Delação da Odebrecht leva Garotinho e Rosinha à prisão

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Ex-governadores do Rio são acusados de receber R$ 50 milhões em propina a partir de superfaturamento de contratos e licitação direcionada, segundo delatores

Foto: Agência Brasil

Jornal GGN – Os ex-governadores Anthony Garotinho e Rosinha Matheus foram presos na manhã desta terça-feira (3), no Rio de Janeiro, em operação de órgãos ligados ao Ministério Público, a partir da delação da Odebrecht.

Segundo o jornal O Globo, dois executivos da empreiteira, Leandro Andrade Azevedo e Benedicto Barbosa da Silva Junior, delataram que a Odebrecht teria sido favorecida em licitações superfaturadas em R$ 50 milhões no Estado. A obra envolvia a construção de 10 mil moradias, ao custo de R$ 1 bilhão.

O jornal afirmou que “estudos técnicos” do Ministério Público do Rio apontaram superfaturamento em dois contratos: um superfaturado em R$ 29,1 milhões, e outro, feito após a reeleição de Rosinha, em R$ 33,3 milhões.

Como prova documental, o MP diz que os pagamentos estão indicados em planilhas no Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht “inclusive com o nome da obra vinculada”.

Com as prisões desta terça-feira, são quatro os ex-governadores do Rio presos: Rosinha, Garotinho, Pezão e Cabral, frisou O Globo.

As obras envolvidas são para a construção de casas populares dos programas Morar Feliz I e Morar Feliz II durante os dois mandatos de Rosinha como prefeita (2009/2016).

A operação é do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Coordenadoria de Segurança e Inteligência, órgãos vinculados ao Ministério Público do estado.

Além deles, outras três pessoas são alvo da operação: Sérgio dos Santos Barcelos, Ângelo Alvarenga Cardoso Gomes e Gabriela Trindade Quintanilha.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

2 Comentários

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  1. Novo capítulo da guerra entre a falange local (Campos dos Goytacazes) da farsa-jato e seus batmans do MP e a “famiglia” Garotinho.

    A decretação da prisão é, como sempre, um assombro, pois não há qualquer requisito que lhe dê causa no artigo 312 e/ou 313 do CPP.

    É bom o GGN pesquisar se a prisão não obedece ao cronograma da sucessão local (2020), já que o prefeito atual (Rafael Diniz) anda às turras com a população e com os manuais de ética e gestão pública apregoados pelo MP, ao menos quando estavam na “oposição” ao casal Garotinho.
    Agora, por milagre, o MP de Campos dos Goytacazes não dá um pio sobre a atual administração do neto de uma das mais longevas oligarquias políticas do interior do RJ (Zezé Barbosa, que chegou ao poder com o golpe de 64, através da sub-legenda da ARENA, derrubando o trabalhista José Alves de Azevedo).

    Essa delação vem sendo espremida há alguns meses, parece que agora o delator conseguiu agradar aos torquemadas.

  2. Para a lava jato e toda coligação golpista, qualquer vômito de delação premiada feita pelos encrencados delatores, que, a princípio, seriam condenados a um considerável tempo de cadeia, vale tanto ou mais que essas robustas e verdadeiras provas apresentadas contra eles, desde que sejam contra a oposição e, quase que obrigatoriamente contra Lula e o PT. Então, sem qualquer intenção de defender e muito menos sugerir absolvição do casal garotinho, o que pensar desta operação que parece ser requentada? O que pensar se levarmos em consideração que a estrutura da FT se tornou “Ficha Suja” após as várias denúncias de tramas, trapaças, coações, grampos e outras denúncias apresentadas pelo do The Intercept? O que pensar se observarmos que desde o início da operação lava jato, a FT tenta nos convencer da seriedade e da verdade das delações sem provas feitas por desesperados delatores, sem que eles precisem assumir qualquer compromisso com a verdade? Qual a razão maior para que as delações furadas e sem provas tenham mais crédito que as acusações apresentadas através das gravações documentadas, em flagrante comprovação existente nas conversas entre os membros da FT, Sérgio Moro e outras autoridades e simpatizantes da lava jato? O que procura essa justiça que provoca e premedita algumas condenações, que até a data de hoje são consideradas ilegais e sob suspeitas, por grandes e renomados juristas e pela maioria da população? Até quando a farsa teatral desempenhada por um grupo de péssimos e falsos atores do judiciário irá insistir no abusivo e infame deboche contra a sociedade brasileira? O filme de tanto se repetir já perdeu a graça, ou seja, a cada golpe que a FT ou o governo federal sente, uma cortina de fumaça carregada de fake news desaba através da PF e da grande mídia para desviar a atenção e tentar ganhar fôlego para que novas fakes e fatos fabricados venham a tomar conta do noticiário e tente derrubar o peso e importância do golpe sofrido eplo golpismo.

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