Jornal GGN – A ministra Damares Alves, da pasta de Mulher, Família e Direitos Humanos, alegou agenda muito ocupada para faltar a um compromisso que ela mesma havia firmado junto aos parlamentares da Comissão da Mulher. A presença da titular era esperada nesta terça (2).
Damares escapou de questões como, por exemplo, o novo posicionamento do Brasil perante a ONU (Organização das Nações Unidas) quanto aos direitos reprodutivos das mulheres. A pastora tem histórico na luta contra o aborto em qualquer situação. A ministra também seria questionada sobre a falta de projetos para a violência doméstica e outros temas ligados à Mulher.
Na semana passada, Damares participou de um evento ligado às mulheres. Mas não da Comissão da Mulher da Câmara dos Deputados. Tratava-se, na verdade, de um evento da Secretaria da Juventude de seu Ministério. Na pauta, as “armadilhas do feminismo”. A ministra foi prestigiar a palestrante da vez: a deputada estadual Ana Caroline Campagnolo, famosa nas redes sociais por militar contra feministas e professores.
COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DISCUTE ANISTIADOS
Na quarta (3), a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados realizada, a partir das 10h, no auditório Freitas Nobre, uma audiência pública reunindo associações e especialistas da área da justiça de transição, para abordar a situação dos anistiados.
Desde que assumiu o Ministério de Direitos Humanos, Damares concede entrevistas e faz declarações que colocam em xeque o futuro da Comissão de Anistia. Na semana passada, a ministra anunciou uma auditoria na Comissão, e vem insinuando que há fraudes na concessão de indenizações.
“O governo federal tem feito manifestações sobre a atuação da Comissão da Anistia e também em fazer uma revisão da anistia. Então, chamamos o Ministério Público, entidades e anistiados para ter uma posição atual sobre a situação e ver o que pode ser feito para evitar mais esse retrocesso nos direitos já conquistados pela população”, explica Helder Salomão (PT), presidente da CDHM.
Devem participar da audiência representantes da Procuradoria-Geral da República, Comissão de Anistia, Associação dos Metalúrgicos do ABC, anistiados políticos do Exército e anistiados civis. A presença de Damares não foi informada.
CPI DA ANISTIA
Enquanto isso, na Câmara, a deputada Carla Zambelli (PSL) propõe a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a Comissão Nacional da Verdade (CNV), que vigorou entre 2011 e 2014. Já o Márcio Labre (PSL-RJ) quer que o Tribunal de Contas da União (TCU) fiscalize as indenizações que são pagas atualmente aos anistiados.
Com informações da Agência Câmara
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Compreendam a ausência desta figura; tinha agenda com Cristo na goiabeira.