Como Bolsonaro virou presidente do Brasil? Livro propõe 5 fatores para a ascensão

"A ascensão do bolsonarismo no Brasil do Século XXI", obra do jornalista Cesar Calejon e do fotógrafo Adriano Vizoni, lançada pela Lura Editorial, analisa os grandes fatores que possibilitaram a ascensão do capitão expulso do Exército

No dia 7 de outubro de 2018, o candidato do Partido Social Liberal (PSL) à Presidência da República Federativa do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, recebeu os votos de 49.276.990 brasileiros durante o primeiro turno das Eleições: 46,03% dos votos válidos. Por uma margem pequena, o ex-capitão do Exército Brasileiro não assumiu a chefia do Executivo na primeira instância do pleito e sem contraproposta a ser avaliada no segundo turno.

De acordo com o autor e jornalista Cesar Calejon, esse é um fato ainda mais significativo do que a própria eleição de Bolsonaro no segundo turno, com 57.797.464 votos. Na obra “A ascensão do bolsonarismo no Brasil do século XXI”, publicada pela Lura Editorial, Cesar explica que cinco grandes forças motivaram a votação maciça que o até então deputado federal teve na eleição presidencial de 2018: o antipetismo, o elitismo histórico, o dogma religioso, o “sentimento de antissistema” e a disseminação de notícias falsas ou discurso de ódio e medo a partir do uso de ferramentas como WhatsApp e Facebook.

A fim de entender como essas forças atuaram para possibilitar essa ascendência, Cesar realizou diversas pesquisas e entrevistas com doutores em Ciência Política e Relações Internacionais, jornalistas, psicólogo, neurocientista, personalidades e profissionais que participaram ativamente dos acontecimentos mais expressivos dos últimos anos, como o ex-ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo e Fernando Haddad, candidato do PT à Presidência em 2018.

Calejon utiliza na obra uma abordagem que reúne o jornalismo e o fotojornalismo na construção da narrativa. Para ilustrar os raciocínios apresentados no título, foram utilizadas imagens do fotojornalista Adriano Vizoni, que cobriu a maioria dos eventos abordados na obra, entre 2013 e 2018, para o jornal Folha de São Paulo.

Os capítulos são organizados de forma cronológica e seguem um valor de importância considerando a influência que cada elemento exerceu para a ascensão do bolsonarismo. Eles apresentam uma análise aprofundada dos temas centrais que permeiam a questão, como: aderência da população às retóricas do ex-capitão; os problemas relacionados à educação básica; a influência da mídia sobre a sociedade brasileira e os grupos internacionais que influenciaram de forma definitiva nas eleições brasileiras de 2018. O autor lembra aos leitores que esses mesmos grupos também foram decisivos para os resultados do Brexit, da eleição de Trump em 2016, entre outros.

Por fim, A ascensão do bolsonarismo no Brasil do século XXI debate quais são as expectativas e possíveis implicações, considerando a interação da administração Bolsonaro com a sociedade internacional até 2022, caso o presidente brasileiro realmente cumpra algumas das promessas que foram feitas.

Independentemente do posicionamento político-partidário, Cesar Calejon tem a intenção de que os leitores, a partir desse livro, entendam que existe uma nova estrutura sociopolítica determinada a partir de 2019, com outros agentes, novos equilíbrios de poder, filosofias distintas, diferentes alianças e narrativas sendo orquestradas para outra elaboração organizacional.

SERVIÇO:
Data: 15/07 
Horário: às 19h
Local: Livraria da Vila
Endereço: Rua Fradique Coutinho, 915 – Pinheiros – SP
Entrada gratuita, e presença dos autores Cesar Calejon e Adriano Vizoni para uma sessão de autógrafos.

Sobre os autores: Cesar Calejon é jornalista com especialização em Relações Internacionais pela Fundação Getulio Vargas (FGV), onde obteve o maior Coeficiente de Rendimento Acumulado (somatório das notas obtidas em cada disciplina ministrada) do curso e foi eleito o melhor aluno da turma T4. Durante as duas últimas décadas, atuou em algumas das principais agências de comunicação do Brasil e colaborou redigindo para jornais diários e revistas mensais, tais como Go Outside, Fluir e Venice.

Repórter fotográfico do jornal Folha de São Paulo desde 2009, Adriano Vizoni é um dos profissionais mais respeitados e experientes do jornalismo brasileiro. Formado em jornalismo, Vizoni sempre faz questão de ressaltar os aspectos contraditórios de cada história (o outro lado da moeda) e possui o olhar extremamente treinado pelas exigências da profissão.

Redação

4 Comentários

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  1. Meu sentimento aqui e de nojo, nem sei se nojo, explica o que sindo agora, com esse país de bananas.

    Agora vejo o quanto somos manipulados por grupos que pesam serem donos no Brasil.

    STF tem que agir agora!

    Moro e Dallagnol na cadeia já

  2. Alguém testou a hipótese de fraude na totalização das Urnas no Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.
    Se não testaram esta hipótese o resto só serve como especulação para vender livros.

  3. O partidarismo e ideologias estão acabando com o país. Colocar uma pessoa sem o menor preparo e perfil para presidente de uma nação, ainda mais com os artifícios que foram utilizados é o caos completo.

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