Com aumento da informalidade, desemprego tem primeira queda desde 2014

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Foto: Valdecir Galor/SMCS
 
Jornal GGN – Dados divulgados nesta sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a taxa de desemprego teve a pirmeira queda significativa desde o final de 2014. 
 
O índice no segundo trimestre deste ano (abril/junho) ficou em 13%, um redução de 0,7% na comparação com o trimestre anterior, de janeiro a março. No entanto, no mesmo período de 2016, o desemprego afetava 11,3% da População Economicamente ativa do Brasil. 
 
O IBGE apontou que a queda na taxa ocorreu devido ao aumento da informalidade e não através da criação de vagas formais. “Há mais pessoas sem carteira e por conta própria, que não têm garantias trabalhistas”, disse Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento. 
 
No trimestre imediatamente anterior, a taxa de desocupação estava em 13,7%. Os números divulgados hoje mostram que a população desocupada fechou o segundo trimestre em 13,5 milhões de pessoas, uma queda de 4,9% (menos 690 mil desocupados), na comparação com o trimestre móvel anterior.

 
Porém, a população sem emprego ficou 16,4% acima do total estimado no mesmo trimestre de 2016. Segundo o IBGE, a população ocupada é de 90,2 milhões de pessoas no segundo trimestre, uma crescimento de 1,4% na comparação com o período de janeiro a março, o que representa o ingresso de 1,3 milhão de pessoas no mercado de trabalho. 
 
O número de empregados formais ficou praticamente estável, com queda de 0,2%, cerca de 33,3 milhões de trabalhadores. Já o número de pessoas sem carteira assinada aumentou 4,3%, chegando a 10,6 milhões. O trabalho por conta própria cresceu de 1,8%, e atingiu 22,5 milhões de pessoas.
 
Segundo dados da Pnad Contínua os grupos nos quais o emprego mais cresceu foram a indústria e os transportes.
 
“Verificamos que houve crescimento na indústria alimentícia, motoristas de transportes de passageiros e também nos segmentos ligados à beleza, como cabelereiros, pedicure e manicure. Nessa última categoria, é maciça a presença de pessoas que trabalham por conta própria”, afirmou Azeredo.
 
O IBGE também apontou que o rendimento médio real das pessoas ocupadas ficou estável em relação ao trimestre encerrado em março de 2017, passando de R$ 2.125 para R$ 2.104, e também na comparação com o mesmo período de 2016, quando era de R$ 2.043.
 

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Redação

9 Comentários

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  1. Dados de desemprego são

    Dados de desemprego são difíceis de analisar. Sugiro que vejam a Tabela 27 e o Gráfico 27 da PNAD

    http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/trabalhoerendimento/pnad_continua_mensal/default.shtm

    Sem ser especialista nessa área, observo o seguinte:

    1) Antes da crise, em 2012/ 2014, a taxa de desemprego apresenta um máximo no trimestre móvel jan/fev/mar. Em seguida, declina ao longo do ano.

    2) Em 2015 e 2016, esse padrão (se é que podemos qualificá-lo como tal, pois na planilha há dados apenas a partir de 2012), é interrompido, e a taxa passa a se elevar de forma sistemática.

    3) Em 2017, o padrão parece estar de volta, só que em patamares mais elevados. Ou seja, pico no trimestre jan/fev/mar de 2017 e declínio a partir de então.

     

    A queda que observamos a partir do trimestres fev/mar/abr de 2017 pode ser interpretada como indicando simplesmente uma estabilização do desemprego e volta do padrão anterior.

  2. Aumento da Informalidade

    É o que anda nas ruas.

    Anda, é ainda adolescente, e pergunta: Vamos fazê um pograma?

    Há anos não via isso nas ruas.

    A Informalidade chegou.

    Como não são nossas filhas, sobrinhas e netas. Tudo está bem!

  3. Não há nenhum indicador na

    Não há nenhum indicador na economia que justifique em um trimestre o emprego de 690 mil pessoas.  Não é comum em estatisticas de desemprego em nenhum Pais esse tipo de salto repetino ainda mais quando a economia NÃO está crescendo,

    segundo as estatisticas de PIB.

    Há ai algum problema de metodologia ou algum ajuste estatistico.

    Em situações como a do Brasil de hoje é preciso não confiar muito em estatisticas porque mesmo sem má fé mudanças metodologicas podem impactar e passar despercebidas.

    Captar a situação das ruas, das filas nos serviços de saude, ver o que povo diz pode ser mais realista do que as planilhas.

    1. André, o país voltou a

      André, o país voltou a crescer.

      Nesse segundo trimestre estamos presenciando uma leve retomada que vem ganhando força.

       

    2.  André, veja o comentário que

       André, veja o comentário que coloquei abaixo, o primeiro que foi publicado. O que há é um modo de apresentar os dados que pode levar a más interpretações (como, por exemplo, a crise está sendo revertida).

       

      A taxa de desemprego normalmente parece atingir o seu pico no trimestre móvel jan/fev/mar e a partir dai declina. Para ilustrar: no ano de 2013 temos:

      jan/fev/mar 8,0

      fev/mar/abr 7,8

      mar/abr/mai 7,6

      abr/mai/jun 7,4

      Ou seja, caia 0,2 a cada trimestre móvel; 0,6 no período. Parece ser um padrão sazonal.

       

      Em 2017, temos:

      jan/fev/mar 13,7

      fev/mar/abr 13,6

      mar/abr/mai 13,3

      abr/mai/jun 13,0

      Ou seja, 0,7 no período.

       

      Desde 2012, esse padrão só foi interrompido nos anos de 2015 e 2016, quando do acirramento da crise. Nesses dois anos, a taxa só cresce.

      A partir desses dados, até onde posso ver, pouco se pode concluir. Minha intuição é que a crise pode ter se estabilizado num patamar de depressão. Mas são necessárias mais informações.

    3. André, não caia na tentação

      André, não caia na tentação de contestar os números se elas não se encaixam no seu modelo.

      Seja mais inteligente e conteste o seu modelo porque ele não se encaixa aos numeros.

      Você está subestimando a vontade dos brasileiros de dar a volta por cima.

      O Brasileiro não precisa que alguém pise no acelerador por ele.

      Só precissa que o carro esteja em condições. O resto a gente faz.

      Acredite no brasileiro, acredite no Brasil.

      Comemore a redução do desemprego.

      Outras tantas notícias boas virão daqui para a frente.

       

  4. A torcida contra o Temer e

    A torcida contra o Temer e contra a equipe economica está deixando voces todos cegos.

    A retomada economica está em curso. Vão haver soluços, tropeços mas o Brasil se colocou em marcha.

    Como ficará o catastrofismo do Nassif e do André Araújo à luz desses dados se confirmando?

    Aqui onde eu moro já vejo diversas lojas que estavam antes com as portas cerradas, com trabalhadores fazendo as reformas.

    Está se abrindo as cortinas para o Espetáculo do Crescimento.

  5. Atenção para o seguinte

    Atenção para o seguinte parágrafo:

    O número de empregados formais ficou praticamente estável, com queda de 0,2%, cerca de 33,3 milhões de trabalhadores. Já o número de pessoas sem carteira assinada aumentou 4,3%, chegando a 10,6 milhões. O trabalho por conta própria cresceu de 1,8%, e atingiu 22,5 milhões de pessoas.

    Ou seja:

    1) Houve um grande movimento de saída do mercado de trabalho, o que faz o desemprego cair, já que o denominador diminuiu.

    2) Onde se criou emprego foram em setores que empregam sem carteira assinada.

    Continua sem haver uma retomada do emprego formal. O resto é conversa fiada, tipo o bot que veio aqui elogiar o Meirelles.

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