Depois da espionagem da NSA, Alemanha e Brasil se preparam para a guerra cibernética

A ativação da Escola Nacional de Defesa Cibernética (ENaDCiber), no Forte Marechal Rondon, em Brasília, é um passo a mais para o país começar a enfrentar a guerra cibernética

Jornal GGN – A ativação da Escola Nacional de Defesa Cibernética (ENaDCiber), no Forte Marechal Rondon, em Brasília, é um passo a mais para o país começar a enfrentar a guerra cibernética – que, em 2013, levou a NSA, americana, a grampear os telefones de Dilma Rousseff e Angela Merkell.

O fato levou a Alemanha a investir pesadamente no tema e, na semana passada, a inaugurar o maior centro de inteligência cibernética do mundo. Foram investimentos de US$ 1,23 bilhão em uma aérea de 26 hectares, fechado ao público e à mídia. 

O projeto muda a natureza do Serviço Federal de Inteligência da Alemanha, que passa a participar intensamente da defesa cibernética do país. Seu papel é observar eventos em todo mundo e organizar as informações para o governo.

Durante seis décadas, a preocupação central do Serviço era a guerra fria e as disputas com a Alemanha Oriental.

Em 2013, após o caso Edward Snowden revelar que o Serviço de Inteligência Federal da Alemanha havia trabalho em colaboração com as operações de inteligência dos EUA, explodiu uma crise política. Principalmente depois que se soube que o serviço havia espionado aliados da União Europeia e jornalistas estrangeiros.

O início do Serviço, em 1956, tinha suas raízes no estado nazista. Primeiro presidente foi Reiunhard Gehlen, que havia sido general da Wermacht, responsável pela inteligência militar do Terceiro Reich. Depois da guerra, ele ajudou forros americanas a coordenar espionagem na União Soviética.

No ano passado, soube-se que a própria filha de Henrich Himmler havia trabalhado como secretária do Serviço. A mudança da sede serve simbolicamente para marcar a nova era.

Luis Nassif

7 Comentários

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    1. Fosse Dilma na presidência, tecnologia alemã. Ou se não tivesse sido tirada, quem sabe se não seria tecnologia teuto-brasileira?

      Agora, com essa turma que aí está… ou melhor, que está lá, certamente tecnologia dos EUA. E com canais abertos para atualização automática dos programas e dos dados. Tráfego patrocinado pelo Facebook, aquele que vive fingindo indignação, choramingando que, “poxa, né?”, os outros sempre conseguem hackeá-lo, sabe?

      1. Os EUA não são irmãos e nem têm nenhuma intenção de proteger nosso país. Bando de piratas, ladrões, o que puderem roubar de nós, roubarão; o que não puderem, sabotarão para que nós não tenhamos. Isso caso não façamos nada, caso mantenhamos no poder de nossas instituições esses paus-mandados, capitães-de-mato barnabés que golpearam nossa democracia.

        Em tempo: os EUA têm feito isso sistematicamente contra outros países, também, há uns 150, 200 anos no máximo. Não somos, Brasil, nem um pouco “especiais” para a plutocracia estadunidense, para o dólar que estraga até seu próprio país de origem.

  1. (…) é um passo a mais para o país começar a enfrentar a guerra cibernética ” (…)

    O país enfrentar “guerra cibernética”?

    Contra quem?

    Agora as raposas irão defender/proteger o galinheiro? É isso?

  2. Não vai mudar nada. Só vai criar mais uns cargos muito bem remunerados. Os EUA sabem mais sobre o Brasil que a soma de todas a agencias brasileiras juntas. Já se esqueceram do caso SIVAN? Já se esqucereram do roubo do laptop da Petrobrás?

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