Convocação de Bolsonaro para manifestações irrita Congresso e STF

Líderes da Câmara dos Deputados, Senado e do Judiciário cogitam resposta conjunta após discurso do presidente em Boa Vista

da esq. p/direita: Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente do Senado; ministro Dias Toffoli, presidente do STF; e Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados

Jornal GGN – O chamado do presidente Jair Bolsonaro para os atos do próximo dia 15 geraram indignação no Congresso Nacional e no Supremo Tribunal Federal (STF). Em discurso realizado em Boa Vista (RR), o presidente pediu que a população participe das manifestações, afirmando que quem tem medo da rua não pode ser político.

As manifestações da próxima semana são organizadas por ativistas conservadores e, além das fortes críticas ao Congresso, têm como bandeira a defesa do governo e das Forças Armadas – inclusive pedindo o fim do Legislativo e do STF.

Segundo o jornal Folha de São Paulo, a declaração desagradou os presidentes da Câmara, do Senado e do STF. Nos bastidores, Rodrigo Maia (DEM-RJ), Davi Alcolumbre (DEM-AP) e o ministro Dias Toffoli manifestaram indignação com o gesto do presidente.

O assunto chegou a ser debatido na última segunda-feira entre Alcolumbre e Bolsonaro, quando o presidente teria dito não ter a intenção de colocar as ruas contra o Congresso, e que havia ocorrido um “mal-entendido”.

Por isso, o discurso do presidente irritou as autoridades – Alcolumbre e Toffoli chegaram a conversar a respeito e combinaram que, caso exista uma manifestação, ela será conjunta entre Legislativo e Judiciário, e terá um tom mais duro do que os comunicados anteriores.

Contudo, existe a avaliação de que não se pode cair na “pilha” do presidente e responder à atitude de Bolsonaro incisivamente.

Redação

9 Comentários

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  1. Se os Ministros do STF têm medo da rua, eles não podem ser políticos.
    Se o $ergio Moro não tem medo das ruas, ele pode ser político e pode, consequentemente, ser indicado para o $TF. Ele não necessita ter reputação ilibada nem, menos ainda, notável saber jurídico, basta ser terrivelmente evanjegue.

  2. Ora …e quem irá defender essa turma? Afinal, quem vota as sandices desse desgoverno? Quem aprovou a destruição dos direitos trabalhistas? Quem destruiu a previdência pública? Quem chancela e justifica todas as sandices desse desgoverno, inclusive inviabilizando a única opção que o trabalhador tinha para se proteger, a justiça trabalhista???
    No final ser contra o desgoverno miliciano é ser contra essa turma também, é tudo mesma sopa. …indigesta para os mais pobres e vulneráveis….

  3. É uma briga entre amigos. Só foto de gente antipovo, aliás.
    Por causa deles, confunde-se a instituição com aquele que ocupa o cargo/ função.

  4. Se o Bozo não fizer nada este ano, ano que vem a globo o tira e coloca o Mourão no lugar!
    Isso como silêncio mortal do legislativo e judiciário!
    Ai não valerá uma nova eleição que seria ganha pela esquerda, já que ano que vem, queda do governo quem assume é o vice!
    A única chance do Bozo é um golpe e este ano!
    O golpe está a caminho e a preservação até agora do Moro é para que ele, Bozo se alavancar sobre o espólio da Lava-jato, que será mantida para dar verniz a unica coisa popular deste desgoverno!
    Aos empresários será mantida a jogatina!
    E tem banqueiro acreditando que o brasil poderá se tornar um paraíso financeiro do mundo!
    Dar mais rentabilidade ao capital internacional!
    Ele quer transformar a ciranda financeira doméstica em bordel financeiro internacional usando os nossos rabos!
    É mole ou quer mais!

  5. Precisam é parar de divulgar esta bobagem.
    No RJ, desfiles na ZS capitaneados pelas velhinhas do tfp e familias de militares, que so vem ganhando em detrimento do povo. SP idem, mas na paulista.
    Basta arar de retumbar e a globo ignorar, pois se nao sair na Globo nao vão. Afinal, quem assiste sbt ou a tv do macedo?

  6. Há algo mais a dizer nessa questão. Certamente, o Congresso (Câmara e Senado), que apoiaram e foram parte do golpe de 2016, que afastou Dilma Rousseff e o PT do poder e, mais à frente, em 2018, também, omitindo-se, participou da prisão do Presidente Lula (mantido preso por mais de 1 ano) e da eleição de Jair Bolsonaro, ignorando todos os desvios de conduta do candidato (a inexplicável facada, a defesa de atitudes nazi-fascistas, as notícias falsas etc.), evidentemente é favorável ao plano econômico que está, agora num segundo estágio, sendo tocado por Paulo Guedes/Bolsonaro, tendo sido iniciado pelo presidente traidor, Michel Temer/Henrique Meirelles. O plano econômico que foi gestado pelos golpistas e está sendo desenvolvido por Paulo Guedes/Bolsonaro, diria parafraseando, que é o pomo da concórdia entre o Congresso e o desgoverno Bolsonaro. As diferenças entre o Congresso e o segundo presidente dos golpistas no campo político, é tão somente retórica, mantidos o plano econômico e as reformas ditas necessárias para sua implementação e êxito. Daí ser um erro não reconhecer a competência política de Bolsonaro, que já não tem mais dúvidas de que o plano, por cujos aspectos técnicos responde o economista Paulo Guedes, não consegue alcançar os objetivos planejados e anunciados, e o presidente, político experiente, está, de todas as maneiras, claro segundo seu estilo grosseiro e mal educado, lutando para que suas tropas de apoio, com partes já bastante incomodadas, sejam minimamente reduzidas, que explica essa atuação de permanente estado de campanha eleitoral. Todos os golpistas: Forças Armadas, Judiciário, Procuradorias, Congresso e a mídia liderada pela Globo, estão unidos pelo plano econômico que estão implantando para favorecer o grande capital (internacional e no Brasil, liderados pelos EUA). O Congresso e o Judiciário, certamente com o garante das Forças Armadas, sabem muito bem que não dá para Bolsonaro, que dentro do golpe de 2016 não passa, na essência, de um executor do plano econômico, não os ameaça. Esperam o resultado político que advirá das manifestações programadas, até aqui para o dia 15/03 próximo. A partir daí todos, inclusive o Bozo, saberão para que lado penderá a política. Se continua no no mesmo rumo, ou se serão adotas correções a nível institucional, que implicarão em problemas políticos de difícil administração, muito mais por estar as economias, brasileira e internacional, passando por sérios reveses, projetando cenários nada favoráveis para o país que precisa crescer e atender as necessidades básicas da população. A oposição está na sua, somente marca posição, não precipita nenhuma ação, aguarda maiores definições, já que todos sabem que não aprova o plano econômico dos golpistas que faz água.

  7. Numa coisa o presidente tem razão se o três citados tentassem não juntariam 100 pessoas.
    Mas virá uma nota condenando a fala do presidente…

  8. Ora, o congresso e o STF não se “irritaram” quando aceitaram, até com muita animação, a acusação aceita pelo bandido Eduardo Cunha de “crime” de responsabilidade (por honrar despesas públicas).
    Agora que estão “irritados”, vão fazer o quê? Um protestinho pralamentar, digo, parlamentar/judiciário?
    Ou vão esperar até que sejam fechados com apoio de alguma “marcha pela família…”, carimbada pela miRdia como “a voz do povo”?
    Bozo está apostando cada vez mais fichas na mesa, com ou sem blefe.
    Não se vê ninguém pagando pra ver.
    Quando virarem a mesa aí vão fazer o quê?
    Uma coisa é livre manifestação popular.
    Outra é o presidente de um poder promover e incitar a população contra outros poderes.
    Saiu de um “não disse isso” para um “estou dizendo escancarado”.
    Se isso não é crime de responsabilidade, o que mais o será?
    Já sei:
    …”Ou então não será nada!”…

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