Desemprego atinge 12,4 milhões de pessoas na quarta semana de junho

Taxa percentual chega a 13,1%, segundo dados divulgados pelo IBGE; indicador tem seu maior resultado desde o início de maio

Jornal GGN – A taxa de desemprego no mercado de trabalho brasileiro chegou a 13,1% na quarta semana de junho ante o período imediatamente anterior, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O percentual equivale a 12,4 milhões de pessoas desocupadas.

O indicador divulgado atingiu seu maior resultado desde o início de maio, quando o IBGE começou a pesquisar a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Covid-19, e decorre da queda de 84 milhões para 82,5 milhões (-1,5 milhão) de pessoas ocupadas na semana.

Outro dado em queda é o total de pessoas ocupadas que estavam temporariamente afastadas do trabalho por conta do distanciamento social: o montante registrado na quarta semana de junho passou de 11,1 milhões para 10,3 milhões, na comparação com semana anterior. No início de maio, eram 16,6 milhões. “Isso é resultado de pessoas que podem estar retornando ao trabalho, mas também devido a um possível desligamento dessas pessoas do trabalho que elas tinham”, analisa a coordenadora da pesquisa, Maria Lúcia Vieira.

Entre os ocupados, 8,6 milhões trabalharam de forma remota, o que representa 12,4% de trabalhadores não afastados do trabalho em virtude da pandemia. Esse grupo segue estável desde a primeira semana de maio (8,5 milhões).

Também houve queda no total de pessoas que estavam fora da força de trabalho, mas gostariam de trabalhar e não procuraram trabalho devido à pandemia ou por falta de trabalho na localidade em que vivem (17,8 milhões). Já a taxa de trabalhadores na informalidade ficou em 34,5% na quarta semana de junho, atingindo 28,5 milhões de pessoas. No início de maio, eram 29,9 milhões.

Na quarta semana de junho, o IBGE projeta que 170,1 milhões de pessoas estavam em idade para trabalhar, mas 82,5 milhões estavam ocupadas, número menor que a semana anterior (83,9 milhões) e que primeira semana de maio (83,9 milhões) – ou seja, menos da metade (48,5%) estava trabalhando na quarta semana de junho.

 

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Redação

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