Copom corta taxa básica de juros para 3,75% ao ano

Taxa básica de juros registra seu sexto corte, em decisão unânime pelo colegiado; pandemia do coronavírus é citada no comunicado

Decisão de redução dos juros foi unânime por parte do Comitê de Política Monetária do Banco Central. Foto: Reprodução/Banco Central do Brasil

Jornal GGN – O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu reduzir a taxa básica de juros (a taxa Selic) em 0,50 ponto percentual, passando de 4,25% para 3,75% ao ano.

Após um período de 16 meses de estabilidade, este é o sexto corte consecutivo da taxa no atual ciclo, e atingiu seu novo piso na série histórica iniciada em junho de 1996.

No comunicado divulgado após a reunião, o Bacen fala dos efeitos da pandemia causada pelo coronavírus, que tem gerado “uma desaceleração significativa do crescimento global, queda nos preços das commodities e aumento da volatilidade nos preços de ativos financeiros” e, diante desse cenário, mesmo com a provisão adicional de estímulo monetário por parte das principais economias, “o ambiente para as economias emergentes tornou-se desafiador”.

A autoridade monetária também lista outros pontos relacionados à conjuntura global, como o nível de ociosidade, que pode gerar uma trajetória de inflação abaixo do esperado. Segundo o BC, “esse risco se intensifica caso um agravamento da pandemia provoque aumento da incerteza e redução da demanda com maior magnitude ou duração do que o estimado”.

Por outro lado, o Banco Central brasileiro diz que “o aumento da potência da política monetária, a deterioração do cenário externo ou frustrações em relação à continuidade das reformas podem elevar os prêmios de risco e gerar uma trajetória da inflação acima do projetado no horizonte relevante para a política monetária”.

“O Copom entende que a atual conjuntura prescreve cautela na condução da política monetária, e neste momento vê como adequada a manutenção da taxa Selic em seu novo patamar”, diz o BC. “No entanto, o Comitê reconhece que se elevou a variância do seu balanço de riscos e novas informações sobre a conjuntura econômica serão essenciais para definir seus próximos passos”.

Redação

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