Cunhambebe e Eduardo Cunha, vidas paralelas

O Deputado Eduardo Cunha só tem um paradigma na História do Brasil: o tupinambá Cunhambebe. Apesar de ser covarde, o presidente da Câmara dos Deputados tem nariz, bereba no rosto e queixo semelhantes aos do valente tupinanbá https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1036383589718802&set=a.345737828783385.85599.100000415136357&type=1&theater.

Hoje me dei conta de que há outras semelhanças entre os dois.  Ambos lideraram algumas centenas de seguidores em guerra contra o Brasil. O primeiro fustigou o litoral de São Paulo. O outro fustiga o entorno do Lago Paranoá. Eduardo Cunha aparentemente tem genes indígenas, mas ele não tem nem a força nem o destemor de Cunhambebe.

A CNBB trabalha em favor do Dilma Rousseff exatamente como Manuel Nóbrega trabalhou em favor dos colonos. Cunhambebe foi derrotado algum tempo depois dos jesuítas conseguirem impor uma trégua à Confederação dos Tamoios. Cunha não quer qualquer trégua, mas já está na defensiva. Em breve será derrotado como seu duplo indígena do século XVI.

O Brasil continua atropelando índios. Mas neste caso o atropelamento não fará mal nem ao país, nem aos verdadeiros indígenas (que são odiados por evangélicos como o atual presidente da Câmara). O líder da primeira Confederação dos Tamoios morreu com o tacape em riste, provavelmente fazendo a guerra aos seus inimigos. O líder da Confederação dos Tamoios no Parlamento será abatido com uma única paulada judiciária na moleira.

Cunhambebe continuará a ser lembrado, pois disse a “Jau ware sche”* a Hans Staden enquanto devorava um português http://library.albany.edu/preservation/brittle_bks/Staden_ViagemBrasil/Part1chpt43.pdf. Eduardo Cunha será rapidamente esquecido, pois rugia como uma onça e agora que foi acusado de pedir e receber propina passou a miar como um gatinho assustado. “Che reimbada inde!** – dirá a maioria do STF quando o mandar Eduardo Cunha para a Papuda. Quando isto acontecer o Brasil reencontrará seu rumo histórico.

 

 

 

*Sou onça, está gostoso.

**Você é meu animal cativo.

Fábio de Oliveira Ribeiro

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