Defesa de Lula quer saber se desembargador é padrinho de filho de Moro

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Jornal GGN – A defesa do ex-presidente Lula pediu que o desembargador federal Pedro Gebran Neto esclarecesse sua relação pessoal com o juiz federal do Paraná, Sergio Moro. O pedido foi negado pelo desembargador e pelo Tribunal Regional Federal da 4ª. Região (TRF-4), nesta quarta-feira (31). Os advogados afirmam que irão recorrer.
 
O pedido de Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira é com base em reportagens que noticiaram que Gebran, um dos membros do Tribunal que revisa as decisões do magistrado do Paraná na Operação Lava Jato, seria próximo de Moro e, inclusive, padrinho de um dos filhos do juiz federal, conforme divulgou Mônica Bergamo, no início do mês.
 
No pedido, os advogados citaram a “necessária equidistância que deve ser observada pelo magistrado”. Assim como a maioria da Turma, João Pedro Gebran Neto quase sempre endossa as decisões tomadas por Sergio Moro em relação a investigados. 
 
Ainda, de acordo com advogados que atuam no Rio Grande do Sul e no Paraná, Gebran constantemente cita Moro como modelo para magistrados, tendo aconselhado novos juízes federais a se espelharem no trabalho realizado por ele. A informação foi publicada no ano passado pelo JOTA.
 
Com base nisso, os advogados de Lula protocolaram um “pedido de esclarecimento”, uma vez que Gebran é o relator do recurso do ex-presidente que questiona a competência de Sérgio Moro para o julgar. Mas em decisão tomada nesta quarta (31), o TRF-4 negou o pedido que tem como base “o princípio da transparência”, acrescentaram os criminalistas. 
 
“Embora se respeite a história do Desembargador Federal Pedro Gebran Neto na magistratura e sua atuação como julgador, a defesa irá recorrer da decisão proferida nesta data, a fim de ver definitivamente esclarecida a sua relação com o juiz Sérgio Moro, premissa para qualquer outra eventual providência jurídica que se faça necessária para assegurar o devido processo legal”, anunciaram Zanin e Teixeira.
 
Abaixo, o Agravo Regimental enviado pelos advogados ao TRF-4:
 
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

18 Comentários

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  1. Surpreendente para mim; pela

    Surpreendente para mim; pela postura, palavreado e gestos sempre imaginei o ínclito como pessoa totalmente asséptica, com dificuldade de toque pessoal. Então, se realmente há filho, se não foi adotado é possível uma réstia de humanidade no ínclito.

    1. Não é um ET afinal?

      Então o ÍNCLITO não é, afinal, um produto de proveta da NASA, financiado pela CIA???   kkkkk   Eh um agente Yanke com característias humanóides, então??  kkkkkkkkk

  2. Compadrio

    É obrigatório que se esclareça se o desembargador federal Pedro Gebran Neto é padrinho do filho do Moro a justiça não pode ser ação entre amigos. A Justiça deve ser impessoal. Nossa este país está virando um PAIS TABAJARA….

  3. Compadrio

    É obrigatório que se esclareça se o desembargador federal Pedro Gebran Neto é padrinho do filho do Moro a justiça não pode ser ação entre amigos. A Justiça deve ser impessoal. Nossa este país está virando um PAIS TABAJARA….

  4. estranho nada

    Em país sério isto nem se cogita. No brasil, agora com b minúsculo, compadrio não é motivo para arguir suspeição de magistrado. A coisa é tão natural quanto auxílio moradia para vivente de casa própria.

    ps. um amigo de Londres diz que a brincadeira por lá para tirar onda com os brazucas é: boicote o brasil, não compre bananas.

  5. Vaza Fé

    Será que não tem ninguem na igreja, provavelmente católica, capaz de vazar esse compadrio, deixando aos dois o onus de se explicarem?

  6. qual a razão para tal

    qual a razão para tal tribunal negar a informação? Juizes e desembargas (que, na verdade, também são apenas juizites) não são pessoas com ramificações familiares e de apadrinhamento? Qual o medo dessa gente travestida de autoridade? E se for, qual a razão para esconder? Ou há muito mais – por debaixo dos panos – entre os doutos juiz e desembarga? Houvesse CNJ e, nele, sua corregedoria, talvez poderíamos saber a respeito. Mas esse lewandovski (que nome, hein?) só usa o cnj para que os conselheiros se levantem quando da sua chegada… dão nojo em lesmas.

  7. Degradação juridica

    O judiciário continua com a sua firme mania de fazer apologia ao crime e, desta vez, em nova trapalhada digna de picadeiro, tenta esconder o que muitos já contam como certo, que é a proximidade do juiz sérgio com o desembargador pedro. Esconder e camuflar essa relação de proximidade é uma forma de promiscuidade com o cargo e com o juramento de posse, de ambos. Os péssimos exemplos de parcialidade, de preconceito explícito, de proteção a malfeitores de partidos golpistas, de conturbadas engenharias criadas para subestimar a inteligência da população e evitar que crimes oraticados por de seus simpatizantes possam virar processos, e a covarde e conivente omissão do judiciário no processo ilegal e imoral do impeachment da Presidenta Dilma Rousseff fez com que a população tirasse a finada popularidade do judiciário, que jazia no lixo e fosse jogada na vala suja do esgoto da impopularidade e no esgoto da falta de credibilidade e respeito.

  8. Parcialidade pornográfica

    A parcialidade da justiça brasileira é pornográfica; logo, não me supreenderia, de forma alguma, se o justiceiro de Curitiba e o desembargador forem compadres. Aliás, o que mais caracteriza o judiciário brasileiro é o compadrio com a Casa Grande. 

  9. MORO & CIA.

    Se Moro faz escola e vira modelo de conduta para a magistratura, que será de nós, simples mortais, diante de uma justiça inquisitorial que diz  “até prova em contrário, você é culpado”?

  10. Sem novidades, afinal ainda

    Sem novidades, afinal ainda vivemos num desgraçadamente amaldiçoado país patrimonialista desde 1500! 
    Resumindo, ainda há uma parte do país que vive nas trevas do feudalismo!

  11. JUSTIÇA PARTIDÁRIA
    Infelizmente, nossa constituição de 1988 foi rasgada e estuprada. Diante disto, cada um julgará pelo seu limitado raciocínio, já que não há mais princípios constitucionais a serem respeitados. País sem lei, voltamos a 1964, os três poderes, estam envolvidos no golpe de 2016, os EUA, é o principal mentor dessa destruição dos nossos direitos e sobre nossas reservas naturais.

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