Debates são bons para emissoras, não para eleitor, por Janio de Freitas

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Jornal GGN – O articulista Janio de Freitas, em sua coluna de hoje na Folha, afirma que os debates ajudam as emissoras, mas que os eleitores não são beneficiados. Para ele, o que se tem na mídia é bem parecido com discussões de botequim.

A utilidade desses programas seria a oferta de informações, propósitos de cada candidato, para que o eleitor pudesse comparar entre as várias possibilidades do seu voto. Na forma como fazem, viram diversão para o eleitor. 

Um candidato sabe que pesquisa e memorização das falhas de seus adversários é mais efetivo que organização de propostas e argumentos. Da mesma forma, treina para se defender dos ataques que receberá por seus pontos vulneráveis. Se existem ideias, se o candidato as têm, serão guardadas para momentos improváveis ou mesmo frases fugidias.

Para Janio a televisão transmite, não um debate, mas uma rinha com transmissão ao vivo, e tão útil aos eleitores quanto as brigas de galos.

Lembra que em 2014, os enfrentamentos consagraram uma palavra para o que os candidatos fariam na TV, e é desconstruir. Quem lançou a pérola foi o candidato midiático, Aécio Neves, destacado no jornal O Globo: “Vou desconstruir a Dilma”.

Tal expressão é finalidade comum aos debates já exibidos. Bem como em entrevistas onde apresentadores e jornalistas entram com a tarefa principal de desconstruir. Junte-se a isso o tempo de ocupação dos entrevistadores, que vai de 40% a 30% do tempo que deveria ter sido usado para exposição do candidato.

Collor usou bem esta tática de ocupar o debate para exterminar adversários, lembra Janio. E cita o famoso debate na Globo que foi um dos determinantes do resultado eleitoral. E, é claro, do que sobreveio com o governo Collor.

Segundo ele, as perguntas entre candidatos facilitam o rebaixamento do debate para mera briga de palavras. “É forma

imprópria até se não há briga, pela diferença de dificuldade, ou de ajuda, entre as perguntas para diferentes candidatos. O eleitor fica sempre sem o que precisa. E as emissoras ganham em qualquer caso”, finaliza ele.

Leia o artigo na íntegra aqui.

 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

2 Comentários

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  1. Este ano vai ficar claro e

    Este ano vai ficar claro e transparente 

    igual as águas do Taiti, estes debates e a propaganda na televisão não servem para nada.

    A midia está dando um tiro no pé ao excluir o PT, o Lula ou Hadad da TV.

    Ao final do pleito, vai dar PT, Lula ou Hadad. 

    E ai vai ficar escancarado que toda esta parafernália da midia não serve para nada.

    Depois desta eleição, só vai participar de eventos da midia, os candidatos tontos ou desesperados, esperando qua a midia os salve.

    Os bons de votos vão dar de ombros e vão esnobar aos tais debates, as tais entrevistas onde os entrevistadores falam mais que os entrevistados e são essencialmente mal-educados.

    Esta eleição vai marcar um importante território: o inicio do fim da hegemonia da midia televisa.

    Sempre dá para extrair algo das tragédias.

  2. Este ano vai ficar claro e

    Este ano vai ficar claro e transparente 

    igual as águas do Taiti, estes debates e a propaganda na televisão não servem para nada.

    A midia está dando um tiro no pé ao excluir o PT, o Lula ou Hadad da TV.

    Ao final do pleito, vai dar PT, Lula ou Hadad. 

    E ai vai ficar escancarado que toda esta parafernália da midia não serve para nada.

    Depois desta eleição, só vai participar de eventos da midia, os candidatos tontos ou desesperados, esperando qua a midia os salve. 

    Os bons de votos vão dar de ombros e vão esnobar aos tais debates, as tais entrevistas onde os entrevistadores falam mais que os entrevistados e são essencialmente mal-educados.

    Esta eleição vai marcar um importante território: o inicio do fim da hegemonia da midia televisa.

    Sempre dá para extrair algo das tragédias.

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