Cresce o neonazismo no mundo, na Europa mais ainda. A conjuntura econômica e social contribui com uma crise há muito não vivida. Milhões de desempregados, a memória do sofrimento do período entre-guerras se aguça trazendo de volta antigos fantasmas e sombras. Velhos, antigos e distantes anátemas voltam a ser ouvidos, assimilados e proferidos. Agora não só contra judeus, neste momento estão lá, atraídos pelo discurso da felicidade e conforto da sociedade de consumo, de uma Europa pós-guerra ansiosa por mão-de-obra barata, africanos, asiáticos, muçulmanos, hindus, latino-americanos, negros, não muito negros e não brancos. Todos a experimentar o veneno de uma fala que os desqualifica e desumaniza. Uma peçonha atirada por Anders Behring Breivik, na Noruega, em julho do ano passado, contra jovens inocentes e indefesos. O terror está de volta na Grécia, Itália, França, Espanha e onde mais o sofrimento com as medidas neoliberais avança. Onde o pensamento único sobrevive, mesmo quando inabilitado por sua própria prática infantil, o desejo pelo desejo.
Silêncio, racistas e intolerantes!