Cloroquina só será recomendada quando eficácia for comprovada, diz Teich

Conselho Federal de Medicina liberou médicos a recomendarem medicamento para uso domiciliar e casos leves, mas não é a posição do Ministério da Saúde

O ministro da saúde, Nelson Teich. Foto: Marcelo Casal Jr/Agencia Brasil

Jornal GGN – A decisão do Conselho Federal de Medicina (CFM) em liberar os médicos a prescreverem o uso da cloroquina, inclusive para casos leves de Covid-19 e uso domiciliar, não tem o aval do Ministério da Saúde.

“Permitir o uso a critério do médico não representa uma recomendação do Ministério da Saúde. A recomendação vai acontecer no dia em que tivermos uma evidência clara de que o medicamento funciona”, disse o ministro da Saúde, Nelson Teich, ressaltando que a pasta só deve liberar o uso do medicamento quando houver evidência clara de sua eficiência.

“É importante deixar claro que não é uma recomendação nossa, é uma autorização. Recomendação depende de estudo científico sólido”, afirmou.

Segundo informações do jornal Folha de São Paulo, o anúncio do CFM foi feito pelo presidente da entidade, Mauro Ribeiro, após reunião com o presidente Jair Bolsonaro e com Teich. Bolsonaro é um entusiasta da hidroxicloroquina e da cloroquina para o tratamento da doença. Ele já defendeu que elas sejam utilizadas inclusive no estágio inicial dos sintomas.

 

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Redação

4 Comentários

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  1. Poderiam estabelecer que certos tratamentos só seriam dados estabelecida a preferência política do paciente , esquerda , aspirina , direita tylenol …
    O nível de insanidade só aumenta …

  2. CFM é capaz de coisas atrozes, como desejar que a acupuntura seja uma especialidade médica, ao mesmo tempo que nem sempre pune exemplarmente médicos (inclusive “famosos”) de recomendar terapias alternativas como substitutos a tratamentos médicos convencionais, nem sempre com os melhores resultados..
    Alguém pode dizer “ah, mas hoje em dia não é assim”. Talvez, mas depois de denúncias das Regionais pulularem pelo país.
    Deve ser por situações desta espécie que há muito tempo os pacientes assinam termo de consentimento ou de ciência para eximir médicos de erros, algumas vezes ANTES do paciente descrever o problema.
    Se houver ao menos um caso em casa situação que você conheça, já é excessivo.
    Mas vamos lá. O que o CRM não quer é um médico cometer a estupidez de dar uma medicação sem eficácia comprovada a um paciente e este cidadão morrer. Eles não querem sujar as mãos em condenar um colega de profissão e tirar o CRM dele.
    Como se sabe de longa data, condenações de médicos são raras.
    Por outro lado, não soa estranho ter que levantar isto, apesar de todo o esforço que médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem etc. etc. estão fazendo em relação à pandemia?
    Sinceramente, por mais que o governo federal omita e esconda, ele sabe que o pior ainda está por vir.

  3. Bozo faz este sujeito de bucha, mas quem está acima de ambos não deixa barato.  Transferem agora para o conselho de medicina a responsabilidade e num breve futuro,  quando à frente da justiça forem cobrados pela escalada de mortes porventura decorrentes da administração de medicamentos nao comprovados tecnicamente, bozo, o rei da trapaça,  apontará para este bucha, alegando que, assim como nao é coveiro também não é medico. O bucha então entrará com este papo de que o “MS nao autorizou pois nao estava comprovado” e seu indicador estará na direção do Conselho. Dai pra frente chegará nos bagrinhos, os médicos (dessa os cubanos se livraram senão sobraria para os comunas).

    Voltando a Hidroxicloroquina,  estou lendo na pag.9 do jornal “O Dia” de 22/4, um pequeno artigo intitulado “Cloroquina não vai bem em estudo”, que relata um estudo, ainda não revisado, onde num universo de 368 veteranos do exercito dos EUA, a taxa de óbitos entre os que foram tratados com o medicamento associado a azitromicina foi o dobro se comparada com aqueles que não tomaram a Hidroxicloroquina (22%x11%). Será que nao sabem disso?

    Todos torcemos por um medicamento, mas que cure não que dobre a taxa de mortalidade. Portanto: Parem de dar crédito a loucos!.

    Nassif, por oportuno reforço meu comentário sobre pop-ups comerciais que, em certos casos, chegam a inviabilizar escrever o comenta diretamente no campo. Neste artigo tem um pop-up de um efervescente que parece fake pois não consigo excluir. Este texto como foi longo precisei digitar em outro local e usar o copy.

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