Diferente do imaginado, eleição fica sem protestos

Protestos de 2013 não se repetiram nas eleições como previsto

Quando todos esperavam que os protestos de 2013 voltassem com força antes das eleições, só aconteceu um fato nesse período mudando o curso da história: a morte de Eduardo Campos, fazendo ressurgir Marina Silva. Ninguém foi às ruas nem antes nem depois disso.

Com pesquisas eleitorais indicando políticos das “velhas” práticas quase (re)eleitos, a conclusão que se chega é que as manifestações do ano passado foram contra a Copa do Mundo. É a explicação mais plausível dessas mesmas pessoas não estarem hoje marchando em algum lugar das grandes cidades.

O Mundial de futebol se tornou Judas. Não precisava de posição política para reclamar dos descontroláveis gastos com o torneio e seu baixíssimo retorno à população. O resultado estava visível!

Todo mundo percebeu isso quando alguns foram manifestar contra o aumento da passagem do transporte público. A reboque, veio um monte de reclamação. O bojo da crise foi à falta de prioridade – ou desleixo mesmo – dos governos federal, estaduais e municipais com o transporte, a saúde, a educação.

Mudou-se pouco de lá para cá. Os governos em todos os níveis e os inoperantes parlamentares tentaram se mexer. Mas preocupados com as eleições de 5 de outubro, deram um cala-boca e foram cuidar de suas vidas – alguns com o dinheiro alheio.

Como as manifestações foram dispersas, com grupos revoltosos de todas as tendências políticas (ou nem isso), esse pessoal agora está também cada um cuidando de sua vida.

Imagina-se que parte influente desses grupos esteja acomunada com candidatos de diferentes matizes. É legítimo isso. E com certeza está orientada do que deve ou não fazer em época de período eleitoral imprevisível, seguindo o velho ditado: “a palavra vale prata e o silêncio, ouro”.

Ressalto que às pessoas que foram perseguidas por conta da participação nas manifestações desde o ano passado, (excetuando os vândalos) sou absolutamente contra pela forma com que foram tratadas. Houve clara truculência, típica de governos democráticos pela frente e autocráticos por trás.

www.augustodiniz.com.br

Redação

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