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  1. Porque quer a França derrubar a República Árabe da Síria?

    Rede Voltaire

    Porque quer a França derrubar a República Árabe da Síria?

    Thierry Meyssan

    Voltando à história da colonização francesa da Síria e comparando-a com a ação dos presidentes Sarkozy e Hollande, Thierry Meyssan põe em evidência a vontade de recolonizar o país por parte de certos dirigentes franceses actuais. Uma posição anacrónica e criminosa que faz a França do presente um estado cada vez mais odiado no mundo.

    Rede Voltaire | Damasco (Síria) | 19 de Outubro de 2015français  English  Español  فارسى  italiano  ελληνικά  Nederlands  Deutsch  русский  عربي  polski+ -JPEG - 24.1 kbNicolas Sarkozy e David Cameron assinam os Acordos de Lancaster House. Eles reiteraram, um século depois, a “entente cordiale” do Acordo Sykes-Picot.

    A França é, hoje em dia, o principal poder apelando ao derrube da República Árabe da Síria. Enquanto a Casa Branca e o Kremlin negoceiam, em segredo, o modo de se livrarem dos jiadistas, Paris persiste em acusar o ” regime de Bashar” (sic) de ter criado o Daesh (E. I. -ndT), e em declarar que após a eliminação do Emirado Islâmico convirá derrubar a «ditadura Alauíta» (re-sic). A França é publicamente apoiada pela Turquia e Arábia Saudita, e às escondidas por Israel.

    Como explicar este posicionamento de perdedor, quando a França não tem nenhum interesse económico ou político nesta cruzada, quando os Estados Unidos deixaram de treinar combatentes contra a República, e quando a Rússia está em vias de reduzir a cinzas os grupos jiadistas?

    A maior parte dos comentadores sublinharam, com razão, os laços pessoais do presidente Nicolas Sarkozy com o Catar, patrocinador da Irmandade Muçulmana, e os do presidente François Hollande igualmente com o Catar, e, também, com a Arábia Saudita. Os dois presidentes financiaram, ilegalmente, uma parte das suas campanhas eleitorais com estes estados, e tem beneficiado de toda a espécie de facilidades oferecidas por esses mesmos Estados. Além disso, a Arábia Saudita detêm, agora, uma parte não negligenciável das empresas do CAC40, de modo que o seu desinvestimento brutal causaria graves prejuízos económicos à França

    Eu gostaria de evocar, aqui, uma outra hipótese explicativa: os interesses coloniais de certos dirigentes franceses. Para tal, é necessário um regresso ao passado.

    O tratado Sykes-Picot

    Durante a Primeira Guerra Mundial, os Impérios Britânico, Francês e Russo acordaram, secretamente, em dividir as colónias dos impérios Austro-Húngaro, Alemão e Otomano, assim que estes fossem derrotados. Na sequência de negociações secretas em Downing Street, o conselheiro do Ministro da Guerra e superior de «Lawrence da Arábia», Sir Mark Sykes, e o enviado especial do Quai d’Orsay, François Georges-Picot, decidem partilhar a província otomana da Grande Síria entre eles e disso informam o Czar.

    Os Britânicos, cujo império era comercial, apropriam-se das zonas petrolíferas conhecidas à época, e da Palestina, para aí instalar uma colónia de povoamento judaico. O seu território estendia-se por sobre o do Estado da Palestina, de Israel, da Jordânia, do Iraque e do Koweit actuais. Paris, que estava dividida entre os partidários e adversários da colonização, admitia, por si, uma colonização ao mesmo tempo económica, cultural e política. Apropriou-se, pois, dos territórios do Líbano e da Pequena Síria, actuais, dos quais quase metade da população à época era cristã, e da qual ela se declarava a «protectora» desde o rei Francisco Iº. Finalmente, os lugares santos de Jerusalém e de São João de Acre deviam ser internacionalizados. Mas, na realidade, esses acordos nunca foram plenamente aplicados, quer porque os Britânicos haviam assumido compromissos contraditórios como, sobretudo, porque entendiam criar um Estado judeu para prosseguir a sua expansão colonial.

    Jamais as «democracias» britânica e francesa debateram públicamente estes acordos. Teriam chocado o Povo britânico, e teriam sido rejeitados pelo Povo francês. O Acordo Sykes-Picot foi revelado pelos revolucionários bolcheviques que os descobrem nos arquivos do Czar. Eles provocam a fúria dos Árabes, mas os Britânicos e os Franceses não reagiram perante as ações dos seus governos.

    A ideia colonial francesa

    A colonização francesa começou no reinado de Charles X com a conquista sangrenta da Argélia. Era uma questão de prestígio, que nunca foi apoiada pelos franceses e levou à revolução de julho de 1830.

    Mas, a idéia colonial apareceu em França após a queda do Segundo Império e a perda da Alsácia-Mosela. Dois homens de esquerda, Gambetta e Jules Ferry, propõem a conquista de novos territórios em África e na Ásia na impossibilidade de poder libertar a Alsácia e a Mosela, ocupadas pelo Reich alemão. Eles juntaram-se aos interesses económicos da direita ligados à exploração da Argélia.

    Como a motivação pela derivação, em relação à libertação do território nacional, não é muito gloriosa, os amigos de Gambetta e de Ferry vão embrulhá-la num discurso mobilizador. Não se trata de satisfazer apetites expansionistas ou económicos, mas, sim, de «libertar povos oprimidos» (sic) e de os «emancipar» de culturas «inferiores» (re-sic). O que era muito mais nobre.

    Na Assembleia Nacional e no Senado, os partidários da colonização tinham criado um lóbi para defender os seus apetites: o «Partido Colonial». O termo «partido» não deve aqui induzir em erro, ele não designava uma formação política, mas, antes, uma corrente de pensamento trans-partidário, reunindo uma centena de parlamentares de direita e de esquerda. Eles juntaram-se a poderosos homens de negócios, militares, geógrafos e altos-funcionários, como François Georges-Picot. Se muito poucos Franceses se interessavam pela colonização, antes da Primeira Guerra Mundial, já eram muito mais numerosos no período Entre-as-duas-Guerras… quer dizer, após a restituição da Alsácia e da Mosela. O Partido Colonial, que já não era mais, agora, senão o do capitalismo cego, enroupado de direitos-do-homem, tentou convencer a população através de grandes eventos como a sinistra Exposição Colonial de 1931, e atingiu o seu apogeu com a Frente Popular de Léon Blum, em 1936.

    A colonização da Pequena Síria

    Na sequência da Guerra e da queda do Império Otomano, o Sherife Hussein das duas mesquitas de Meca e de Medina proclamou a independência dos Árabes. Em conformidade com as promessas de «Lawrence da Arábia» ele proclamou-se «rei dos Árabes», mas é chamado à ordem pela «pérfida Albion».

    Em 1918, o seu filho, o Emir Faisal, proclama um governo árabe provisório em Damasco, enquanto os britânicos ocupam a Palestina e os Franceses a costa Mediterrânica. Os Árabes tentam criar um Estado unitário, multiconfessional, democrático e independente.

    O presidente dos E.U.A, Woodrow Wilson, reconciliou o seu país com o Reino Unido em torno do projecto comum de criação de um Estado judeu, mas, ele opõe-se à ideia de colonizar o resto da região. Retirando-se da conferência de Versalhes, a França faz-se atribuir um mandato, pelo Conselho Supremo Inter-aliados, para administrar a sua zona de influência, aquando da conferência de San Remo. A colonização tinha encontrado um álibi legal: era preciso ajudar os Levantinos a organizarem-se após a queda dos otomanos.

    As primeiras eleições democráticas são organizadas na Síria pelo governo árabe provisório. Elas dão a maioria, do Congresso Geral sírio, a caciques sem verdadeira cor política, mas a assembleia é dominada pelas figuras da minoria nacionalista. Ela adopta uma Constituição monárquica e bi-camarária (cameral-br). Ao anúncio do mandato francês, o Povo revolta-se contra o Emir Faisal, que havia decidido colaborar com os Franceses e os Maronitas do Líbano, que o apoiam. Paris envia a tropa sob o comando do General Gouraud, um dos membros do «Partido Colonial». Os nacionalistas sírios dão-lhe combate em Marjayoun, onde eles são esmagados. Começa a colonização.

    O General Gouraud separa primeiro o Líbano —onde ele dispõe do apoio dos Maronitas— do resto da Síria, que ele se esforça por governar dividindo, e opondo entre si, os grupos religiosos. A capital da «Síria» é transferida para Homs, uma pequena cidade sunita, antes de regressar a Damasco, mas o poder colonial permanece baseado no Líbano, em Beirute. É conferida uma bandeira à colônia, em 1932, que é composta por três bandas horizontais representando as dinastias Fatímidas (verde), Omíadas (branca) e Abássidas (preta), símbolo para os muçulmanos xiitas quanto à primeira, e para os sunitas quanto às duas seguintes. As três estrelas vermelhas representando as três minorias, cristã, drusa e alauíta.

    A França pensa fazer do Líbano um Estado maronita, já que os Maronitas são cristãos que reconhecem a autoridade do papa, e da Síria um Estado muçulmano. Ela não parará de combater os cristãos da Síria Pequena já que eles são maioritáriamente ortodoxos.

    Em 1936, a esquerda acede ao poder em França, com o governo da Frente Popular. Ele aceita negociar com os nacionalistas árabes e promete-lhes a independência. O sub-secretário de Estado para os protectorados do Magrebe e dos mandatos do Médio-Oriente, Pierre Viénot, negoceia a independência do Líbano e da Síria (tal como ele havia tentado fazer para a Tunísia). O Tratado é ratificado, por unanimidade, pelo Parlamento sírio, mas, jamais será apresentado por Léon Blum —membro do «Partido Colonial»— ao Senado.

    No mesmo período, o governo da Frente Popular decide separar a cidade de Antioquia da Pequena Síria e propõe juntá-la à Turquia, o que será feito em 1939. Desta forma, Léon Blum entende livrar-se dos cristãos ortodoxos, cujo patriarca é o titular do Patriarcado de Antioquia, e que os Turcos não deixarão de reprimir.

    Por fim, é a divisão da França durante a Segunda Guerra Mundial, que porá termo à colonização. O governo legal de Philippe Pétain tenta manter o mandato, enquanto o governo legítimo de Charles de Gaulle proclama a independência do Líbano e da Síria, em 1941.

    No fim da II Guerra Mundial, o Governo Provisório da República põe em acção o programa do Conselho Nacional de Resistência. No entanto, o «Partido Colonial» opõe-se às independências dos povos colonizados. A 8 de maio de 1945 dá-se o massacre de Setif (Argélia), sob o comando do general Raymond Duval, a 29 de maio o de Damasco sob o comando do general Fernand Olive. A cidade é bombardeada pela Força Aérea Francesa durante dois dias. Uma grande parte do “souk” histórico é destruído. A Assembleia do Congresso do Povo Sírio é, ela própria, bombardeada.

    Roland Dumas atira uma pedrada ao charco em directo na TV, e rebenta assim o discurso oficialista de François Hollande : «os Ingleses preparavam a guerra na Síria dois anos antes das manifestações de 2011». Ora, isto não estava previsto no programa! Obrigado, Sr. Dumas!

    As ambições coloniais da França na Síria desde 2011

    Enquanto o presidente Nicolas Sarkozy convidava o seu homólogo sírio, Bashar al-Assad, para as cerimónias do “14 de julho”, de 2008, nos Campos Elísios, celebrando com isso os seus avanços democráticos, ele negoceia com os E.U. e o Reino Unido a remodelagem do «Médio-Oriente Alargado», em 2009-10. A Secretária de Estado, Hillary Clinton, convence-o a relançar o projecto colonial franco-britânico sob orientação norte-americana, ou seja a teoria da «liderança nos bastidores».

    A 2 de novembro de 2010 –-isto é, antes da «Primavera Árabe»—, a França e o Reino Unido assinam uma série de documentos conhecidos como os acordos de Lancaster House. Se a parte pública indica que os dois Estados juntarão as suas forças de projeção (quer dizer, as suas forças coloniais), a parte conservada secreta previa atacar a Líbia e a Síria, a 21 de março de 2011. Sabe-se que a Líbia será atacada dois dias mais cedo pela França, provocando a cólera do Reino Unido que foi assim ultrapassado pelo seu aliado. O ataque contra a Síria, pelo contrário, jamais terá lugar porque o comanditário, os Estados Unidos, mudarão de opinião.

    Os Acordos de Lancaster House foram negociados, por parte da França, por Alain Juppé e pelo general Benoît Puga, um partidário ferrenho(fanático-br) da colonização.

    Em 29 de julho de 2011, a França criou o Exército Sírio Livre (os «moderados»). Contráriamente à propaganda oficial sobre o seu chefe, o coronel Riyadh al-Asaad, os seus primeiros elementos não são sírios, mas, sim, Líbios da al-Qaida. Riyadh al-Asaad não é mais que uma cobertura destinada a dar o verniz sírio. Ele foi escolhido por causa da sua homonímia com o presidente Bashar al-Assad, com o qual não tem nenhum laço de parentesco. No entanto, ignorando que os dois nomes não se escrevem da mesma maneira em árabe, a imprensa atlantista vê nele o sinal da «primeira defecção no seio do regime».

    O Exército Sírio Livre (ESL) é enquadrado por legionários franceses, destacados das suas unidades e colocados à disposição do Eliseu e do general Benoît Puga, o chefe do Estado-maior privativo do presidente Sarkozy. O ESL recebe como estandarte a bandeira da colonização francesa.

    Actualmente, o ESL não constitui mais um exército permanente. Mas, a sua marca é usada, pontualmente, para operações imaginadas pelo Eliseu e realizadas por mercenários de outros grupos armados. A França persiste em distinguir jiadistas em «moderados» e, outros, «extremistas». Não existe, no entanto, diferença em termos de pessoal ou de comportamento entre os dois grupos. Foi o ESL que começou as execuções de homossexuais, precipitando-os do alto a partir dos telhados dos edifícios. Foi igualmente o ESL que difundiu um vídeo de um de seus dirigentes, canibal, comendo o coração e o fígado de um soldado sírio. A única diferença, entre moderados e extremistas, é a sua bandeira : ou, a da colonização francesa, ou a da jiade.

    No início de 2012, os legionários franceses escoltam 3.000 combatentes do ESL para Homs, a antiga capital da colonização francesa, para fazer dela a «capital da revolução». Eles entricheiram-se no quarteirão novo de Baba Amr e proclamam um Emirado Islâmico. Um tribunal revolucionário condena à morte mais de 150 moradores que permaneceram no quarteirão e fá-los degolar em público. O ESL aguentou um cerco de um mês protegido por posições de tiro com mísseis anti-tanque Milan, colocados à disposição pela França.

    Quando o presidente François Hollande relança a guerra contra a Síria, em julho de 2012, ele conserva –—facto único na história da França— o chefe de Estado-maior privado do seu antecessor, o general Benoît Puga. Este retoma a retórica e a pose colonial. Assim, ele declara que a República Árabe Síria é uma «ditadura sanguinária» (é preciso, pois, «libertar um povo oprimido»), e que o poder é confiscado pela minoria Alauíta (é preciso, pois, «emancipar» os sírios desta seita horrível). Ele consegue interditar a participação nas eleições, que se realizam no seu próprio país, aos refugiados sírios na Europa, e decide em seu lugar que o Conselho Nacional Sírio –-não eleito–- é o seu legítimo representante. O seu ministro dos Negócios Estrangeiros (Relações Exteriores-br), Laurent Fabius, declara que o presidente democraticamente eleito, Bashar al-Assad «não merece estar sobre a Terra».

    As declarações de Valéry Giscard d’Estaing

    A 27 de setembro passado, o antigo Presidente Valéry Giscard d’Estaing deu uma entrevista, de uma página, ao diário «Le Parisien / Aujourd’hui en France» a propósito dos refugiados e da intervenção russa contra os terroristas na Síria. Ele declarou : «Eu interrogo-me quanto à possibilidade de criar um mandato da ONU sobre a Síria, por um período de cinco anos».

    Jamais, desde a sua criação, a Onu concedeu “mandato”. Esta simples palavra reenvia-nos para os horrores da colonização. Nunca, jamais, havia um líder francês evocado assim, publicamente, as ambições coloniais francesas desde a independência da Argélia, há 53 anos.

    Importa aqui lembrar que Geneviève, a irmã de François Georges-Picot (o do Acordo Sykes-Picot), se casou com o senador Jacques Bardoux —membro do «Partido Colonial»—. A sua filha, May Bardoux, desposou, por sua vez, o presidente da Sociedade Financeira Francesa e Colonial, Edmond Giscard d’Estaing, o pai do antigo presidente francês (Valéry Giscard d’Estaing- ndT).

    Assim, a solução do problema sírio, segundo o sobrinho-neto do homem que negociou com os Britânicos o mandato francês sobre a Síria, é recolonizar o país.

    [video:https://youtu.be/br6gAnKvB8U%5D
    O Presidente Chávez tinha também, quanto a ele, compreendido, e muito antes da sua morte, o que se passava na Síria.

    Thierry Meyssan

    Tradução
    Alva

    http://www.voltairenet.org/article189052.html

    Thierry Meyssan

    Thierry Meyssan Intelectual francês, presidente-fundador da Rede Voltaire e da conferência Axis for Peace. As suas análises sobre política externa publicam-se na imprensa árabe, latino-americana e russa. Última obra em francês: L’Effroyable imposture: Tome 2, Manipulations et désinformations (ed. JP Bertrand, 2007). Última obra publicada em Castelhano (espanhol): La gran impostura II. Manipulación y desinformación en los medios de comunicación (Monte Ávila Editores, 2008).

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  2. Para evitar polêmica,

    Para evitar polêmica, Facebook vai lançar avatar com bandeiras da França e de Minas

    Um dia depois do atentado terrorista que matou pelo menos 130 pessoas em Paris, o Facebook lançou uma ferramenta que permite aplicar a bandeira francesa sobre o avatar.

    Pensada como homenagem, a ferramenta entrou no centro de um debate no Brasil. Usuários começaram a reclamar e cobrar de amigos solidariedade também à tragedia  de Mariana, em Minas Gerais.

    Amanhã a rede social vai tentar acalmar os ânimos lançando um avatar com bandeira dupla. Até o fim da semana estarão disponíveis bandeiras de todo o mundo.

    “Assim acalmam aqueles que acham que podem ditar a indignação e a solidariedade alheia”, disse um analista redes sociais.

    Espera-se ansiosamente uma ação de solidariedade e ajuda também na vida real, além das redes.

    http://sensacionalista.uol.com.br/2015/11/14/para-evitar-polemica-facebook-vai-lancar-avatar-com-bandeiras-da-franca-e-de-minas/

  3. Facebook libera usuário para

    Facebook libera usuário para se solidarizar com a tragédia que ele quiser

     

    Agora é oficial: a alta direção do Facebook decidiu que não é necessário ter lamentado todas as tragédias passadas para se solidarizar com a última. 

    “Cabe ao usuário se solidarizar com o que ele quiser. Se fosse necessário lamentar todas as tragédias que acontecem no mundo não haveria espaço em nossos servidores”, publicou Zuckerberg em sua página. 

    Caso as discussões e desentendimentos sobre ‘qual tragédia é mais importante’ permaneçam, Mark disse que vai desligar o Facebook por alguns dias após as próximas tragédias. 

    http://sensacionalista.uol.com.br/2015/11/14/facebook-libera-usuario-para-se-solidarizar-com-a-tragedia-que-ele-quiser/

  4. A face escondida da Administração Obama, por Thierry Meyssann

    Rede Voltaire

    Power e Sunstein, nobres ideais e cinismo letal

     

    A face escondida da Administração Obama

     

    Thierry Meyssan 

    A Administração US está profundamente dividida e raros são aqueles que obedecem a Barack Obama, o qual está mais preocupado em estabelecer um compromisso medíocre entre as diferentes facções que em impôr o seu próprio ponto de vista. Depois de ter eliminado o clã Petraeus-Clinton, que sabotava os seus esforços, o presidente descobre que Feltman e Power prosseguem as suas manigâncias. Thierry Meyssan retraça aqui a carreira da embaixatriz dos E.U. na ONU, Samantha Power, e do seu marido, o professor de direito e teórico da ditadura suave, Cass Sunstein.

    Rede Voltaire | Damasco (Síria) | 11 de Novembro de 2015Deutsch  français  Español  فارسى  русский  italiano  عربي+ -JPEG - 45.2 kbComo instalar uma ditadura com luva de veludo. O presidente Obama discute com o seu amigo, o «paternalista liberal» (sic), Cass Sunstein e a esposa deste, a «idealista maquiavélica» (resic) Samantha Power.

    Nomeada Representante permanente dos Estados Unidos no Conselho de Segurança em 2013, a embaixatriz Samantha Power é a líder dos «falcões liberais», espécie de alter-ego dos «neo-conservadores» na promoção do intervencionismo do «Império Americano». Durante a sua audiência de confirmação no Senado, ela exclamou: «Este país é o maior país da Terra. Eu jamais me desculparei em nome da nunca vou pedir da América!» [1] .

    A juventude de Samantha Power

    Nascida no Reino Unido em 1970 e criada na Irlanda, ela emigrou com a idade de 9 anos para os Estados Unidos, tendo a sua mãe abandonado o seu pai pianista para se casar novamente com um médico rico. Depois de ter feito brilhante estudos em direito em Yale, ela tornou-se jornalista desportiva na CNN, um canal de notícias internacional cuja redação abrigava membros do 4º Grupo de Operações psicológicas de Fort Bragg [2].

    Ela entra no Carnegie Endowment for International Peace como assistente de Morton Abramowitz, na altura igualmente administrador da National Endowment for Democracy (Fundação Nacional para a Democracia- ndT), o lado legal da CIA.

    Durante a guerra da Bósnia e Herzegovina torna-se repórter do Boston Globe, The Economist, New Republic e US News and World Report. Ela encontra então Richard Holbrooke, o qual se tornou seu mentor. Hoolbroke montou a independência da Bósnia e Herzegovina, então chefiada por Alija Izetbegović, na sequência de uma guerra desejada pelos Estados Unidos com no objectivo de desmembrar a Jugoslávia. Samantha Power não podia ignorar que Izetbegovic se tinha rodeado de três conselheiros: para a diplomacia o neo-conservador Richard Perle, para a comunicação o lobista francês Bernard-Henri Lévy, e para as questões militares o islamita saudita Osama bin Laden [3].

    A imprensa não era suficiente para ela. Ela retomou os seus estudos em Harvard, na Escola Kennedy de Administração Pública (Kennedy School of Government- ndT), onde ela cria, em 1998, o Centro Carr para a Política de Direitos Humanos. Samantha Power interpreta a expressão «Direitos do Homem» no sentido anglo-saxónico do termo : proteger as pessoas dos potenciais abusos do poder de Estado. Como Hiper-potência, o Império deverá atribuir-se uma política de Direitos do Homem e preparar os seus funcionários para isso.

    Este concepção opõe-se culturalmente à dos países latinos que falam, em em sentido contrário, de «Direitos do homem e do cidadão». Não se trata para eles de limitar os poderes do Estado, mas de questionar a sua legitimidade. Não pode, pois, existir nesta questão «política de Direitos do homem», uma vez que os Direitos do homem significa a afirmação do Povo na política.

    O Centro Carr é financiado pela Fundação do antigo empresário Gregory C. Carr e pela Fundação do libano-saudita Rafik Hariri.

    Em 2001, o Professor Power participa como consultor na Comissão Internacional para a Intervenção e a Soberania dos Estados criada pelo Canadá. É o início da noção de «responsabilidade de proteger». Os peritos avançam com a ideia que para prevenir massacres tais como os de Srebrenica ou do Ruanda, o Conselho de Segurança deveria poder intervir quando já não há Estado organizado.

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    No ano seguinte, Samantha Power publica a sua obra mestra: Um problema Infernal : a América e a Era do Genocídio (A problem from Hell : America and the Age of Genocide). Este livro, particularmente difícil, seria galardoado com o Prêmio Pulitzer. Muito embora ele se inicie com o genocídio arménio para terminar naquele em que os Albaneses teriam sido vítimas no Kosovo, ele gira essencialmente em torno da questão do extermínio dos judeus da Europa pela Alemanha nazi e da doutrina jurídica de Raphael Lemkins.

    Lemkins foi procurador em Varsóvia durante o período entre-as duas- guerras. Como perito na Sociedade das Nações, ele denunciou os crimes de «barbárie» cometidos pelo Império Otomano contra os cristãos (de 1894 a 1915) —entre os quais os Arménios—, depois pelo Iraque contra os Assírios (1933). Durante a Segunda Guerra Mundial, ele escapou às perseguições nazis contra os judeus exilando-se nos Estados Unidos, onde ele se tornou conselheiro no Departamento de Guerra. Toda a sua família, que ficou para trás, foi assassinada. Progressivamente, ele forjou o termo «genocídio» para designar uma política visando eliminar um grupo étnico específico. Finalmente tornou-se conselheiro do procurador norte-americano no Tribunal de Nuremberga que condenou vários dirigentes nazis por «genocídio».

    Para Samantha Power, Raphael Lemkins abriu uma via que os Estados Unidos deveriam seguir sempre. Apenas o senador William Proxmire (um parente dos Rockefeller) manteve a sua luta até à ratificação pelo Senado, em 1986, da Convenção para a prevenção e repressão do crime de genocídio. Como única potência global, os Estados Unidos têm agora o dever de intervir lá onde os «Direitos do homem» o exijam.

    No entanto, em momento algum o professor Poder se interrogou sobre a responsabilidade dos Estados Unidos nos massacres contemporâneos; fosse a responsabilidade directa (Coreia, Vietname, Cambodja de 1969 a 75, Iraque de 1991 a 2003) ou indirecta (Indonésia, Papua, Timor Leste, Guatemala, Israel e África do Sul). A «responsabilidade de proteger» forneceu a justificação teórica de uma penada, pela «guerra humanitária» no Kosovo. O que o professor Edward Herman resume: «Para ela, os Estados Unidos não são o problema, são a solução».

    A «responsabilidade de proteger» tornou-se um «dever moral» de intervir em todo o Estado que Washington acuse de praticar ou de planificar (planejar-br) genocídio. Para lançar a guerra já não é necessário que o Estado esteja falhando, basta apenas um pretexto.

    Ainda em 2002, Samantha Power dá uma entrevista para o seriado vídeo da Universidade de Berkeley, Entrevistas com a História. A uma pergunta sobre a reação desejável dos Estados Unidos se o conflito israelo-palestino endurecesse e tornasse possível um genocídio, ela preconiza o envio de uma potente força militar para separar os dois campos. Esta resposta foi instrumentalizada para a acusar de não tomar o partido de Israel por anti-semitismo. Ela teve, então, que solicitar a ajuda de personalidades judaicas americanas, como Abraham Foxman da Liga Anti-Difamação (Anti-Defamation League), para a safar desta má jogada e redourar a sua imagem.

    Samantha Power entra, entretanto, para o governo. Ela integra por um breve período, em 2003, a equipe de campanha do general Wesley Clark. O antigo comandante supremo da Otan no Kosovo lutava então pela investidura democrata à eleição presidencial.

    Em 2005-06, ela é convidada por um senador que acaba de sair do nada, Barack Obama. Este jovem advogado é um protegido do antigo conselheiro de Segurança Nacional, Zbigniew Brzezinski, e do seu patrocinador David Rockefeller. Samantha Power é informada sobre o projecto para fazer deste jovem homem negro o próximo presidente dos Estados Unidos da América. Ela decide demitir-se das suas funções em Harvard e juntar-se à sua equipe para se tornar a sua secretária de Estado

    Em 2006, Obama empreende uma estranha viagem parlamentar à África, que na realidade é uma missão da CIA para lançar as bases de uma mudança de regime no Quénia, país do qual ele é originário [4]. Samantha Power é encarregada de preparar a deslocamento e sobretudo a etapa dos campos de refugiados do Darfur.

    Ela participa amplamente na redação da Audácia da Esperança: Apreciações sobre a Recuperação do Sonho Americano (The Audacity of Hope: Thoughts on Reclaiming the American Dream), o livro que dará a conhecer Barack Obama ao público norte-americano e lhe abrirá a via da Casa Branca.

    Agora, figura incontornável da intelligentsia imperialista, Samantha Power apropria-se da figura do brasileiro Sérgio Vieira de Mello. Este diplomata foi Alto-Comissário das Nações Unidas para os Direitos do Homem, antes de ser assassinado no Iraque, em 2003, quando ele esperava tornar-se secretário-geral. Ela consagra-lhe, em 2008, uma biografia: Chasing the Flame: One Man’s Fight to Save the World (Manter a chama: Sérgio Vieira de Mello e a luta para salvar o mundo- ndT)(sic). Ela influencia um outro oportunista, o francês Bernard Kouchner, que sucedeu a de Mello como representante especial do secretário-geral das Onu no Kosovo (1999-2001), depois foi escolhido por Washington como ministro dos Negócios Estrangeiros de Nicolas Sarkozy (2007-2010).

    Samantha Power milita no seio de organizações intervencionistas, nomeadamente o International Crisis Group do bilionário húngaro-americano George Soros, e na Genocide Intervention Network (tornada United End Genocide).

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    Samantha Power e Cass Sunstein

    No contacto com Barack Obama, ela conheceu um de seus amigos, o professor Cass Sunstein, nascido como ela num 21 de setembro, mas dezasseis anos mais velho. Ele ensinou durante muito tempo em Chicago, onde ele se ligou ao jovem político, depois partiu para Harvard onde o seu escritório está a um quarteirão (quadra-br) do que Samantha habitava. São ambos possuídos pela ambição e fariam qualquer coisa para serem notados. Em julho de 2008, casam-se na Irlanda, ela a católico e ele o judeu cabalista. Juntos, eles vão formar o que o jornalista populista Glenn Beck chamará o «casal mais perigoso da América»

    Autor prolixo —Cass Sunstein escreve vários livros, por ano e numerosos artigos de opinião nos principais jornais—, ele tem uma opinião sobre tudo, tanto sobre os impostos como sobre os direitos dos animais. Ele é de longe o académico mais citado na imprensa dos EUA [5]. E por boas razões: Ele tem-se pronunciado sistematicamente pelo poder do Estado contra os cidadãos, seja para apoiar as comissões militares Bush em Guantanamo ou para lutar contra a primeira emenda (liberdade de expressão). Em outras palavras, enquanto Samantha Power exalta ’Direitos humanos’ e se torna a referência intelectual sobre o assunto, o marido Cass Sunstein se opõe com vigor e se torna a referência legal. Seu fornecido oposto com a mesma paixão que é útil para eles e eles podem defender qualquer coisa.

    Em Por outras palavras, enquanto Samantha Power exalta os «Direitos do homem» e se torna a referência intelectual na matéria, o seu marido Cass Sunstein opõe-se a isso vigorosamente e torna-se, quanto a tal, a referência jurídica. Eles podem defender qualquer coisa e o seu oposto com a mesma paixão desde que isso lhes seja útil.

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    Sunstein publica à época com o economista comportamentalista Richard Thaler Golpe de impulso como melhorar as decisões em matéria de saúde, de riqueza e de felicidade (Nudge : Improving Decisions about Health, Wealth, and Happiness). Os autores estudam as influências sociais que levam os consumidores a fazer escolhas erradas. Ao fazer isso, eles desenvolvem uma teoria sobre como usar essas mesmas influências sociais para os fazer tomar «boas escolhas». É o que eles chamam de «paternalismo liberal», um paradoxo que timidamente se refere a um método de manipulação das massas.

    Em setembro de 2015, o presidente Obama fará do «paternalismo liberal» a sua nova política e dará à sua administração instruções para multiplicar os «golpes de impulso» [6].

    Durante a campanha de 2007-08, Sunstein redigiu com Adrian Vermeule, para as universidades de Chicago e de Harvard, uma tese que se vai impôr como doutrina à administração Obama contra as «teorias da conspiração» –- ou seja, contra a constatação da retórica oficial –- e que inspirará ulteriormente o presidente François Hollande e a Fundação Jean-Jaurès [7]. Em nome da defesa da «Liberdade» face ao extremismo, os autores definem é um programa para aniquilar esta oposição:

    «Nos podemos facilmente imaginar uma série de respostas possíveis.
    - 1. O governo pode interditar as teorias da conspiração.
    - 2. O governo poderia impôr uma espécie da taxa, financeira ou outra, sobre aqueles que difundem tais teorias.
    - 3. O governo poderia engajar-se numa contra-propaganda para desacreditar as teorias de complô.
    - 4. O governo poderia envolver sectores privados credíveis a engajar num contra-discurso.
    - 5. O governo poderia envolver-se na comunicação informal com as terceiras partes e apoiá-los na acção» [8].

    A ditadura de luva de veludo está em marcha.

    Cass Sunstein será nomeado pelo presidente Obama para chefiar a OIRA, um gabinete da Casa Branca encarregue de simplificar as formalidades administrativas.

    Ele passará o primeiro ano a fazer outras coisas: encontrar argumentos económicos para justificar a necessidade de lutar contra a difusão de carbono na atmosfera, o que provocaria o aquecimento climático. Uma boa notícia para o Presidente Obama, o qual, enquanto trabalhava para o antigo Vice-presidente Al Gore e seu parceiro financeiro David Blood, havia elaborado os estatutos da Clima Exchange Ltd e os da bolsa de comércio de emissões de carbono em Chicago; argumentos que serão retomados pelo Presidente francês François Hollande, e seu ministro Laurent Fabius, afim de preparar a Cop 21 (Conference on climate change) e enriquecer os seus amigos [9].

    Samantha Power, de universitária da moda a mulher de poder

    Regressemos à campanha eleitoral. Numa entrevista ao periódico Scotsman, Samantha Power descreve a rival de Obama à investidura democrata, Hillary Clinton, como um «monstro» capaz de emporcalhar falsamente seja quem for para ganhar um lugar (alusão à polémica eleitoral sobre a NAFTA ). O incidente obrigou à renuncia. Posteriormente o seu mentor Richard Holbrooke (que encobriu o genocídio em Timor Leste) servirá de intermediário entre as duas mulheres para reparar o diferendo.

    Durante o período de transição presidencial, ela trabalha com o futuro assessor de Segurança Nacional Thomas Donilon, e com Wendy Sherman, sobre a transição no Departamento de Estado. Mas, finalmente é Hillary Clinton —64 anos antiga primeira dama e ex-senadora— e não a jovem Srª Power-Sunstein quem se tornará a secretária de Estado do presidente Obama.

    Samantha Power tornou-se assistente especial do presidente e directora do Gabinete dos Assuntos Multilaterais e Direitos do Homem da Casa Branca. Ela fez nomear um antigo assistente de Madeleine Albright, David Pressman, como Director a área dos Crimes de guerra e de Atrocidades no Conselho de Segurança Nacional. Ele tinha criado com John Prendergast uma organização para popularizar a ideia de genocídio acontecido no Darfur, Not On Our Watch, e tinha recrutado celebridades de Hollywood como George Clooney ou Matt Damon. Na mesma linha, ela consegue convencer o Presidente Obama a criar um Conselho de Prevenção de atrocidades, agrupando diversas agências norte-americanas [10]. Estranhamente, este organismo jamais publicou qualquer relatório e contentou-se com um único “briefing” ao Congresso. Sabemos apenas que ele se congratulava aí com a operação bem-sucedida no Quénia, o que nos remete para a viagem organizada pela CIA e por Samantha para o senador Obama a África ; mudança de regime que, longe de evitar um genocídio, se fez à custa de massacres tribais cuidadosamente planificados. Finalmente, este Conselho parece ter-se evaporado assim que o Daesh (E.I.-ndT) começou a limpeza étnica do Sunnistão iraquiano [11].

    Em outubro de 2009, ela redige o essencial do discurso de Obama para a recepção do Prémio Nobel da Paz. Ela desenvolve aí o conceito de uma ética de geometria variável : um presidente deve usar a força e não pode, infelizmente, agir como um Mahatma Gandhi ou Martin Luther King Jr.

    É no Conselho de Segurança Nacional que ela trava conhecimento com o assistente de Hillary Clinton, o qual prepara a «Primavera Árabe», o antigo «pro-cônsul americano» no Líbano, Jeffrey Feltman. Trata-se de derrubar os regimes laicos árabes (Tunísia, Egipto, Líbia, Síria e Argélia), sejam ou não aliados dos Estados Unidos, e colocar no poder os Irmãos Muçulmanos. Quando Muammar el-Kaddafi declara que o seu país está a ser atacado pela al-Qaida, desloca o seu exército para Benghazi afim de retomar as bases militares que os terroristas tinham tomado, e, anuncia enfaticamente que, se eles não renderem, fará correr «rios de sangue», Samantha Power tem um discurso preparado. As agências de notícias ocidentais fazem crer que o país está a enfrentar uma revolta popular e que el-Kaddafi se prepara para matar a sua próprio população. É, pois, necessário que os Estados Unidos Membros actuem para prevenir o genocídio que se anuncia. Rapidamente, a guerra contra a Líbia, planeada desde 2001, é posto em marcha. A operação custará a vida a 160.000 pessoas e fará deslocar mais de quatro milhões outras.

    JPEG - 52.3 kbA representante permanente dos Estados Unidos da América, Samantha Power, no Conselho de Segurança da ONU, com o Sub-secretário geral e director dos Assuntos políticos da Organização, Jeffrey Feltman.

    Embaixatriz na Onu e líder dos falcões liberais

    Durante o seu segundo mandato, Barack Obama tenta livrar-se dos promotores de guerras que conspiram nas suas costas. Fez deter, algemado, o director da CIA, o general David Petraeus, e afasta Hillary Clinton. O secretariado de Estado tão cobiçado está novamente vago, mas o Presidente Obama nomeia para ele John Kerry —70 anos, senador há 28 anos e antigo candidato à presidência dos Estados Unidos—. Samantha Power —43 anos, nenhum cargo electivo— consegue, no entanto, ser nomeada embaixatriz na Onu.

    Power mostrara-se até aqui fiel, apoiando as «Primaveras árabes», mas aceitando o acordo com a Rússia na conferência de Genebra. Na Onu, ela reencontra o antigo assistente de Hillary Clinton, Jeffrey Feltman, que se tornou o director dos Assuntos políticos da Organização, quer dizer o verdadeiro patrão das Nações Unidas. Após a sua nomeação, em junho de 2012, Feltman organiza secretamente a sabotagem do Comunicado de Genebra para a Secretária de Estado [12]. O homem é hábil e não vai tardar a dar a volta à ambiciosa embaixatriz Power e a juntá-la ao seu campo, à revelia do novo secretário de Estado, John Kerry.

    O plano é simples: Power deverá ganhar tempo com os Russos e os Iranianos, enquanto Feltman irá engodar a Arábia Saudita e a Turquia com um projecto de rendição total e incondicional da República Árabe Síria, e os generais Petraeus e Allen organizarão a guerra secreta para derrubar Bashar al-Assad. Se tudo correr bem, os EUA ficarão com a vitória, a Rússia será ejectada do Próximo-Oriente, o Irão mantido sob embargo, e o Presidente Obama será confrontado com o facto consumado.

    Efectivamente, Samantha Power irá provocar o falhanço de todas as tentativas de solução política do conflito na Síria.

    Na questão síria, Samantha Power trabalha desde cedo com a Syrian Emergency Task Force, a qual se apresenta como um grupo de Sírios, revolucionários, tentando sensibilizar os dirigentes dos Estados Unidos. Na verdade, ela é dirigida por Mouaz Mustafa, um Palestino membro da Irmandade Muçulmana, antigo assistente parlamentar de John McCain, e antigo jornalista da Al-Jazeera, trabalhando para o Washington Institute for Near East Policy(o think tank da AIPAC) e implicado nas manobras contra vários alvos da «Primavera árabe». Ele dirigiu a TV Sawatel, criada no Egipto para instalar Mohamed Morsi no poder e, depois, dirigiu o Líbyan Council of North America. Foi ele quem organizou a viagem de John McCain à Síria em maio de 2013, e o seu encontro com o futuro califa do Daesh [13].

    Assim que a imprensa ocidental toma conhecimento do massacre de civis na ghoutta (área rural-ndT) de Damasco, por armas químicas, e o apresenta como uma acção do «regime de Bashar» contra a sua «oposição democrática», ela encontra, por fim, a ocasião de defender populações vulneráveis. Aquando de uma conferência no Center for American Progress, ela advoga pela realização de «bombardeamentos limitados afim de prevenir e de impedir o uso futuro de armes químicas». Mas, prevenida que este assunto é na realidade uma operação sob falsa bandeira dos serviços secretos turcos para implicar a Otan na guerra, ela recebe da Casa Branca instruções para não fazer nada. Entalada, entre o seu discurso humanitário, os seus compromissos junto de Feltman e a sua lealdade ao presidente, ela parte com o seu marido para um festival de cinema na Irlanda, enquanto o Conselho de segurança debate o assunto sem ela [14].

    A bela retórica de direitos-do-homem de Samantha Power é um trunfo aquando do ataque do Daesh no Iraque. Ela permite aos Estados Unidos forçar o eleito primeiro-ministro Nouri al-Maliki a demitir, sem ter de evocar a sua violação do embargo dos EU sobre a venda de armas iranianas, e a sua venda de petróleo à China sem passar pelo dólar. Também permite justificar a criação da Coligação Internacional anti-Daesh, a qual, é claro, seguindo as instruções de Feltman na Onu, e de Petraeus na KKR, em vez de bombardear a organização jiadista lhe lançará, de paraquedas, armas e munições durante um ano.

    Samantha Power é entretanto forçada a pôr as suas cartas na mesa aquando da intervenção militar russa na Síria. No decorrer de uma reunião do Conselho de Segurança Nacional ela advoga pela intervenção dos Estados Unidos, e entra em conflito com Robert Malley, o responsável pelo Próximo-Oriente no Conselho. Robert Malley é o filho do jornalista francófono, e fundador da Afrique-Asie, Simon Malley, e de Barbara Malley, uma antiga colaboradora do FLN argelino. Ele milita contra o imperialismo US, mas defende uma liderança norte-americana junto com os Estados em desenvolvimento. Jogou um papel importante aquando das negociações com o Irão. É um conhecido do presidente Bashar el-Assad, com quem se encontrou numerosas vezes e que conhece bem. Não é, pois, possível fazê-lo engolir a história do tirano-que-assassina-seu-próprio-povo. Malley sublinha que a República Árabe da Síria, apoiada pela Rússia, ganhou, e que é hora de fazer a paz. Power finge curvar-se, mas a CIA já começou uma nova guerra, desta vez para criar um Curdistão no norte da Síria, em cima de um território que é 70% não-curdo.

    Como o seu esposo, o «paternalista liberal» Cass Sunstein, Samantha Power define-se por um paradoxo : ela proclama-se, sem rir, «idealista maquiavélica».

    A reter :
    - Os professores Samantha Power e Cass Sunstein formam um casal ambicioso, no qual cada parceiro assume, magistralmente, um discurso diametralmente oposto. No entanto, ambos se unem para defender o «Império americano» contra os cidadãos e contra os Povos.
    - Para Samantha Power, é em nome dos «Direitos do homem» que tudo é permitido aos Estados Unidos. Enquanto que para Cass Sunstein, é em nome da «Liberdade» que o Estado se pode permitir tudo. Mas, o importante é que o discurso mascara a realidade.
    - A embaixatriz Samantha Power apoia, hoje em dia, o clã Clinton-Feltman-Petraeus-Allen no ataque à Rússia, ao Irão e à Síria. Enquanto o professor Cass Sunstein teoriza uma forma de ditadura suave. Ele convenceu o Presidente Obama a manipular as opiniões públicas censurando-as, ou a desacreditar a oposição, e a manipular os seus comportamentos, agindo para tal sobre o seu ambiente social.

    Thierry Meyssan

    Tradução
    Alva

    http://www.voltairenet.org/article189239.html

     

  5. Na véspera da demissão, Rezende criticou “má vontade” da mídia

    sidneyrezende

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    Na véspera da demissão, Rezende criticou “má vontade” da mídia com governo

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    por Mauricio Stycer

    do UOL

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    Um dia antes de ser demitido da GloboNews, onde estava desde 1997, Sidney Rezende publicou um texto em seu perfil no Facebook e em seu blog pessoal fazendo duras críticas ao jornalismo praticado no Brasil.

    Intitulado “Chega de notícias ruins”, o texto defende que notícias positivas também merecem espaço na mídia e lamenta: “Se pesquisarmos a quantidade de boçalidades escritas por jornalistas e ‘soluções’ que quando adotadas deram errado daria para construir um monumento maior do que as pirâmides do Egito. Nós erramos. E não é pouco. Erramos muito.”

    Sem citar nomes, nem veículos, Rezende escreveu: “Há uma má vontade dos colegas que se especializaram em política e economia. A obsessão em ver no Governo o demônio, a materialização do mal, ou o porto da incompetência, está sufocando a sociedade e engessando o setor produtivo”.

    Como noticiou o colunista Flavio Ricco, no UOL,  a demissão de Rezende foi anunciada na sexta-feira (13). “Relações profissionais podem ser interrompidas, sem que isso signifique que não possam ser retomadas mais adiante. A Globo só tem elogios à conduta profissional de Sidney, um jornalista completo”, informou a emissora em nota.

    No texto que publicou no dia 12, o jornalista observou: “Uma trupe de jornalistas parece tão certa de que o impedimento da presidente Dilma Rousseff é o único caminho possível para a redenção nacional que se esquece do nosso dever principal, que é noticiar o fato, perseguir a verdade, ser fiel ao ocorrido e refletir sobre o real e não sobre o que pode vir a ser o nosso desejo interior. Essa turma tem suas neuroses loucas e querem nos enlouquecer também”.

    Rezende escreveu ainda: “O Governo acumula trapalhadas e elas precisam ser noticiadas na dimensão precisa. Da mesma forma que os acertos também devem ser publicados. E não são. Eles são escondidos. Para nós, jornalistas, não nos cabe juízo de valor do que seria o certo no cumprimento do dever.”

    Em tempo: Para alimentar ainda mais uma discussão política que ganhou ares de Fla-Flu, não vou abrir este texto para comentários.

  6. Destemido, Neto Barros, prefeito de Baixo Guandu, vira notícia

    Destemido, Neto Barros, prefeito de Baixo Guandu, vira notícia no Brasil e no Mundo após bloquear ferrovia da Vale

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    Prefeito de cidade do ES bloqueia ferrovia da Vale: ‘Até o presidente se reunir conosco’

    do Site Barra

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    Em tempos em que faltam referências de lideranças políticas no Brasil, um prefeito de uma pequena cidade do Espírito Santo não teve medo de levantar a bandeira contra a falta de informações e ações por parte das empresas mineradoras responsáveis pelo acidente ambiental que atingiu a cidade de Mariana (MG). O incidente destruiu o distrito de Bento Rodrigues, e irá refletir em toda a Bacia do Rio Doce e arredores.

     

    Prefeito Neto Barros (PCdoB), da cidade de Baixo Guandu (ES). (Reprodução/YouTube)

    Prefeito Neto Barros (PCdoB), da cidade de Baixo Guandu (ES). (Reprodução/YouTube)

     

    A chegada da lama às cidades não tão próximas de Mariana assustou os moradores locais. Enquanto alguns especialistas afirmam que o Rio Doce morreu, o prefeito de Baixo Guandu, Neto Barros (PCdoB), tomou uma atitude e decidiu bloquear a estrada de ferro Vitória a Minas, usada pela Vale, acionista da Samarco.

    “A Vale e a BHP [acionistas] precisam se mostrar realmente interessadas em resolver o problema. É o maior desastre ambiental da história do Brasil”, afirmou Barros em entrevista coletiva na qual convocou toda a população da região do Vale do Rio Doce para o ato, na noite da última quinta (12). Às 18 horas do mesmo dia, ele cumpriu a promessa e alocou quatro tratores sobre a ferrovia.

    “A dimensão é muito maior do que as pessoas pensam. Elementos como manganês, arsênio, alumínio [estão na água]… e isso vai adoecer as pessoas, vai dar câncer nas pessoas daqui para frente”, continuou, antes de exigir explicações por parte da iniciativa privada.

     

    Inundação causada pelo transbordamento do Rio Doce, em Vitória (ES). (AFP)

    Inundação causada pelo transbordamento do Rio Doce, em Vitória (ES). (AFP)

     

    “Quem liberou um empreendimento deste tamanho? Como liberou e porque liberou? Quem operacionalizava as atividades da empresa? Era uma tragédia anunciada e não se tinha nem um plano de prevenção de desastre”, cobrou o prefeito capixaba. “Não tem nem um especialista em grandes catástrofes como essa no Brasil. Ficam muitas interrogações. Já estamos assustados e o impacto será muito maior.”

    Perguntado sobre quanto tempo as máquinas ficarão bloqueando a via, ele foi categórico: “A não ser que o presidente da Vale venha se reunir conosco e venha apresentar soluções. Porque dizer que não tem nada com isso e que a culpa é da Samarco já cansou”, retrucou.

    [video:https://youtu.be/5nsdMEpn-dw%5D

    Ambientalistas estimam que a recuperação da região levará décadas – mas o dano ambiental talvez jamais será 100% revertido. “Há muita preocupação porque há peixes morrendo antes de Baixo Guandu. A primeira preocupação é salvaguardar a saúde da população. A situação [falta de água] é preocupante, mas a prefeitura está procurando outros mananciais para garantir o abastecimento e não deixar que coisas piores aconteçam”, encerrou o prefeito.

    No fim da quinta (12), alguns jornais locais informavam que a atitude do prefeito era inconstitucional de acordo com a Polícia Militar. No entanto, uma parte significativa da população da região compareceu ao local e apoiou a medida da prefeitura de Baixo Guandu. Abaixo, você vê como foi:

    [video:https://youtu.be/c6fM6TMhuk4%5D

     

     

    1. Jogo baixo

      Demagógico e político. Ainda estúpido.

      A conta da desgraça será paga justamente com o que leva diariamente esse trem, e que gerou royalties para toda essa população.

  7. Quer saber do porquê do ataque a Paris? Desligue o televisor.
     Urgente:Resultados da cúpula informal do BRICSKobane após ataques aéreos realizados pela aviação americana

    Aliados árabes não querem apoiar ‘jogo’ de Washington na Síria

    © AP Photo/ Vadim GhirdaMUNDO06:49 10.11.2015URL curtaTema:Estado Islâmico: pior ameaça mundial (241)164702570

    As nações árabes que inicialmente participaram dos ataques aéreos contra o Estado Islâmico liderados pelos EUA agora começaram a ter preocupações sobre os esquemas de Washington no Oriente Médio e desviaram os seus esforços para lidar com as ameaças que eles consideram sérias, disse à Sputnik especialista militar Vladimir Prohvatilov.

    Vladimir Putin, presidente da Rússia© SPUTNIK/ SERGEI GUNEYEVVladimir Putin: Missão na Síria confirmou aumento da capacidade militar da Rússia“Muitos sabem perfeitamente que os EUA não têm realmente interesse em derrubar o Estado Islâmico. O objetivo real de Washington é criar uma zona de caos controlado no Oriente Médio para resolver os seus assuntos geopolíticos e geoeconômicos. A tarefa dos EUA é provocar um conflito sangrento e arrastar outros para ele”, opina o analista.  

    Os planos de Washington para o Oriente Médio, segundo Prohvatilov, motivaram o novo recém-eleito primeiro-ministro do Canadá de abandonar a campanha anti-EI dos Estados Unidos. Parece que Justin Trudeau não vê a participação do seu país na coalizão liderada pelos EUA como benéfica para o Canadá.     

    Esta postura não domina só em Ottawa, frisa o especialista. Muitos países árabes que nominalmente tomam parte da operação aérea estadunidense partilham este ponto de vista. 

    “As pessoas [na Arábia Saudita, Jordânia e Qatar] acostumaram-se com altos padrões de vida e não querem participar de uma guerra. O exército saudita é essencialmente completado por mercenários paquistaneses. Os cidadãos sauditas não têm vontade de combater”, disse. 

    Os aliados árabes de Washington mudaram a sua atenção para o Iêmen e veem a luta contra os houthis como prioridade. 

    “Riad vê os houthis como ameaça desde que eles foram capazes de mobilizar até 200 mil combatentes experientes. O mesmo é justo para a Jordânia e o Qatar. Eles consideram o Iêmen como uma ameaça real enquanto o Estado islâmico é um jogo sutil criado pelos EUA”, manifestou Prohvatilov. 

    Piloto russo entra em um caça Su-24 na Síria© SPUTNIK/ DMITRIY VINOGRADOVTerroristas na Síria se tornam menos insolentes após ataques russosA postura dos EUA em relação aos esforços de Moscou contra o terrorismo na Síria também faz parte deste jogo. 

    “Os estadunidenses querem que os russos cessem a campanha (para que Washington possa acusar Moscou de derrota militar ou covardia) ou que a expandam para que a Rússia sinta todos os custos de um engajamento militar maior”, acrescentou.

    O grupo terrorista Estado Islâmico, anteriormente designado por Estado Islâmico do Iraque e do Levante, foi criado e, inicialmente, operava principalmente na Síria, onde seus militantes lutaram contra as forças do governo. Posteriormente, aproveitando o descontentamento dos sunitas iraquianos com as políticas de Bagdá, o Estado Islâmico lançou um ataque maciço em províncias do norte e noroeste do Iraque e ocupou um vasto território. No final de junho de 2014, o grupo anunciou a criação de um “califado islâmico” nos territórios sob seu controle no Iraque e na Síria.

    Leia mais: http://br.sputniknews.com/mundo/20151110/2704193/Washington-siria-jogo.html#ixzz3rYn40WlK

  8. Saia da Globo que o Brasil melhora

    Check-up anual: o Brasil de 2014. Se você desligar a Globo … melhora!

    Fonte: Conversa Afiada

        publicado 15/11/2015  A queda da desigualdade é constante desde que Lula chegou lá!globo interna.jpg

    O IBGE divulgou na sexta-feira (13/11) a Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar, o check-up anual do brasileiro.

    Como sempre, o PiG destacou as más noticias, como por exemplo, que a taxa de desocupação aumentou 9,3% – sao as pessoas que não trabalham nem procuraram trabalhar.

    Isso é muito ruim – 627 mil pessoas.

    Mas, convém descer aos detalhes: 34% são jovens de 18 a 24 anos de idade, que, em muitos casos, foram estudar !

    E 30% nunca tinham trabalhado.

    Portanto, não se trata de uma CRISE no mercado de emprego, como fez parecer a Globo.

    A desocupaçao, ou seja, dos que procuraram emprego e não encontraram, chegou em 2014 a 6,9%, contra 6,5% em 2013.

    Grave, claro, mas é a crise da e na Globo.

    A questao do desemprego é conjuntural.

    Melhora e piora.

    É importante fazer o check-up que a PNAD faz para contrapor o desemprego a questoes de estrutura da sociedade.

    Que vao lá no fundo da sociedade.

    Por exemplo: não é conjuntural a queda da desigualdade de renda que o Lua e a Dilma promoveram.

    E só eles !

    Mas, vamos falar disso adiante.

    A populaçao brasileira chegou a 203 milhoes de pessoas, com um aumento de apenas 0,9%.

    O que significa que o Brasil vai precisar de imigrantes.

    Que bom !

    Além disso,  é bom enfatizar:

    – caiu a taxa de analfabetismo (para 8,3%, provavelmente concentrado nas redaçoes do PiG);

    – a escolarizacao das crianças entre 4 e 5 anos de idade cresceu para 83,7% – viva o Bolsa Familia !

    – a media de estudos da populaçao passou de 7,6 para 7,7 anos;

    – o numero de universitários passou de 12,6% para 13,1% entre 2013 e 2014;

    E isso não é conjuntural !

    Depois que vai para a escola, não há CRISE na e da Globo que tire o que a criança botou pra dentro da cabeça !

    – o rendimento médio real (grana no bolso) das pessoas com mais de 15 anos é de (na media) R$ 1.774, o que é 0,8% superior ao de 2013. Ou seja, descontada a inflação, a grana no bolso do brasileiro aumentou !;

    – para os mais pobres – os 10% mais pobres da populaçao – os rendimentos subiram 4% e ficaram em R$ 256;

    – para os mais ricos – os 10% de renda mais alta – a renda cresceu APENAS (diria o Pit Bonner !) 0,4%, e ficou em R$ 7.154;

    – é por isso que a os paneleiros de São Paulo estão nervosos. Eles não lêem o IBGE, mas sentem no aeroporto, no supermercado, nos engarrafamentos – que a renda do pobre cresce mais rapido do que a dele;

    – mesmo assim – e isso é uma PÉSSIMA noticia – os mais pobres recebem na media apenas 3,6% do que recebem os mais ricos;

    – ainda assim, a desigualdade de renda diminuiu no periodo trabalhista, ou seja, no Governo Lula/Dilma: o indice de GINI, “em trajetoria decrescente desde 2004”, segundo o IBGE, desde 2004 ! – passou de 0,495 em 2013, para 0,442 em 2014.

    (Esse indice mostra que zero significa perfeita igualdade e um a completa desigualdade);

    Para entender a dimensão dessa informaçao, cabe ler o Mauricio Dias em “Lula não faz parte do Clube dos Eleitos”)

    Essa é a questao estrutural número um.

    Diz respeito a INCLUIR, aproximar o pobre do rico, tornar a sociedade mais igual.

    Como se cansa de dizer a Dilma – há diferenca entre um brasileiro e outro, mas as oportunidades (na educacao, na creche, no Bolsa, na luz eletrica, no acesso à agua) tem que ser iguais !

    Não é isso, Urubologa ?

    – a mulher continua a ganhar menos que o homem: o salario da mulher era de 73,5% do salario do homem e melhorou para 74,5%;

    – houve um aumento de 2,9% no numero de domicilios proprios (Minha Casa Minha Vida !) entre um ano e outro: são 67 milhoes de casas proprias;

    – as casas passaram a consumir mais maquina de lavar roupa (59% dos domicilios). É para a mulher poder trabalhar fora, ou porque as filhas estao na escola e não podem mais lavar a roupa para a mãe … Um horror !);

    – houve um aumento de 6,7% no numero de domicílios com pelo menos um carro (são 30,4 milhoes de casas com um carro na garagem…);

    (O que não tem mais é comprador de carro por classificado em jornal. Por isso, o PiG impresso foi para o saco – entre outros motivos. Foi o que disse um motorista de taxi ao ansioso blogueiro. Ele trabalhava no Jornal do Carro do Estadao …)

    – aumentou o consumo de motocicletas em 6,4% (estão em 21% dos domicilios brasileiros);

    – e a melhor de todas as noticias, que ficou para o fim: o numero de brasileiros que acessam a internet aumentou 11,4% em um ano !

    11% ao ano.

    Uma festa !

    95 milhoes de brasileiros acessaram a internet em 2014.

    Pela primeira, Nunca Dantes, a proporçao de internautas é maior do que metade da populaçao: 54,4% !

    A PNAD mostra também que aumentou o acesso à populaçao ao celular – que já atinge 78% dos brasileiros.

    Que horror !

    Não há dinheiro que pague, se livrar do Pit Bonner !

    Chora, Urubologa, chora !

    (Em tempo: alguns comentarios aqui não são de responsabilidade do IBGE).

    Paulo Henrique Amorim

       

  9. Fotojornalista Sebastião Salgado propõe fundo para recuperação d

    Fotojornalista Sebastião Salgado propõe fundo para recuperação do Rio Doce

    LÉLIA E SALGADO – Fotojornalista mundialmente conhecido falou com presidente nesta terça-feira (13)

    O fotojornalista Sebastião Salgado antecipou a vinda ao Brasil para se inteirar da tragédia ambiental em Mariana cuja lama atinge a bacia do Rio Doce. Nesta sexta-feira (13), Salgado encontrou-se com a presidente Dilma Rousseff, em Brasília, para discutir propostas para recuperar a área, incluindo a criação de um “fundo” subsidiado pelas empresas responsáveis pelo desastre para recuperação das áreas.

    A região é onde está sediado a organização não-governamental (ONG) Instituto Terra, criado por ele e a mulher Lélia Wanick Salgado, para recuperação de área vegetal e, principalmente, nascentes degradadas. O Instituto fica no município mineiro de Aimorés, onde Salgado nasceu.

    Durante a semana, no perfil do Instituto Terra, no Facebook, vários internautas cobraram um posicionamento do fotojornalista sobre a tragédia. Hoje, Salgado está radicado na França. “Instituto Terra. Nenhum comentário sobre o desastre no rio Doce? Vamos ter mais um livro sobre as misérias?! Ou nem isso? Vocês são um instituto de preservação, são patrocinados por uma mineradora (!!) que é no mínimo responsável por 50% de tudo que está acontecendo. E não vão falar NADA????????”, questionou um dos internautas.

    Outro internauta disse que o pronunciamento de Sebastião Salgado, “sobre algo que se confunde com a própria biografia dele, teria uma repercussão significativa nesse momento”. Para uma internauta, era “estranho o silêncio do Instituto Terra, sobre a destruição, provavelmente total, do Rio Doce”, mesmo quase dez dias após o acidente.

    Sebastião Salgado deve permanecer no Brasil até a próxima semana. Está prevista a ida do fotojornalista até Aimorés. No final da tarde desta sexta-feira, a assessoria de comunicação do Instituto publicou nota no perfil da rede social e no site da ONG.

    Acompanhe a íntegra do texto:

    “COMUNICADO SOBRE O RIO DOCE
    Autor: Comunicação – 13/11/2015

    Solidário a todos os atingidos pelo rompimento das barragens de rejeitos no município de Mariana, em Minas Gerais, em especial aos familiares das vítimas, o Instituto Terra entende que o momento exige ações urgentes dos poderes constituídos, no sentido de minimizar o sofrimento da população envolvida e dos impactos causados ao meio ambiente, ao mesmo tempo em que deve atuar na responsabilização das empresas envolvidas, de acordo com a legislação brasileira, no sentido de efetivar a integral compensação pelos danos causados.

    Durante toda a sua existência, o Instituto Terra pautou-se pelo verdadeiro sentido da palavra sustentabilidade, buscando ser interlocutor, mediador dos conflitos locais, mas também apresentando soluções técnicas efetivas para promover o equilíbrio entre desenvolvimento e meio ambiente.

    Diante do acontecido, o Instituto Terra imediatamente mobilizou todo o seu corpo técnico na elaboração de um projeto para recuperação do Rio Doce. A proposta prevê a criação de um Fundo com recursos financeiros subsidiados pelas empresas responsáveis pelo desastre, que possibilite, além da recuperação de nascentes, absorver todos os investimentos e ações destinados à reconstrução das condições ecológicas, bem como gerar recursos contínuos para projetos sociais, econômicos e de geração de emprego e renda em toda a região que constitui essa bacia hidrográfica.

    O fundo deve permitir a criação de um patrimônio perpétuo para promover uma grande transformação no Vale do Rio Doce, saindo de um quadro de intensa devastação para um ambiente equilibrado, desenvolvido e produtivo.

    O projeto já foi discutido com os Governadores de Minas Gerais e do Espírito Santo, bem como com o Governo federal. Cofundador e Vice-Presidente do Instituto Terra, Sebastião Salgado tratou do tema diretamente com a presidente Dilma Rousseff, na manhã desta sexta-feira (13 de novembro), em Brasília, que se mostrou empenhada e favorável à iniciativa, e assumiu o compromisso de criar um comitê para negociar com as empresas responsáveis pelas barragens de Mariana.

    Além do Governo federal e dos Governos Estaduais, o plano para recuperação do Rio Doce deve envolver os governos municipais, a iniciativa privada e a sociedade civil organizada, para pleno direcionamento dos recursos e tecnologias a serem empregados na região.

    Já sabíamos que restabelecer a vida do Rio Doce seria um processo difícil e de longo prazo. Agora, exigirá mais empenho e urgência nas ações, bem como uma aprendizagem ambiental compartilhada com a sociedade.

    Mais do que nunca, o resgate do Rio Doce, destruído ecologicamente pelo desastre, passará por medidas de recuperação de todas as nascentes da bacia, para garantir uma maior produção de água, bem como a reconstituição das matas ciliares e das reservas legais, para evitar a sobreposição e acúmulo de mais resíduos, assim como o fortalecimento de um modelo agroecológico de produção rural. Somadas a outras ações socioambientais e de monitoramento, de toda a cadeia produtiva, em especial a industrial, acreditamos que será possível alcançar o pleno restabelecimento da região.

    O Instituto Terra reafirma seu compromisso com a missão de replantar a Mata Atlântica e trazer de volta a vida, a água, ao Vale do Rio Doce, com projetos conectados e voltados diretamente para a promoção do desenvolvimento pleno de um Vale que há anos sofre com os efeitos da degradação ambiental”. 
     

    http://www.hojeemdia.com.br/horizontes/fotojornalista-sebasti-o-salgado-prop-e-fundo-para-recuperac-o-do-rio-doce-1.359623

  10. Os gângsteres não querem nos dá o direito de resposta

    Gilmar Mendes, o “antídoto” da mídia contra o direito de resposta

            

    RESPOSTA CAPA

     

    Ultrapassa as raias da mais deslavada hipocrisia, da mais revoltante covardia e do mais ilegítimo autoritarismo o esperneio da mídia corporativa contra um direito que deveria ser incontestável em qualquer democracia: o direito de defesa.

    As promessas – ou ameaças, melhor dizendo – da Associação Nacional de Jornais (ANJ) e da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) contra a recuperação, pela sociedade, desse direito inalienável do homem que é o direito a se defender de acusações – em geral, sem provas, sem condenações e, no mais das vezes, sem um mísero processo – diz muito sobre o caráter – ou sobre a falta dele – desses megaempresários.

    Revisemos o que dizem essas entidades.

    Nota da ANJ

    A Associação Nacional de Jornais (ANJ) vem a público declarar que reconhece e defende o cumprimento do princípio constitucional do Direito de Resposta.

    Em relação à lei que acaba de ser sancionada, entretanto, entende que contém flagrantes inconstitucionalidades em seus artigos 7 e 10 que se referem à simultaneidade do prazo para a apresentação das razões de defesa e da apreciação, pelo Juiz, do pedido antecipatório da tutela pretendida (art.7º), bem como da inviabilidade de se obter um efeito suspensivo da decisão em tempo hábil para impedir a sua irreversível consumação (arts.7º, parte final, e 10º).

    Diante do exposto, estuda a adoção das medidas legais cabíveis.

    Brasília, 12 de novembro de 2015

    Associação Nacional de Jornais

    *

    Nota da Abert

    A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), na salvaguarda do bom exercício da atividade jornalística e da liberdade de imprensa, considera acertada a decisão presidencial que vetou o dispositivo da Lei 13.188/2015, publicada nesta quinta-feira (12), que permitia ao ofendido a possibilidade de exercer o direito de resposta pessoalmente.

    Na justificativa de veto, a presidente Dilma Rousseff informa que “ao não definir critérios para a participação pessoal do ofendido, o dispositivo poderia desvirtuar o exercício do direito de resposta ou retificação”.

    No entanto, a lei ao criar um rito especial para o trâmite de tais processos tem dispositivos claramente inconstitucionais, na medida em que admitem a concessão do direto de resposta ou retificação do ofendido sem que seja permitido ao veículo de comunicação exercer, em tempo hábil, o direito ao contraditório e à ampla defesa.

    A Abert está estudando quais medidas judiciais deverão ser tomadas.

    Daniel Pimentel Slaviero

    Brasília, 12 de novembro de 2015

    Presidente

    Deveria ser desnecessário lembrar a razão pela qual o país precisa de uma lei que regulamente o direito de alguém se defender de acusação grave, difundida com grande destaque e que hoje, quando se revela injusta, fica por isso mesmo.

    Há milhares de casos de acusações sem provas, frequentemente falsas, feitas pelos veículos de comunicação que a ANJ e a Abert representam. Fiquemos, porém, apenas com o mais recente e escandaloso: o caso envolvendo um dos filhos de Lula.

    A acusação, gravíssima, ganhou grande destaque na primeira página, enquanto que o desmentido, ganhou uma notinha. A acusação citou o prejudicado e sua família, a retratação não cita essas vítimas.

    resposta 1

    Por incrível que pareça, por injusto que seja o que fez O Globo, por insuficiente que se constitua a reparação, muitos comemoraram a retratação constrangida e desproporcional desse veículo porque é incomum que esses impérios de comunicação se deem ao trabalho de reparar as injustiças que cometem.

    Quantas milhares de capas a revista Veja, entre outras, cometeu contra o mesmo alvo de o Globo sem que nenhum daqueles ataques tenha sido comprovado e sem que nenhuma retratação, mesmo desproporcionalmente curta, tenha sido feita?

    resposta 2

     

    A Veja, por exemplo, certa da impunidade, procura se superar, semana após semana, nos ataques à honra daqueles que deseja destruir. Se nada ficar provado, dane-se. Não há lei. Os processos na Justiça, sem qualquer legislação específica, podem demorar uma, duas décadas.

    Esses veículos reclamam de que o direito de alguém se defender dos ataques que fazem seria “cerceamento da liberdade de expressão”… Como assim?! A lei do direito de resposta não impede o ataque, a calúnia, o deboche; apenas dá direito ao público de conhecer a versão do agredido.

    Quer dizer, então, que alguém poder responder a ataques como esses reproduzidos acima inibe o agressor? Ora, se nesta semana a Veja tem que publicar em sua capa a queixa do agredido, na mesma edição a revista pode contra-argumentar, se é que existe argumento a favor de uma capa que retrata dessas formas um ex-presidente da República que nem sequer responde a processo – e que seria injustificável mesmo que ele estivesse sendo processado.

    Delimitada a injustiça da ação que as associações midiáticas pretendem interpor na Justiça, tragicamente já se pode prever que não será tão fácil dar ao país um instrumento contra arbitrariedades como essas que o poder econômico faculta aos seus detentores.

    A ação de Abert e ANJ no Supremo tem um destino certo: Gilmar Mendes. Mesmo que ele não seja sorteado relator da ação, o recurso ao colegiado daquela Corte é líquido e certo seja qual for a decisão do ministro que for sorteado para julgá-la preliminarmente.

    Nesse momento, entra o despachante que FHC colocou no Supremo para defender os interesses dos barões da mídia, entre outros tubarões capitalistas que têm em Gilmar sua expressão de poder mais eficaz.

    Assim como segurou por um ano e meio a proibição de doações eleitorais de grupos econômicos a políticos, quando tiver que opinar sobre o direito de resposta não há dúvida de que pedirá vista do processo e irá segurá-lo em sua gavetona quanto tempo puder.

    É assim que, em nome da liberdade de expressão, a inglória “grande imprensa” brasileira conspurca a democracia e subverte o Direito, fazendo troça da democracia. Dia após dia, ano após ano, década após década há mais de um século.

     

  11. Meirelles 2.0, por Elio Gaspari

    Meirelles 2.0

    Atribui-se ao doutor Henrique Meirelles o desejo de centralizar no ministério da Fazenda o comando Banco Central. É uma malvadeza que se faz com o ocupante da presidência do BC de 2003 a 2011.

    Enquanto esteve no cargo, Meirelles defendeu a autonomia do Banco.

    No vazamento de documentos da diplomacia americana pelo Wikileaks apareceu um telegrama de 2006 do embaixador americano americano à época, o empresário Clifford Sobel. Ele narrou um encontro com Meirelles, durante o qual o doutor “pediu que o governo dos Estados Unidos usasse discretamente sua relação com o do Brasil para discutir a importância de se mandar ao Congresso uma legislação garantindo” a “autonomia” do Banco Central. Sugeriu que o secretário do Tesouro americano levantasse o assunto com Lula e com o ministro Guido Mantega.

    Meirelles disse que o telegrama não refletia “com propriedade o tema de qualquer conversa que eu tenha tido.” O embaixador recusou-se a comentar o assunto.

    Não há notícia de outro pedido de pressão sobre o governo de Pindorama feito por uma autoridade brasileira com nível ministerial.

    http://oglobo.globo.com/brasil/nosso-guia-esta-fritando-doutora-dilma-18055743

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