Coaf nega investigação contra Glenn Greenwald, diz Conjur

Órgão afirma que sequer tem competência legal para promover devassa na conta do jornalista do Intercept a pedido da PF, como anunciou o Antagonista na semana passada

Foto: Lula Marques/Agência PT

Jornal GGN – O ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente substituto do Coaf, Jorge Luiz Alves Caetano, negaram que exista pedido investigação da Polícia Federal nas contas bancárias do jornalista Glenn Greenwald, do Intercept Brasil. A informação é da jornalista Tábata Viapiana, do Conjur.

Na terça (9), a jornalita Mônica Bergamo divulgou a preocupação, por parte de ministros do Tribunal de Contas da União que pediram informações ao Coaf, de que a suposta investigação anunciada pelo site O Antagonista fosse, na verdade, “um balão de ensaio” para intimidar o jornalista.

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Em sua passagem no Senado, o ministro Sergio Moro não quis confirmar nem negar se a PF havia, de fato, solicitado ao Coaf uma devassa nas contas de Greenwald. O El País afirma que procurou o comando da PF e o Coaf no mesmo dia, e nenhuma instituição prestou esclarecimento.

A PF tem 4 inquéritos em andamento sobre suposta invasão hacking nos celulares de membros da força-tarefa da Lava Jato e do ministro Moro.

O Ministério da Economia (responsável pelo Coaf) respondeu ao TCU, segundo o Conjur, que “não tomou parte de nenhuma questão relacionada aos fatos, não havendo, por conseguinte, orientado ou determinado nenhuma providência por parte do Coaf em eventuais investigações levadas a efeito.”

“Já o Coaf informou que não faz investigações, nem mesmo a pedido da Polícia Federal ou de qualquer outro órgão, e também não analisa as contas de pessoas físicas e jurídicas”, anotou o site especializado no mundo jurídico.

“Jamais será o Coaf a vasculhar contas bancárias em busca de operações suspeitas de lavagem de dinheiro. Além de ser materialmente impossível, já que o Coaf não dispõe de acesso direto a contas bancárias, falta-lhe competência legal para tanto”, disse Caetano.

Greenwald denunciou a ameaça de investigação à comunidade internacional. Ele afirmou que a tentativa de intimidação era uma clara violação à liberadde de imprensa e retaliação pela série da Vaza Jato.

Redação

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