Jornal GGN – O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu reduzir a taxa básica de juros em 0,75 ponto percentual, de 3% para 2,25% ao ano.
Este é o oitavo corte consecutivo da taxa Selic no atual ciclo, chegando assim a um novo piso da série histórica iniciada em junho de 1996.
“Considerando o cenário básico, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis, o Copom decidiu, por unanimidade, reduzir a taxa básica de juros em 0,75 ponto percentual, para 2,25% a.a”, diz a autoridade monetária, em nota divulgada após a reunião. “O Comitê entende que essa decisão reflete seu cenário básico e um balanço de riscos de variância maior do que a usual para a inflação prospectiva e é compatível com a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante, que inclui o ano-calendário de 2021”.
Por conta dessa redução, o Brasil também passou a registrar juro real (que desconta a inflação) negativo, de -0,78% ao ano, segundo cálculos elaborados pela MoneYou e a Infinity Asset Management, a 27ª menor taxa dentre 40 economias pesquisadas.
Em termos de taxas nominais, o percentual de 2,25% coloca o Brasil na 11ª posição dentre as 40 maiores taxas nominais do mundo.
O corte de 0,75 ponto percentual não foi considerado uma surpresa por parte dos analistas financeiros, muito por conta da desaceleração da atividade econômica decorrente da pandemia da Covid-19.
“O Copom entende que, neste momento, a conjuntura econômica continua a prescrever estímulo monetário extraordinariamente elevado, mas reconhece que o espaço remanescente para utilização da política monetária é incerto e deve ser pequeno. O Comitê avalia que a trajetória fiscal ao longo do próximo ano, assim como a percepção sobre sua sustentabilidade, são decisivas para determinar o prolongamento do estímulo”, pontua o colegiado.
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