os portadores desse ódio dispõem de recursos extraordinários.

    Confesso que passei minutos intermináveis tentando enxergar nele algum medo do futuro, das conspirações que germinavam enquanto conversávamos, mas nada encontrei.

    Tal era a serenidade em seu olhar enquanto eu listava tudo que poderia lhe suceder que cheguei a supor que ele não se dava conta dos riscos que corria. Insisti nesses riscos, mas ele não se abalava. Optei, então, por não perder mais tempo e direcionei a conversa para o quadro político, que ele já sabia que evoluiria como tem evoluído.

    Se alguém pensa que Lula está surpreso com tudo que está acontecendo, engana-se. Há cerca de um ano ele já previa até onde seus inimigos iriam. E já imaginava que, em caso de surgirem maiores problemas na economia, os fracos de espírito o abandonariam.

    Perguntei se não se arrependia de ter dado tanto poder à Polícia Federal e ao Ministério Público, de não ter engendrado mecanismos para se proteger caso toda essa liberdade a esses órgãos fosse usada para atacá-lo.

    Não se arrepende. Para ele, o problema do Brasil sempre foi o medo que seus antecessores tiveram de dar liberdade aos órgãos de controle.

    Lula acredita que os abusos que estão praticando contra si fazem parte do processo de amadurecimento de nossas instituições, e que caso seus inimigos voltem ao poder descobrirão que não há mais como se protegerem através do aparelhamento da Justiça, do MP ou da PF como o que promoveu Fernando Henrique Cardoso.

    Nunca me esquecerei da serenidade de Lula diante do calvário contra si que já se anunciava e do qual ele tinha plena consciência.

    Quando vejo muitos dos que o apoiam ficar mortificados diante das injustiças que ele vem sofrendo – como eu mesmo fico, inclusive -, busco coragem na lembrança de sua serenidade, de sua coragem, de sua fé inquebrantável na verdade e na justiça.

    Homens como Lula não se dobram, não se amofinam, não desanimam. Para pessoas como ele, cada batalha perdida é uma lição e cada vitória é apenas mais um passo de uma jornada que não é só sua, mas de todos os viventes.

    Uma jornada em busca da justiça social.

    Ele certamente não se desespera diante das calúnias contra sua família – que jamais lucrou com seu sucesso estrondoso na política – enquanto familiares dos adversários amealham fortunas sem qualquer explicação razoável, como no caso da filha de José Serra, quem, há um par de anos, comprou, em sociedade com o homem mais rico do Brasil, parte de um negócio no valor de cem milhões de reais – e sem ninguém saber a origem de tanto dinheiro.

    Lula não se desespera porque já esperava por isso. Ele já sabia que perscrutariam sua vida e a de sua família em busca de alguma mera evidência que pudessem usar. E sabe que não encontrarão.

    Você perguntará: mas e se forjarem alguma coisa? Não importa. Ele não se deixará abater. Não tem medo. Inexplicavelmente, ele não teme a adversidade. Lula se considera filho da adversidade, pois foi através dela que se tornou o político mais importante do país.

    Quando lembro da coragem que vislumbrei no olhar de Lula, chego a sentir vergonha de, vez por outra, deixar-me mortificar pelas injustiças que sofre. Então, inspirado nele, persisto. Tento fazer da força dele a minha força. Sugiro a você que pensa como eu, que faça o mesmo.

     

  7. Enquanto a “justiça” persegue Lula, os ladrões enchem os bolsos

    31 de outubro de 2015 – 15p6 

    Zelotes: Fraudes no Carf tiraram R$ 167 bilhões dos cofres públicos

    Fonte: http://www.vermelho.org.br/noticia/272219-1

    O esquema de venda de decisões a empresas, bancos e veículos de comunicação por parte dos integrantes do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) investigado na Operação Zelotes tirou R$ 167 bilhões dos cofres públicos.

     

      

    Os dados fazem parte de um levantamento da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Unafisco), com base em números fornecidos via Lei de Acesso à Informação. Segunda o levantamento, em 2013, apenas 28,8% do crédito questionado no conselho foram mantidos, ou seja, a União ganhou a causa.

    Em 2014, o número subiu para 41,9%, mas ainda ficou distante do que poderia ter sido arrecadado, caso o esquema de corrupção revelado pela Operação Zelotes não tivesse revertido decisões e multas aplicadas.

    Em valores, dos R$ 106,7 bilhões em créditos julgados em 2013, apenas R$ 30,7 bilhões ficaram com a União. Em 2014, quando o montante questionado foi maior, R$ 157 bilhões, a Receita Federal obteve ganhos de causa equivalentes a R$ 65,8 bilhões.

    Somados, os valores perdidos superariam o déficit projetado para as contas do governo federal, que na avaliação mais pessimista, poderia alcançar R$ 117 bilhões; esquema é investigado na Operação Zelotes.

  8. Lula assombra a oposição. Por isso querem prendê-lo

    Política

    Rosa dos Ventos

    Revista Carta Capital

    Lula assombra a oposição –

    Ocorre o inevitável: descrença na política e desmanche dos partidos favorecem o líder  por Mauricio Dias — publicado 30/10/2015 15p7, última modificação 01/11/2015 03p8   inShare3Ricardo Stuckert/Instituto Lula   Lula

    “Eu vou sobreviver”, diz Lula a seus algozes na reunião do Diretório Nacional do PT

    Há mais de 12 anos a oposição tucana, após ser expulsa de um ciclo de poder de oito, procura com o apoio solidário da mídia um remédio para voltar a ocupar o Palácio do Planalto e os demais vetustos conservadores.

    Para isso é preciso vencer Lula. A qualquer preço. Como não pode fazer o ex-presidente beber cicuta e, ainda mais, sem um programa alternativo de governo convincente, a dita oposição sentou-se ao piano para tocar o samba de uma nota só: corrupção.

    Essa hipocrisia moralista remete à célebre observação entediada de Millôr Fernandes: “Estou cansado de sentar à mesa com corruptos para falar da corrupção”.

    Na continuidade desse objetivo político, os oposicionistas, sem sucesso, abalados por quatro derrotas na disputa pela Presidência da República, partiram para o desespero. Resolveram sacrificar os políticos e os partidos e, para isso, não se importaram em atear fogo às próprias vestes.

    A oposição plantou vento e colheu tempestade.

    Essa é a tradução mais próxima do resultado apontado pela recém-publicada pesquisa Ibope, cujo objetivo foi o de perceber o sentimento do eleitor sobre os prováveis presidenciáveis na eleição de 2018. O resultado está nos porcentuais elevadíssimos de repulsa aos políticos e, por dedução, à política.

    Lula lidera esse ranking negativo com 55% de rejeição, em empate quase numérico com José Serra, que tem 54%. Em empate técnico com esses dois, estão Geraldo Alckmin e Ciro Gomes, com 52%, seguidos por Marina Silva com 50% e por Aécio Neves com 47% de rejeição.

    Intenção-de-votos-2015

    Embora a pesquisa foque a rejeição, pode-se projetar o possível resultado nas urnas, se a eleição fosse hoje, a partir da resposta dos eleitores a duas perguntas: a certeza do voto e a possibilidade de votar (tabela).

    “O resultado da pergunta sobre a certeza do voto, manifestada pelo eleitor, é, nesse momento, a mais consistente indicação da pesquisa”, assegura Carlos Augusto Montenegro, presidente do Ibope.

    Há algumas surpresas no resultado dessa sondagem. A elevada rejeição a Aécio e a Marina. Ele tinha 32% e Marina 31% em outubro de 2014. Um aumento de 15% e 19%, respectivamente.

    O porcentual de rejeição a Lula, elevada em 22% desde maio de 2014, é facilmente explicável. Além do intenso ataque da mídia, o ex-presidente recebe reflexos da crise econômica conjuntural.

    Os resultados da pesquisa fazem vislumbrar uma trajetória para a vitória de Lula maior do que a de seus adversários. O esforço do desmanche da política e dos partidos beneficia os líderes com capacidade de transferir e captar votos de diferentes classes sociais. Favorece, assim, a Lula.

        

     

  9. Botafogo fatura 4ª regata do

    Botafogo fatura 4ª regata do Estadual e conquista tricampeonato inédito

     1 nov 2015 17p1 

    Após vencer a quarta e última etapa do Estadual de remo do Rio de Janeiro, neste domingo, nas raias da Lagoa Rodrigo de Freitas, o Botafogo conquistou o tricampeonato da competição, realização inédita na história do clube alvinegro.

    Após faturar os títulos de 2013 e 2014, o Botafogo confirmou a boa fase nas águas e garantiu também o troféu deste ano. O time de General Severiano terminou em primeiro neste domingo, com 155 pontos, deixando Flamengo (120) e Vasco (115) em segundo e terceiro lugares, respectivamente.

    Botafogo comemora a conquista do tricampeão estadual de remo Botafogo comemora a conquista do tricampeão estadual de remo

     

    OBS: No quadro, na mão da remadora, o saudoso Irineu, barqueiro do Botafogo e amigo querido de todos da Lagoa.

     

  10. Contra o #primeiroassedio, a #primeiraresposta

    Do Blog da Redação do Outras Palavras: http://outraspalavras.net/blog/2015/10/27/contra-o-primeiroassedio-a-primeiraresposta/

    “No dia que ela falou aquilo, desacreditei. A gente fazia natação juntos. Eu apaixonei. Comecei a acompanhar, mas de longe. Ou ela era mais velha ou eu tava ruim da auto estima: nunca rolou nem sombra de nada”

    Por Breno Castro Alves | Imagem: Egon Schiele

    Uma amiga me pediu para focar mais na história da Cagada, que foi a ‪#‎primeiraresposta‬ que vi na vida. Vou recontar ela aqui.

    Linda, loira dozolho claro, nadadora forte, esguia. Ela deve estar viva e deve chamar Alicia, ou alguma outra variação de Alice. Um dia a molecada tava jogando três dentro três fora (que é futebol e não suruba) e ela passou no meio. O jogo parou, todo mundo parou e ficou olhando, ninguém mexeu (dessa vez..) mas rolou uma tonelada de tensão sexual no ar, que ela destruiu ao virar e perguntar bem alto:

    – Que foi, tô cagada?

    Já era. A Cagada nunca mais teve outro nome, entre a molecada. Mas ela não sabia, era da outra rua, duvido que alguém chegou pra ela e falou isso. Ela botava uma banca assim, era forte. No dia que ela falou aquilo eu desacreditei. A gente fazia natação juntos. Eu apaixonei. Comecei a acompanhar, a olhar muito mais pra ela, mas de longe. Ou ela era mais velha ou eu tava ruim da auto estima, então nunca rolou nem sombra de nada.

    Mas aquele grito na rua, caralho, digo, buceta, aquela foi a #primeiraresposta que eu vi. Mexeu com a minha cabeça e algum tempo depois desse dia eu parei completamente com o fiu fiu, mais uns dois anos e eu já estava repreendendo meus colegas – sem qualquer sucesso. (normal, alguns anos depois, em outro grupo de amigos eu seria o democrata filho da puta, dito como ofensa, ou o sem terra. normal, adolescência. uaréva.)

    Todo modo, a história da Cagada me mudou. É muito forte esse momento em que uma mina se levanta e articula o “quer saber? Foda-se que você é mais forte e pode ter disposição pra me encher de porrada, machistas não passarão!”, e manda à merda o babaca que babaquizou em cima dela.

    Tem poesia, aí, também. O ‪#‎primeiroassedio‬ é uma catarse foderosa, lavação coletiva de alma, tem que escancarar, ventilar, mesmo, pra curar junto. É ferida social.

    A #primeiraresposta é quando uma mulher encontra força pra acabar com o fiufiu. E se isso for profundo, e genuíno, e ela sobreviver, vai seguir acabando, para sempre, com o assédio contra si e contra a mulherada ao redor.

    Sério, vocês são lindas. Esfrega na cara da sociedade as merdas. Quero saber como vocês se levantaram, também. Machistas não passarão.

    a

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