Coreia do Norte diz que Trump declarou guerra por twitter

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Fotos: AP Photo e Evan Vucci
 
Jornal GGN – O ministro do Exterior norte-coreano, Ri Yong Ho, afirmou nesta segunda-feira (25) que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou guerra a seu país e que, por isso, o país tem o direito de adotar contramedidas, como abater aviões norte-americanos, ainda que não estiverem em seu espaço aéreo.
 
Para Ri Young Ho, o tweet de Trump publicado neste sábado (23), em um tipo de ameaça contra o chaceler e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, de que “não estarão por perto muito mais tempo” pode signifcar uma declaração de guerra.
 
“Como os Estados Unidos declararam guerra ao nosso país, temos todo o direito de tomar contramedidas … inclusive para derrubar aviões bombardeiros estratégicos dos Estados Unidos, mesmo quando não estiverem dentro do espaço aéreo do nosso país”, disse Ho, em frente ao hotel que está hospedado, próximo da sede das Nações Unidas em Nova York.
 
Por Michelle Nichols e Ben Blanchard
 
Da Reuters
 
NOVA YORK/SEUL (Reuters) – O ministro das Relações Exteriores da Coreia do Norte disse nesta segunda-feira que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou guerra a seu país e que Pyongyang se reserva o direito de adotar contramedidas, incluindo abater bombardeiros dos EUA mesmo se não estiverem em seu espaço aéreo.
 
Ri Yong Ho disse que um tuíte de Trump publicado no sábado, no qual o presidente alertou que o chanceler e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, “não estarão por perto muito mais tempo” se cumprirem suas ameaças, equivale a uma declaração de guerra.
 
“O mundo todo deveria lembrar claramente que foram os EUA que declararam guerra primeiro ao nosso país”, disse Ri a repórteres em Nova York.
 
“Como os Estados Unidos declararam guerra ao nosso país, teremos todo o direito de adotar contramedidas, incluindo o direito de abater bombardeiros estratégicos dos Estados Unidos mesmo se não estiverem dentro da fronteira do espaço aéreo do nosso país”, afirmou Ri.
 
“A questão de quem não estará por perto muito mais tempo será respondida então”.
 
A Casa Branca classificou de “absurda” a afirmação de Ri de que os EUA declararam guerra à Coreia do Norte.
 
“Nós não declaramos guerra à Coreia do Norte. Francamente, a sugestão disso é absurda”, disse a porta-voz da Casa Branca Sarah Sanders a repórteres.
 
No sábado, bombardeiros B-1B Lancer da Força Aérea norte-americana escoltados por caças voaram no espaço aéreo internacional sobre águas ao leste da Coreia do Norte, uma demonstração de força que se seguiu a uma troca de farpas entre Trump e Kim a respeito dos programas nuclear e de mísseis norte-coreanos.
 
A Coreia do Norte, que permanece tecnicamente em guerra com os EUA porque a Guerra da Coreia de 1950-53 terminou em uma trégua, não um tratado de paz, vem trabalhando para desenvolver mísseis equipados com ogivas nucleares e capazes de atingir o território continental norte-americano, e realizou seu sexto e maior teste nuclear neste mês.
 
Pyongyang acusa os EUA, que têm 28.500 soldados na Coreia do Sul, de planejarem uma invasão e ameaça destruir o rival ocidental e seus aliados asiáticos com frequência.
 
Mas a escalada retórica recente das duas partes vem alimentando tensões e provocando temores de um erro de cálculo de qualquer um dos lados que poderia ter repercussões gigantescas.
 
O Pentágono disse que o voo dos bombardeiros indicou o alcance das opções militares disponíveis a Trump, mas autoridades dos EUA vêm enfatizando reiteradamente que, apesar da guerra de palavras, o governo prefere uma solução negociada para a crise.
 
O porta-voz do Pentágono, coronel Robert Manning, respondeu ao alerta de Ri sobre a derrubada de bombardeiros de seu país dizendo que o Pentágono apresentará opções para o presidente lidar com a Coreia do Norte caso suas provocações continuem.
 
Reportagem adicional de David Brunnstrom, Idrees Ali e Doina Chiacu em Washington, Zhu Zhang em Pequim, Elizabeth Piper em Londres e Kiyoshi Takenaka em Tóquio

 

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

11 Comentários

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  1. Líderes mundiais?

    Eu fico olhando e imaginando a conversa que teve o Trump com o Temer…

    Eu já ouvi muita conversa de bêbados na vida, mas isso ai deve ter superado tudo!

    O Trump deve ter dado quase uma ordem em forma de sugestão, e o temer deve ter respondido com mais uma mentira…

    Ele mente o tempo todo…

    Agora isso…

    Trump e Kin Jong Un…

    O Trump vive fora do planeta e o Kin é outro!

    Você olha para a Europa, para a América latina, o troço está feio…

    A coisa está preta no quesito qualidade dos líderes mundiais…

     

  2. Escória da Humanidade
    Cambada , escória da Humanidade , ambos!
    Produtos de tempos bicudos , vazios de grandeza , de pudor , de intensa pobreza de espirito ( no sentido amplo , nada a ver com religião ! ), de profunda falta compaixão , dos gestos midiáticos , teatrais , hipócritas , da desgraçada vitória da imagem sobre a essência , da regressão mental do homem a 80-100 anos atrás!
    Com todas as restrições que podemos (e devemos) ter ao tipo (deformado) de comportamento psico-social que os EUA legou à Historia, temos de reconhecer com justiça seus legados culturais ( ex. , a sua maravilhosa música ) e tecno-cientificos ! Homens como B. Franklin , T. Jefferson , Lincoln , Roosevelt, corariam de vergonha da realidade de seu país, se pudessem ressucitar nos dias de hoje !
    Vergonha , vergonha , vergonha !
    Esse é mundo atual que temos !
    PS. E ainda existem uns idiotas vira latas aqui que acreditam e propalam aos quatro cantos que o Brasil é a “alma mater” da patifaria moral universal ! Somos atrasados , sim , em vários quesitos , vide a Educação !
    Mas o instinto humano é o mesmo, em grandeza e miseria , em Quixeramobim ou Paris !

  3. É uma tragedia para os EUA e

    É uma tragedia para os EUA e para o mundo que em uma situação de serio conflito um chefe de estado com as responsabilidades de um presidente americano se comunique por twiter sem qualquer reflexão ou seriedade, como se fosse  brincadeira ou fofoca, é coisa que nunca antes aconteceu. Uma situação que exigiria o mais alto nivel de diplomacia

    e de inteligencia nas mãos de um amador hiperativo, o mundo é um caos e a historia sempre surpreende.

    1. Ele é um reflexo da cultura

      Ele é um reflexo da cultura de ode a psicopatia que tomou conta dos EUA – não porque as pessoas simplesmente votaram nele por ele ser um psicopata (ou se esforçar o quanto pode para se tornar o mais parecido com um), mas porque o establishment, desde a mídia até as finanças, tá todo tomado por eles.

      Não havia muitas opções para a população; essa é a solução Madsoniana na sua versão moderna: o caos. E psicopatas adoram isto – eles gostam de se sentir perigosos ao pensar que eles são mais fortes no caos. São viciados nisto como um viciado em cocaína. 

      1. Trump representa uma PARTE da

        Trump representa uma PARTE da população americana, o centrão do Meio Oeste que perdeu a industria e os empregos,

        Trump NÃO representa a Costa Leste mais culta e sofisticada e nem a California, anti-conservadora e culturalmente

        alternativa. Trump perdeu no voto popular, foi eleito pelos defeitos do sistema eleitoral, ele não tomou conta da opinião

        publica americana, foi eleito pelos ignorantes que não sabem qual é a capital da França.

  4. O porta voz da koreia que

    O porta voz da koreia que está em …. NOVA YORK!! 

     

    São uns globais, vivem passeando pelo mundo, curtindo a vida, igual ao Aécio, que herdou tudo, nunca trabalhou, não tem nenhum projeto pelo Brasil (Zero projetos). Aécio só fala em ptptptptptptptptppt. 

    Estamos lascados com esses playboyzinhos filhinhos de politico. 

  5. O futuro da humanidade. . .

    O futuro da humanidade nas mãos de dois loucos megalomaníacos, é como se nos anos 40 houvesse dois Hitler ao invés de um só. E se o louco Trump resolve atacar de verdade a Coréia do Norte e a China tomar as dores de seu vizinho, o que poderia acontecer? Rússia apoiaria a China e poderia eclodir a Terceira Guerra Mundial, desta vez com armas atômicas ao invés de canhões.

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