CNJ contrata treinamento antirracista para seguranças patrimoniais

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Presidente do CNJ, Fux diz que é dever de todos "combater o racismo estrutural e a intolerância racial"

CNJ e Universidade Zumbi dos Palmares assinam acordo de cooperação para treinamento antirracista de seguranças patrimoniais. Foto: Gil Ferreira/CNJ
CNJ e Universidade Zumbi dos Palmares assinam acordo de cooperação para treinamento antirracista de seguranças patrimoniais. Foto: Gil Ferreira/CNJ

O Conselho Nacional de Justiça, presidido pelo ministro Luiz Fux, e o reitor da Universidade Zumbi dos Palmares, José Vicente, assinaram na terça-feira (10), em Brasília, um acordo de cooperação para capacitar funcionários de empresas de segurança privada e patrimonial em ações de “segurança humana, que objetivam coibir o racismo, promover o respeito aos direitos humanos e a igualdade racial”.

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A partir de agora, todos os profissionais de segurança que atuam no CNJ serão obrigados a participar de cursos ou oficinas de estudo sobre racismo. Em 5 de maio, Fux assinou uma portaria argumentando que é “dever de todos combater o racismo estrutural e a intolerância racial para a construção de uma sociedade mais justa, inclusiva, solidária e sustentável”.

Para o reitor da Universidade Zumbi dos Palmares, a qualificação de equipes de segurança privada e patrimonial “é de suma importância para acabar com esse tipo de discriminação que exclui, desiguala e impede que os negros possam exercer seus direitos como cidadãos e ter garantida a proteção à sua dignidade humana”.

A escolha da Universidade Zumbi dos Palmares está relacionada ao trabalho que a instituição vem realizando nos últimos dois anos contra o racismo e a desigualdade racial, afirma nota da assessoria de imprensa da Universidade.

A Universidade é responsável por uma série de programas contra o racismo, incluindo o programa Segurança do Futuro, que visa eliminar a técnica de sufocamento chamada “mata leão” pela Polícia Militar de São Paulo e pela Guarda Metropolitana.

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Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

2 Comentários

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  1. Essa merda de CNJ gosta é mesmo de rosetar, de cultivar sua imagem pública. Mas quando recebe reclamações de advogados contra juízes o preconceito em desfavor aos advogados é a única coisa que fundamenta as decisões.
    Esta semana tive uma representarção arquivada. Requeri ao juiz que desse andamento no processo em 10 dias sob pena de responsabilização pessoal como determina o CPC. Nenhuma providência foi tomada então reclamei ao CNJ. A corregedora daquela merda mandou arquivar a reclamação com base na jurisprudência do CNJ que considera razoável o processo ficar parado por 100 dias. Esse prazo inventado pelo CNJ é obviamente ilegal, mas ao que parece isso é irrelevante. O CNJ faz o que quer e quando não quer simplesmente não aplica norma expressa do CPC para proteger os juízes.
    Mas é claro que combater o racismo está na moda. O fato dos advogados serem tratados como sub-advogados e os juízes como seres acima da Lei é apenas um detalhe.

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