Coronavírus: Paulinho Payakan morre no Pará

Líder kayapó estava internado no Hospital Regional Público do Araguaia desde o dia 09 de junho; Payakan era defensor da exploração sustentável da Amazônia

Foto: Midia Ninja/Cobertura Colaborativa (via amazonia.org.br)

Jornal GGN – O líder indígena Bep’kororoti, conhecido como Paulinho Payakan, morreu nesta quarta-feira vítima de coronavírus, após um período de dez dias internado no Hospital Regional Público do Araguaia, localizado na região sudeste do Pará.

Paulinho Payakan trabalhou como grande defensor da demarcação das terras indígenas e da expulsão de garimpeiros e madeireiros. Ao lado de lideranças como Mario Juruna, Tuíra Kayapó e Raoni Metuktire, Payakan teve papel fundamental no processo da Constituição Federal de 1988, que consagrou o direito ao território aos povos indígenas.

O líder da tribo kayapó também era conhecido como defensor da exploração sustentável da Amazônia, e atuou contra a construção de usinas hidrelétricas no Xingu.

Em 1998, o cacique foi condenado a seis anos de prisão pela 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Pará pelo estupro, em 1992, da estudante Sílvia Letícia Ferreira. A esposa de Payakan, Irekran, foi condenada a quatro anos acusada de ter agredido Letícia para facilitar a ação do marido.

Segundo informações do portal G1, a família se comprometeu a não realizar o ritual de pinturas no corpo do indígena para evitar o contágio da doença. “O Dsei está dando apoio à família. Nos termos da Covid, ele deveria ser enterrado imediatamente, mas entendendo que ele é uma liderança Kayapó, nós articulamos com a família que ele fosse enterrado na aldeia Ulkré, que é a aldeia de origem dele”, disse o coordenador do Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) na região Kayapó, Lázaro Marinho.

(com informações da Folha de São Paulo)

 

Leia Também
Coronavírus: OMS afirma que Brasil precisa redobrar cautela
Coronavírus: Venezuela denuncia Bolsonaro à ONU por “negligência”
OMS volta a interromper estudo sobre hidroxicloroquina
Coronavírus avança em municípios com intensa atividade minerária. Veja balanço de MG
Governo usa apenas 28% dos recursos para despesas emergenciais na saúde
Redação

1 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. “…Em 1998, o cacique foi condenado a seis anos de prisão pela 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Pará pelo estupro, em 1992, da estudante Sílvia Letícia Ferreira. A esposa de Payakan, Irekran, foi condenada a quatro anos acusada de ter agredido Letícia para facilitar a ação do marido…” Seis anos de prisão por ESTUPRO? Se livrou de Sequestro e Cárcere Privado? O que tem a dizer as Entidades de Direitos Humanos e de Defesa das Mulheres? Onde estão os pronunciamentos destas Entidades Esquerdopatas? Ou Alguns são mais Iguais que Outros? O mesmo que impedindo Autoridades e Imprensa “Brasileiras” de entrarem em Reservas Indígenas, alegando a preservação do modo de vida (como vemos na câmera fotográfica último modelo da foto) bloqueou a Entrada com Caminhonetes de Luxo ostentado cintos e fivelas de ouro. Realmente um Grande Símbolo da Luta de ONG’s Internacionais e Marina Silva. Imprensa dando Palanque a um Estuprador Condenado? Pobre país rico. 90 anos de Estado Ditatorial Absolutista Caudilhista Assassino Esquerdopata Fascista, suas Elites, Satélites e Feudos. A Verdade é Libertadora. Mas de muito fácil explicação. DENILSON

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador