De saída, Mansueto diz que “âncoras” do ajuste fiscal continuam no governo

"O ajuste fiscal não muda. As âncoras do ajuste fiscal são o teto do gasto e o ministro Paulo Guedes"

Jornal GGN – O secretário do Tesouro Mansueto de Almeida disse na manhã desta segunda (15) que sua saída, a partir de agosto, não altera nada na política econômica do governo Bolsonaro. Segundo ele, “o ajuste fiscal não muda. As âncoras do ajuste fiscal são o Teto do Gastos e o ministro Paulo Guedes.”

“O investidor não tem que olhar para minha saída, tem que olhar para o ajuste fiscal, que é o Teto dos Gastos. Para mudar isso, precisa mudar a Constituição. Então não vai mudar absolutamente nada na política econômica”, afirmou em entrevista à CNN.

Mansueto afirmou que sai do governo Bolsonaro ao final de julho porque está há 4 anos no Ministério da Economia e já está “cansado”. Ele comentou que a saída se dará antes do governo começar a discutir os programas pós-covid. Nos próximos 45 dias, ele cuidará da transição.

“Não há desentendimento. Na verdade é difícil sair do governo dado o excelente relacionamento que tenho com eles todos.”

Em entrevista à CNN Brasil, ele criticou o pagamento de benefícios sociais para todos os trabalhadores informais do País, uma ideia que pode sair do papel com o programa Renda Brasil.

“Nenhum país do mundo combate informalidade transformando a informalidade em programa de transferência de renda. Isso é gerar um gasto como o da Previdência Social, que foi tão difícil a gente mudar. (…) A gente tem que atacar as causas da informalidade, não trazer 40% da mão de obra para um programa de transferência de renda.”

Ele negou que sai do governo por desentendimento com a equipe econômica. Ele elogiou a iniciativa de Paulo Guedes, de querer rediscutir os programas sociais com o Renda Brasil.

Mansueto ainda afirmou que o governo deverá discutir, após a pandemia, a reforma tributária e reforma administrativa.

Redação

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