Clipping do dia

As matérias para serem lidas e comentadas.

Redação

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  1. Paulo Coelho inicia campanha internacional para denunciar golpe

    Paulo Coelho inicia campanha internacional para denunciar o golpe

    Leonardo Miazzo

    do “O Cafezinho”

    sApp

    Paulo Coelho, o escritor brasileiro mais conhecido no exterior, que vende milhões de livros no mundo inteiro e está há 400 semanas na lista de mais vendidos do New York Times, está engajado na luta para denunciar o golpe. Em seu Twitter, ele tem feito postagens contra o golpe e agora aderiu, também, à campanha internacional postando mensagem em inglês com hasthtag #StopCoupInBrazil, que significa “Parem o golpe no Brasil”.

     

  2. Wanderley Guilherme dos Santos: O STF fugirá como lebre

    Wanderley Guilherme dos Santos: O STF fugirá como lebre

     

    A GRANDE DÚVIDA CONSTITUCIONAL DE QUE O SUPREMO FUGIRÁ

    do Viomundo

     

    Avalio como inoportuna, inviável, e ilegal, exceto se por decisão do Superior Tribunal Eleitoral, a sugestão à esquerda de que reivindique “eleições, já”. Inoportuna porque lançada em meio ao processo decisório, primeiro, do Senado da República, e depois, se for o caso, do Supremo Tribunal Federal; inviável porque a Câmara, os partidos que votaram de forma truculenta a favor do impedimento de Dilma Rousseff, não irão introduzir tal mudança na Constituição; e ilegal porque se trata de mudança na regra do jogo ao fim do segundo tempo. Perder a bandeira da legalidade é presentear os golpistas com o argumento de que não dispõem e buscam desesperadamente forjar: o de que a presidente Dilma comete crime de responsabilidade, atentando contra a letra da Carta Magna. E sem ele não há justa causa para a violência impeditiva.

    Tenho escassa esperança de que o Senado, julgando o mérito do pedido de impedimento, aceite o óbvio: por nenhuma evidência atual ou histórica, e até biográfica, a presidente Dilma Rousseff jamais violou ou tentou violar as instituições representativas democráticas. Nada até agora pôs em dúvida esse fato, cuja tonelagem de verdade é brutal. Por declarações de mais de um dos integrantes da partidariamente insuspeita força-tarefa da Lava-Jato, jamais houve tentativas de interferência do Executivo no andamento da investigação. Delações interesseiras, assinadas por tipos que acreditam na clemência do algoz quanto mais fabulam historietas para agradá-lo, transformam conversas cotidianas em conspiratas clandestinas em calabouços do Planalto. Mas a denúncia de conveniência será tratada como pepita pelos impolutos senadores, especialmente porque a acusação de deslize administrativo padece de precária virtude, assentada em ilegalidade não comprovada e anã.

    Tampouco acredito no discernimento do Supremo. Em matéria de extenso conflito social, só os ministros autoritários costumam içar bandeiras. Os liberais, como de hábito, se escafedem. Dirão todos, ou a maioria esmagadora deles que o rito foi respeitado e não lhes cabe apreciar o mérito da decisão congressual. O dedo do demônio golpista está precisamente neste detalhe. Pode ser difícil encontrar fissura nos trâmites adotados pelo Presidente da Câmara dos Deputados. E não tenho segurança para julgar se é ilegal um réu de processo no Supremo presidir à votação de um pedido de impedimento da Presidente da República, sendo, ademais de réu ele próprio, declarado inimigo político dela. Mas a lisura do rito tem sido reivindicada, até com obsequiosa cautela, não obstante os espasmos alucinados que a TV registrou.

    O atentado ao contrato social básico é outro, de cujo exame o Supremo fugirá como lebre. Cabe a qualquer maioria interpretar como lhe convier a forma de aplicar preceitos constitucionais? O rito pode criar o objeto a que se aplica? Se dois terços da Câmara dos Deputados decidirem que as contas do atual presidente da Casa não são contas e que a Suíça não existe, vale a anistia com que pretendem presenteá-lo? Se valer, para quê serve um Supremo Tribunal? Qualquer decisão majoritária seria constitucional. Esta é a mácula do processo de impedimento da presidente Dilma Rousseff: o rito criou o crime a ser punido. Vale? Não devia, pois a verdade de juízos de existência não é matéria plebiscitária. É matéria jurídica, de lógica e da fé contratual que funda as sociedades. Mas os eminentes ministros vão fingir que ela não existe. A seriedade das instituições republicanas se dilui no despudor de um Legislativo que convive com a propaganda da tortura e na prolixidade capciosa dos tribunais de justiça. A república se esfarela e o amanhã promete ser violento.

  3. Pepe Escobar: Assalto neoliberal ao Brasil, conduzido de dentro

    Pepe Escobar: Assalto neoliberal ao Brasil, conduzido de dentro pelo “venenoso império Globo”, se encaixa no novo conceito de guerra híbrida

    Ratos bem treinados apenas cumprem ordens; que manda mesmo não tem razões para se esconder

    Guerra híbrida das hienas dilacera o Brasil

    por Pepe Escobar, 19.04.2016, no Resistir.info

    Viomundo

    A sombria e repulsiva noite em que a presidente da 7ª maior economia do mundo foi a vítima escolhida para um linchamento de hienas num insípido e provinciano Circo Máximo viverá para sempre na infâmia.

    Por 367 votos a 137, o impeachment/golpe/mudança de regime contra Dilma Rousseff foi aprovado pelo circo parlamentar brasileiro e agora irá ao Senado, onde uma “comissão especial” será instituída.

    Se este for aprovado, Rousseff será então marginalizada durante 180 dias e um ordinário Brutus tropical, o vice-presidente Michel Temer, ascenderá ao poder até o veredito final do Senado.

    Esta farsa desprezível deveria servir como um alerta não só aos BRICS, mas a todo o Sul Global.

    Quem é que precisa de NATO, R2P (“responsability to protect”) ou “rebeldes moderados” quando pode obter a sua mudança de regime apenas com o ajustamento do sistema político/judicial de um país?

    O Supremo Tribunal brasileiro não analisou o mérito da questão – pelo menos ainda não.

    Não há qualquer evidência sólida de que Rousseff tenha cometido um “crime de responsabilidade”.

    Ela fez o que todo presidente norte-americano desde Reagan tem feito – para não mencionar líderes de todo o mundo: juntamente com o vice-presidente, o desprezível Brutus, Rousseff foi ligeiramente criativa com os números do orçamento federal.

    O golpe foi patrocinado por um vigarista certificado, o presidente da câmara baixa Eduardo Cunha, confirmadamente possuidor de várias contas ilegais na Suíça, listado nos Panama Papers e sob investigação do Supremo Tribunal.

    Ao invés de reger hienas quase analfabetas num circo racista, em grande medida cripto-fascista, ele deveria estar atrás das grades. Custa crer que o Supremo Tribunal não tenha lançado ação legal contra Cunha.

    O segredo do seu poder sobre o circo é um gigantesco esquema de corrupção que perdura há muitos anos, caracterizado pelas contribuições corporativas para o financiamento das suas campanhas e de outros.

    E aqui está a beleza de uma mudança de regime light, uma revolução colorida da Guerra Híbrida, quando encenada numa nação tão dinamicamente criativa como o Brasil.

    A galeria de espelhos produz um simulacro político que teria levado descontrucionistas como Jean Braudrillard e Umberto Eco, se vivos fossem, a ficarem verdes de inveja.

    Um Congresso atulhado com palhaços/tolos/traidores/vigaristas, alguns dos quais investigados por corrupção, conspirou para depor uma presidente que não está sob qualquer investigação formal de corrupção – e que não cometeu qualquer “crime de responsabilidade”.

    A restauração neoliberal

    Ainda assim, sem um voto popular, os maciçamente rejeitados gêmeos Brutus tropicais, Temer e Cunha, descobrirão que é impossível governar, muito embora eles encarnassem perfeitamente o projeto das imensamente arrogantes e ignorantes elites brasileiras.

    Um triunfo neoliberal, com a “democracia” brasileira espezinhada abaixo do chão.

    É impossível entender o que aconteceu no Circo Máximo neste domingo sem saber que há um rebanho de partidos políticos brasileiros que está gravemente ameaçado pelos vazamentos ininterruptos da Lava Jato.

    Para assegurar a sobrevivência deles, a Lava Jato deve ser “suspensa”; e isto será feito sob a falsa “unidade nacional” proposta pelo desprezível Brutus Temer.

    Mas antes a Lava Jato deve produzir um escalpe ostensivo. E este tem de ser Lula na prisão – comparado ao qual a crucificação de Rousseff é uma fábula de Esopo.

    Os media corporativos, conduzidos pelo venenoso império Globo, saudariam isto como a vitória final — e ninguém se preocuparia com a aposentadoria da Lava Jato.

    Os mais de 54 milhões que em 2014 votaram pela reeleição de Roussef votaram errado.

    O “projeto” global é um governo sem voto e sem povo; um sistema parlamentar de estilo brasileiro, sem aborrecimentos com “eleições” incômodas e, crucialmente, campanhas de financiamento muito “generosas” e flexibilidade que não obrigue a incriminar companhias/corporações poderosas.

    Em resumo, o objetivo final é “alinhar” perfeitamente os interesses do Executivo, Legislativo, Judiciário e media corporativos. A democracia é para otários.

    As elites brasileiras que fazem o controle remoto das hienas sabem muito bem que se Lula concorrer outra vez em 2018, vencerá.

    E Lula já advertiu; ele não endossará qualquer “unidade nacional” sem sentido; estará de volta às ruas para combater qualquer governo ilegítimo que surja.

    Agora estamos abertos à pilhagem

    No pé em que está, Rousseff corre o risco de se tornar a primeira grande baixa da investigação Lava Jato, com origem na NSA [National Security Agency, dos Estados Unidos], que perdura há dois anos.

    A presidente, reconhecidamente uma gestora econômica incompetente e sem as qualificações de um político mestre, acreditou que a Lava Jato – que praticamente a impediu de governar – não a atingiria porque ela é pessoalmente honesta. Mas a agenda não tão oculta da Lava Jato foi sempre a mudança de regime.

    Quem se importa se no processo o país for deixado à beira de ser controlado exatamente por muitos daqueles acusados de corrupção?

    O desprezível Brutus Temer – uma versão fútil de Macri da Argentina – é o condutor perfeito para a implementação da mudança de regime.

    Ele representa o poderoso lobby bancário, o poderoso lobby do agronegócio e a poderosa federação de indústrias do líder econômico do Brasil, o Estado de São Paulo.

    O projeto neo-desenvolvimentista para a América Latina – pelo menos unindo algumas das elites locais, investindo no desenvolvimento de mercados internos, em associação com as classes trabalhadoras – agora está morto, porque o que pode ser definido como capitalismo sub-hegemônico, ou periférico, está atolado na crise após a derrocada de 2008 provocada por Wall Street.

    O que resta é apenas restauração neoliberal, a TINA (“there is no alternative”). Isto implica, no caso brasileiro, a reversão selvagem do legado de Lula: políticas sociais, políticas tecnológicas, o impulso para expandir globalmente grandes companhias brasileiras competitivas, mais universidades públicas, melhores salários.

    Numa mensagem à Nação, Brutus Temer admitiu isto; a “esperança” de que o pós-impeachment será absolutamente excelente para o “investimento estrangeiro”, pois lhe permitirá pilhar a colonia à vontade; um retorno à tradição histórica do Brasil desde 1500.

    De modo que Wall Street, o Big Oil dos EUA e os proverbiais “American interests” vencem este round no circo – graças às, mais uma vez proverbiais, elites vassalas/compradoras.

    Executivos da Chevron já estão a salivar com a perspectiva de porem as mãos nas reservas de petróleo do pré sal; que já foram prometidas por um vassalo confiável, integrante da oposição brasileira.

    O golpe continua. As hienas reais ainda não atacaram. De modo que isto está longe de ter terminado.

     

  4. Auler: como o STF deixa Cunha manobrar para ser “absolvido”

    Tijolaço

    Auler: como o STF deixa Cunha manobrar para ser “absolvido”

     

    cunhasegundaturma

    Marcelo Auler, em seu blog, desenha o roteiro da armação para absolver Eduardo Cunha não apenas na Câmara, mas também no STF.

    A partir da inexplicável demora no Supremo em analisar seu afastamento da Presidência da Câmara.

    Cunha, relata ele “não só tem foro especial, mas só pode ser julgado pelo Plenário. Ou seja, onze ministros”.

    Absolvido no Conselho de Ética da Câmara ou pelo menos poupado da perda de mandato, pode renunciar aos meses que lhe restam de Presidência da Casa.

    Então, diz Auler, seu julgamento no Supremo passaria do plenário para a Segunda Turma do Tribunal, já como simples deputado.

    E, na segunda turma, poderia ter uma maioria de ministros “sensíveis” a Temer.

    Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Celso de Mello. Três, contra (talvez) dois: Carmen Lúcia e Teori Zavascki.

    Este é o inacreditável Brasil.

    Aquele onde “não há golpe”.

    Leia toda a história no blog do Auler.

    http://www.tijolaco.com.br/blog/auler-como-o-stf-deixa-cunha-manobrar-para-ser-absolvido/

     

  5. STF cruza os braços e Cunha pode estar armando sua absolvição

    Blog do Marcelo Auler

    STF cruza os braços e Cunha pode estar armando sua absolvição

     

     

    22 de abril de 2016

     

     Marcelo Auler

     

     

    O Supremo não quer assumir que não pode retirar Cunha do cargo apesar dele já responder a duas ações penais. Com isso, ele permanece armando a seu favor e contra Dilma que não tem nenhuma acusação de corrupção. Assim caminha a democracia brasileira.. Foto: reprodução Jornal GGN

    O Supremo não quer assumir que não pode retirar Cunha do cargo apesar dele já responder a duas ações penais. Com isso, ele permanece armando a seu favor e contra Dilma que não tem nenhuma acusação de corrupção. Assim caminha a democracia brasileira. Foto: reprodução Jornal GGN

    O medo dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) em enfrentarem o pedido de afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), narrado por Carolina Brígido, em O Globo – Afastamento de Cunha ainda está longe de ser julgado no STF – poderá fazer com que a maioria silenciosa ajude a Eduardo Cunha a se absolver.

    O presidente da Câmara, como se sabe, já responde a duas ações penais no STF. Em uma, é acusado de receber R$ 5 milhões para ajudar na contratação de navios sondas pela Petrobras. Na segunda, ele responde pelo possível recebimento de R$ 52 milhões, como propina das empresas Odebrecht, OAS e Carioca Christiani Nielsen Engenharia, que formam o consórcio que atua nas obras do Porto Maravilha, no Rio de Janeiro. Como é presidente de um dos Poderes, ele não só tem foro especial, mas só pode ser julgado pelo Plenário. Ou seja, onze ministros.

    Ao mesmo tempo, responde ao Conselho de Ética da Câmara por ter mentido ao afirmar que não possuía contas no exterior. As autoridades suíças provaram o contrário. Este processo tramita, com idas e vindas, há 171 dias. Mas o Conselho vem sendo manipulado por ele, como admitem, na matéria de Carolina Brígidas, ministros do STF. Mais ainda, segundo a jornalista, eles sabem que Cunha “tenta prejudicar Dilma no pedido de impeachment e também ameaça adversários”. Ainda assim, ela diz que:

    “os ministros não se convenceram de que existe um motivo jurídico forte o suficiente para tirá-lo da cadeira. Adiar a análise do caso foi a solução encontrada para não precisar declarar oficialmente que Cunha pode permanecer no cargo. Uma decisão desse tipo daria ainda mais poderes ao parlamentar nesse momento de crise – e isso o tribunal quer evitar“.

     

    Na indefinição dos ministro do STF, o presidente da Câmara e sua defesa, entregue ao ex-procurador geral da República Antônio Fernando de Souza, podem armar uma jogada para livrá-lo do processo.

    Cunha pode armar para deixar de ser julgado pelo plenário e passar seus processos para a segunda turma do STF. Fotos: Ascom/STF

    Cunha pode armar para deixar de ser julgado pelo plenário e passar seus processos para a segunda turma do STF. Fotos: Ascom/STF

    O primeiro passo, sem dúvida, é superar o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. Nada difícil para o presidente da Casa que, recentemente conseguiu a renúncia do deputado Fausto Pinato (PP-SP), primeiro relator do processo, do qual foi destituído em manobra dos aliados do réu. Ele, que votou pela admissibilidade do processo de cassação, foi substituído pela deputada Tia Eron (PRB-BA) outra aliada do presidente da Casa. Com tal manobra, Cunha obteve a maioria do Conselho e não é despropositado prever sua absolvição.

    Renúncia ao plenário do STF – Vencida esta barreira, o que não parece difícil, viria a jogada de mestre: Cunha renunciaria aos poucos meses de mandato que ainda tem na presidência da Casa (sua permanência vence no início da próxima legislatura, em 2017). Sairia com o discurso de deixar o cargo para se defender no Supremo das acusações injustas.

    Na verdade, estaria renunciando ao julgamento pelo plenário do Supremo pois, como simples deputado, o processo passa a tramitar na segunda turma do STF, onde tem assento cinco ministros: Carmem Lúcia, Celso de Mello, Teori Zavascki, Gilmar Mendes e Dias Toffoli.

    Aqui cabe lembrar que quando Ricardo Lewandowski, para assumir a presidência do STF, deixou a segunda turma, em julho de 2014, a mesma passou a atuar com apenas quatro ministros. Em março de 2015, Gilmar Mendes propôs que um ministro da primeira turma ocupasse a vaga em aberto (veja: Ministros da 2ª Turma sugerem que integrante da 1ª Turma complete a composição do colegiado). A vaga resultou da demora da presidente Dilma Rousseff em indicar o substituto de Joaquim Barbosa. Este aposentou-se em julho de 2014 e a aprovação de Luiz Edson Fachin só ocorreu em maio de 2015. Fachin deveria ocupar o lugar, mas Mendes alegou a sobrecarga de trabalho ao propor a transferência de alguém da primeira turma.

    Empate favorece réu – Logo, quem se dispôs a trocar, foi Dias Toffoli. Ex-Advogado Geral da União, já há algum tempo, no Supremo, ele tem atuado quase que em dobradinha com Gilmar Mendes, acompanhando votos e posicionamento, inclusive contrários ao governo.

    Com seu processo apreciado na segunda turma e não no plenário, Cunha pode sonhar alto com a sua absolvição, algo impensável se do julgamento participassem os onze ministros. Na jurisprudência do Supremo, um empate sempre favorece ao réu. Bastaria, portanto, que seu caso fosse analisado por apenas quatro ministros – na ausência de um deles – e dois votos lhe favorecessem.

    Hipoteticamente, digamos que Zavascki leve os autos a julgamento e algum ministro peça vista dos mesmos. A vista pedida perdure até o dia em que a sessão, por qualquer motivo, tenha apenas quatro ministros. Com dois votos a favor, Cunha se veria livre dos processos.

    José Geraldo Riva, ex-presidente da Assembleia Legislativa do Mato Grosso, beneficiou-se de um empate na segunda turma quando Zavascki e Carmen Lúcia votaram contra um HC dele , mas Gilmar Mendes e Dias Toffoli discordaram. Foto reprodução

    José Geraldo Riva, ex-presidente da Assembleia Legislativa do Mato Grosso, beneficiou-se de um empate na segunda turma quando Zavascki e Carmen Lúcia votaram contra um HC dele, mas Gilmar Mendes e Dias Toffoli discordaram. Foto reprodução

    Quem acha que isto é teoria da conspiração basta verificar o que aconteceu em junho de 2015 com José Geraldo Riva, ex-presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso. Ele foi acusado da prática de formação de quadrilha e peculato (26 vezes) mas se livrou da cadeia com um HC negado pelo STJ e concedido pela segunda turma do STF. A informação consta do site do STF – Com empate na votação, 2ª Turma concede HC a José Geraldo Riva.

    Riva, quando teve sua prisão preventiva decretada por um juiz, foi ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) com um Habeas Corpus, mas não obteve a liminar.

    Desta decisão, recorreu ao Supremo e o processo caiu nas mãos de Zavascki. Ele negou a liminar “com base na Súmula 691 do STF, segundo a qual não compete ao STF conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar, sob pena de indevida supressão de instância. A defesa recorreu dessa decisão à Segunda Turma por meio de agravo regimental“, como explica a matéria do site do Supremo. A notícia prossegue:

    “Na sessão desta terça, o relator votou pelo desprovimento do recurso, mantendo seu entendimento pela aplicação da Súmula 691 ao caso. Além disso, o ministro considerou que a decisão liminar do STJ estaria devidamente fundamentada, com base na garantia da ordem pública e da instrução processual e na gravidade das condutas. O relator foi acompanhado pela ministra Cármen Lúcia.

    Divergência – O ministro Gilmar Mendes, contudo, abriu divergência, frisando em seu voto que a investigação trata de fatos ocorridos entre os anos de 2005 e 2009. Assim, não se pode falar em manutenção da prisão preventiva para evitar a continuidade delitiva nos tempos atuais.

    O ministro pontuou ainda que os supostos delitos teriam sido cometidos quando Riva era presidente da Assembleia Legislativa do MT, cargo que não ocupa mais. Com esses argumentos, votou no sentido de afastar a Súmula 691 e conceder o habeas corpus, seguido pelo presidente da Turma, ministro Dias Toffoli”.

    Ou seja, dois votos foram favoráveis ao réu passando por cima de uma jurisprudência firmada no Supremo através de Súmula, que sempre foi respeitada.

    Quem conhece bem o funcionamento do STF acha que se os ministros continuarem cruzando os braços e  lavando as mãos como Pilatos, os processos contra Eduardo Cunha poderão seguir o mesmo caminho de Rivas. Será?

    http://www.marceloauler.com.br/stf-cruza-os-bracos-e-cunha-pode-estar-armando-sua-absolvicao/

  6. Dois pesos e duas medidas
    Dois pesos e duas medidas. Enquanto Vilmar está sendo retirado da caverna onde habita há 26 anos por se tratar de área de proteção ambiental e por não recolher impostos, existe uma certa casa em Paraty para a qual a justiça tem sido bem morosa…

    http://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2016/04/justica-manda-morador-desocupar-caverna-onde-vive-ha-26-anos-em-sc.html?utm_source=facebook&utm_medium=social&utm_campaign=G1

  7. O The Guardião jogou o pedido

    O The Guardião jogou o pedido de direito de resposta da Globo na caixa de ocmentários

     

     

    Robério Correia disse:

    13 min ·  

    Não li a tradução ainda, mas dá pra imaginar o CHORUMÃO…

    Via @JornalismoWando

    A Globo pediu direito de resposta e o The Guardian a jogou na caixa de comentários do post? Foi isso que aconteceu?

    Globo: “queremos direito de resposta”

    The Guardian: “beleza, pede pro chefe aí comentar no post”

    José Roberto Marinho como jornalista é um belo comentarista de portal

     

    1. Corrige o título, José Carlos

      Do jeito que está, parece que foi a Universidade que expulsou o professor e que os estudantes protestaram, quando foram os estudantes que expulsaram o cara (do local, nao da Universidade…) por ele ter feito comentário racista.

  8. Colunista português: o Brasil disse ao mundo

     para não ser levado a sério

     

    http://www.tijolaco.com.br/blog/colunista-portugues-o-brasil-disse-ao-mundo-para-nao-ser-levado-serio/

     

    tavares

    Quem ainda não fez ideia do desastre que foi para o Brasil no mundo o espetáculo golpista de domingo passado deve ler o artigo no conservador colunista do jornal Expresso, de Lisboa, Miguel Souza Tavares:

    Não sei se os brasileiros terão a noção do que as oito horas de votação na Câmara de Deputados para destituir Dilma Rousseff tiveram de demolidor para a imagem do Brasil no mundo. Entre os povos livres e civilizados, a ideia que passou é que o Brasil é mesmo um país do Terceiro Mundo, onde a democracia é uma farsa e a classe política um grupo de malfeitores de onde está ausente qualquer vestígio de serviço público. Entre os países do verdadeiro Terceiro Mundo, alguns dos quais bastante mais bem governados do que o Brasil, a ideia do país como potencial líder do grupo dos emergentes caiu por terra com estrondo: perante aquele indecoroso espectáculo transmitido em directo para o país e para o mundo, as hipóteses de o Brasil alcançar o ambicionado lugar de membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas só podem ter sido seriamente comprometidas.

    Não está em causa saber se Dilma governa mal ou bem: governa mal e devia sair pelo seu pé. Não está em causa se o PT esgotou o seu tempo e devia dar hipótese de nascença a um novo ciclo político: sim, devia, e Lula — a quem o Brasil tanto ficou a dever — faria bem melhor em remeter-se às palestras e nada mais. Já não está em causa sequer saber se há fundamento jurídico e constitucional para a demissão da Presidente: não há, o processo é puramente político e, nesse sentido, o impeachment é, de facto, um golpe, levado a cabo pelos derrotados das presidenciais. Mas em democracia os governos são julgados em eleições e ninguém tem culpa de que na absurda Constituição Brasileira, que tenta a fusão impossível entre o presidencialismo à americana e o governo à europeia, não existam as figuras da moção de censura ou de eleições antecipadas (uma lacuna que deriva directamente do igualmente absurdo sistema político que faz com que o Presidente e chefe de Governo nunca tenha maioria num Congresso onde convivem 26 partidos, mais uma série de fidelidades regionais e sectoriais). Com o pretexto arregimentado para destituir Dilma — as tais “pedaladas fiscais” — qualquer governo de qualquer democracia poderia ser substituído a qualquer momento, sem grande esforço. Mas exigia-se, pelo menos, que o processo de destituição da Presidente do Brasil tivesse um mínimo de dignidade e de seriedade que o gesto impunha. Mas não foi isso o que sucedeu e o que está a suceder: os chefes do “golpe”, todos a contas com a Justiça, são gente que de todo se recomenda; os seus apaniguados são tipos que não se convidam para jantar em casa; o partido que comanda o golpe e mais espera dele vir a beneficiar, o PMDB, é o exemplo acabado de tudo aquilo que a política não deveria ser; e o espectáculo protagonizado pelos deputados ultrapassou tudo o que a simples decência devia permitir. A mensagem que o Brasil passou ao mundo é esta: “Não nos levem a sério”.

     

  9. Grupo d S Paulo promove ‘Piquenique da Democracia’ neste domingo

    Nassif, pelos céus, eleve a post o + cedo possível para dar tempo de muitos de Sao Paulo participarem

    Do Portal da Revista Forum, http://www.revistaforum.com.br/2016/04/23/grupo-de-sao-paulo-promove-piquenique-da-democracia-neste-domingo/

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    23 de abril de 201628 0 Facebook Twitter

    Ato será realizado na Avenida Paulista, às 11h, com oficinas, intervenções e atividades para públicos de diferentes idades

    Por Redação

    piquenique 2

    Um grupo de manifestantes realiza amanhã (24) o “Piquenique da Democracia”, às 11h, na Avenida Paulista, em São Paulo. A ideia dos organizadores é reunir o máximo possível de pessoas em defesa do voto popular e das conquistas democráticas do país. Estão previstas oficinas, intervenções e atividades para públicos de diferentes idades.

    No Facebook, o evento possui cerca de mil convidados confirmados. “Nós queremos as delícias da liberdade e que respeitem as escolhas do povo! Na rua cabe todo mundo, todas as famílias, todas as crenças. Só não cabe homenagem a torturador, a estuprador e a ladrão de merenda”, diz a mensagem de divulgação do ato, que se coloca contra o golpe da oposição que tenta a derrubada da presidenta Dilma Rousseff.

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  10. Estudantes protestam [DE NOVO] contra golpe no Anhangabaú

    Outra manifestaçao, gente. Compartilhem, divulguem! Nao deixem o fogo da esperança morrer

    Do Brasil 24/7 http://www.brasil247.com/pt/247/sp247/227878/Estudantes-protestam-contra-golpe-no-Anhangaba%C3%BA.htm

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    Centenas de estudantes reuniram-se, neste sábado (23), no Vale do Anhangabaú, no centro de São Paulo, para protestar contra o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff; ato foi convocado pela internet e segundo um dos organizadores, Rafael Reiter,  não se encerra hoje; outras manifestações devem ser marcadas nos próximos dias, principalmente no dia da votação do processo da admissibilidade do processo no Senado; protesto conta com o apoio e a presença de representantes da União Nacional dos Estudantes (UNE) e da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e de outros movimentos estudantis.

    23 de Abril de 2016 às 19:13

    Elaine Patricia Cruz, repórter da Agência Brasil – Centenas de estudantes reuniram-se, neste final de tarde de sábado (23), no Vale do Anhangabaú, no centro de São Paulo, para protestar contra o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, que consideram um golpe. O numero de manifestantes não foi informado pela Polícia Militar.

    O ato foi convocado pela internet. Um dos organizadores é Rafael Reiter, que disse não pertencer a nenhum partido ou movimento social. “Participo de um grupo de universitários, apartidário, nada registrado, onde temos um projeto chamado Plantando Arte. Temos o intuito de fazer conscientização. Nós nos reunimos e montamos o evento e começamos a chamar todo mundo”, disse ele à Agência Brasil.

    De acordo com Reiter, a intenção dos manifestantes é permanecer hoje no Vale do Anhangabaú, sem fazer caminhada. Ele dissse que o ato não se encerra hoje e que outras manifestações devem ser marcadas nos próximos dias, principalmente no dia da votação do processo da admissibilidade do processo no Senado.

    Os estudantes dançam e cantam “Não vou deixar o golpe acontecer de novo, não” e “não vai ter golpe”. Muitos deles desenharam faixas pretas no rosto, que, segundo Reiter, simbilzam o “luto pela atual situação do país”. Um deles fantasiou-se de Dilma Rousseff, carregando a faixa presidencial. “Eu vou apoiar a Dilma. Calma, calma, burguesia”, cantam eles, em ritmo de marchinhas. Em um momento do ato, eles se deram as mãos, em um círculo, para cantar músicas de apoio à presidenta.

    No ato, eles criticam também o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a quem chamam de “ladrão” e “ditador”. “Fora Cunha”, gritam os estudantes. Também houve críticas ao vice-presidente Michel Temer e ao deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), por sua postura na votação da admissibilidade do processo de impeachment, domingo passado (17) na Câmara. Ao votar, o deputado homenageou o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-chefe do Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi). Ao proclamar o voto, Bolsonaro chamou Brilhante Ustra de “pavor de Dilma Rousseff”.

    O protesto no Anhangabaú conta com o apoio e a presença de representantes da União Nacional dos Estudantes (UNE) e da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e de outros movimentos estudantis. “Este ato foi convocado por estudantes, pela internet, e a UNE decidiu apoiar o movimento. O ato vocaliza um pouco desse sentimento que está presente na juventude de uma injustiça muito grande que está acontecendo, o impeachment, com a desmoralização do Congresso Nacional no domingo, já que eles não são legítimos para convocar e conduzir o impeachment. Por isso, este impeachment é um golpe”, disse Carina Vitral, presidente da UNE, em entrevista à Agência Brasil.

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