Dilma e a superação da síndrome das medidas heroicas

Há dois fantasmas assombrando o mercado: o risco de desequilíbrio fiscal e a impulsividade da presidente Dilma Rousseff.

O desequilíbrio fiscal resolve-se com um plano exequível e gradativo de recomposição das contas públicas. A impulsividade se controla com um plano exequível e gradativo. São dois coelhos com uma só cajadada de um plano exequível e gradativo

Os balões que vêm de Brasília, indicando a iminência de um choque fiscal, logo após o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) cometer a temeridade de aumentar a Selic com a economia patinando, transformarão os fantasmas em assombrações. Pode ser apenas um desses balões que precisam ser empinados para suprir a falta de emoções que se sucede ao final de cada eleição.

Mas o que menos o país necessita, agora, são planos heroicos.

No início de seu primeiro governo, Dilma adotou medidas heroicas contra a inflação, um conjunto das chamadas medidas prudenciais que derrubaram a economia, sem derrubar a inflação.

No meio do seu governo, adotou um conjunto de medidas heroicas para recuperar a economia. Não recuperou a economia e desarrumou as contas públicas.

Anunciar um choque fiscal em um quadro de quase recessão e apontar para um superávit irrealista seria o caminho mais curto para desmoralizar seu segundo mandato.

As agências de rating e o mercado não esperam (nem acreditam) em choques com resultados imediatos. O que reverte expectativas negativas são planos bem elaborados que indiquem uma trajetória realista para as contas públicas, ainda que demore dois anos para os objetivos serem alcançados; e, especialmente, que apontem para uma política econômica consistente, lógica, que não dê margem para improvisos e golpes heroicos.

Dilma recebeu, das urnas, a segunda e última grande oportunidade de fazer um grande governo.

Nessa hora, é preciso prudência, definir a próxima equipe econômica, mergulhar em um plano exequível, exaustivamente discutido – inclusive com outras áreas, para minimizar ao máximo os efeitos deletérios dos cortes. E planejar seu lançamento com pompa, circunstância e racionalidade.

O segundo governo dará a oportunidade para Dilma entrar para o quadro das grandes estadistas mulheres do milênio. Ou não.

Luis Nassif

36 Comentários

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  1. Conversa mole Nassif

    O que é certo é certo.

    O que é errado é errado.

    Se a Dilma fizer o que é certo, ela Acerta!

    Dilma, faz a reforma ministerial com 14 pastas e 72 secretarias.

    Esta conversa de empurrar com a barriga do Nassif é o que os inimigos do povo e da nação esperam, titubeação com o que precisa e não pode deixar de ser feito.

    Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.

    Dilma, acorda!

    Ps: cravei seco aqui no blog a bolsa a 51.000 depois da eleição rsrsrs…

  2. “(…) Dilma entrar para o

    “(…) Dilma entrar para o quadro das grandes estadistas mulheres do milênio. Ou não…”

    Um dia ainda vou entender a mania de projetar com eloquência personagens históricos e quase míticos.

    1. Chiquinho Pedrinho, vou dar
      Chiquinho Pedrinho, vou dar uma explicaçãozinha para ver se entra em sua alma pequenininha e consegue alarga-la um pouco.
      Decisões de um presidente da República mexem com a vida e o destino de milhões de pessoas. Decisàozinha do Chiquinho, no máximo mexe com a vidinha da sua familinha.
      Quando se quer estimular um presidente, acenam-se com seus pares, outros presidentes que mexeram com a vida de milhões de pessoas. Quando se quer estimular o Chiquinho, o chefe fala: Chiquinho, entrega o trabalhinho no horarinho marcado e você ganhará pontinhos comigo.
      Deu para entender a diferença de dimensão entre o Chiquinho e uma governante de país com mais de 200 milhões de habitantes?
      Então, quando o Chiquinho usa sua reguinha para medir presidentes, o máximo que posso dizer é que fica ridiculinha. Assim mesmo, bem no diminutivinho.

        1. Imagine alguém dizendo:

          Imagine alguém dizendo: presidente, se você fizer tudo direitinho, ficará que nem o Chiquinho.

          Chiquinho, tenha um mínimo de noção de proporção. Quem dirige os destinos de um país com 200 milhões de habitantes é muito mais relevante – do ponto de vista histórico – do que Golda Meier e seus poucos milhões de habitantes.

          A primeira presidente da história de um país que é a sétima economia do mundo presta contas para a história, não para os frequentadores de botecos de BH, manja? Um pouquinho de senso histórico melhoraria bem seus causos.

           

  3. DOIS CAMINHOS

    SÃO DOIS CAMINHOS MESMO O CERTO E O ERRADO DISSO NÃO SE CONSEGUE FUGIR E ELA SABE DISSO ESPERO QUE CONTNUE COM O PESAMENTO NO SICIAL SEM ESQUECER DA ECONOMIA.

  4. Se fizer o que o mercado quer

    Se fizer o que o mercado quer e conseguir o que a Europa não conseguiu será considerada estadista

    Se realizar o crescimento dentro dos moldes do 2º governo Lula, será considera interventora e pouco afeita às liberdades

    O mercado pouco se preocupa com equilíbrio fiscal ou contas públicas

    O mercado quer

    câmbio flutuante, metas fiscais e inflação a 3%

    leia-se possibilidade real de especulações e mais lucros – para isso não admitirá juros baixo e câmbio administrado que evitem a especulação e o dinheiro fácil e rezam pelo desemprego. Isso foi dito claramente por Rands, Giannetti e  Armínio

    Dilma quer

    Um regime cambial administrado, estável e competitivo, orçamento equilibrado, pleno emprego e de juros baixos

    1. O mercado somos nós que nos

      O mercado somos nós que nos inserimos nele, a Europa está na merda com uma renda per capita de 40 mil dolares, sistemas de proteção social, de saude e educação a anos-luz dos nossos. cultura espetacular, comida idem, quem está

      com mais dificuldades são os milhões de migrantes arabes, africanos, asiaticos mas ainda assim preferem correr o risco de morrer afogados para entrar na Europa do que ficar no Sul-Sul do Pinheiro Guimarães.

      Quando falar em crise na Europa e EUA, por favor, situem-se no contexto, é almoço executivo no Fasano.

      1. Há quanto tempo. ..
        ..o amigo não vai à Europa?… cada ano que volto a França – e volto todos os anos – cada vez vejo mais degradação na vida dos franceses. .. bueno, deve de ser porque eu não ando pelo “16.eme”.

        O amigo já andou por Roma ultimamente?… Já viu que a cidade virou um imenso camelodro? Qual a diferença entre a Praça Navona – afora os Berninis – e nossas praças cheias de ambulantes?… ah talvez o amigo só frequente Via Borgognona…

        Não, não vou falar do índice de desemprego dos jovens europeus…

      2. Esse tempo acabou

        Passei quinze dias na Europa. Cheguei de volta, no dia da comemoração da vitória do PT/Dilma, o povo está no maior sufoco. Achava que pedinte era coisa do 3º mundo, fui abordado por miseráveis implorando ajuda, em Paris, Roma, Lisboa. Avisos pra todo lado, pedindo para ter cuidado com carteiras e bolsas. Em Nápoles, o desemprego chega a 60% (informação da interprete que nos acompanhava).  Vai pra lá bobo!

    2. Difícil é compreender a razão da retórica de Luis Nassif

       

      Assis Ribeiro (quinta-feira, 30/10/2014 às 11:55),

      Um dia alguém fará um post aqui no blog de Luis Nassif que se chamará “Luis Nassif e a síndrome das análises retumbantes”. Não serei eu, o encarregado deste fardo. Não só porque não tenho estofo para isso, mas porque de certo modo compreendo bem o dilema dilmaniano de Luis Nassif. Um jornalista centrado em São Paulo que precisa manter um blog eclético com orientação de esquerda não tem alternativa senão fazer as críticas constantes a quem recebeu no estado de São Paulo uma votação tão ridícula em segundo turno em uma reeleição.

      Há um tempo conheci um empresário paulista do setor rural. Não era desses radicais anti petista, mas dizia que eles estavam cortando já a carne para aguentar um governo que viera depois do oba oba do segundo governo Lula. Luis Nassif com o foco no agro negócio criticou a política econômica de Dilma Rousseff voltada para o pequeno e médio produtor do agronegócio que em São Paulo se centra na laranja e na cana. Dois setores que perderam muito com a valorização do real que ocorreu nos dois governos de Lula e que a presidenta Dilma Rousseff procurou com afinco corrigir. E no caso da cana, que não é um produto agrícola de importância direta na cesta básica, ela não poderia valorizar muito o cultivo porque já é um produto que utiliza as melhores terras de Pernambuco (A encosta da Borborema) e as melhores terras de São Paulo e se valorizado iria aumentar o preço da terra e o custo da produção da agricultura alimentar no Brasil.

      É bem verdade que a presidenta Dilma Rousseff foi a grande beneficiária da valorização do real, pois foi por causa da valorização que o Brasil pode formar uma grande reservas que dá mais segurança ao governo de Dilma Rousseff. Além disso, a valorização do real após rápida desvalorização na crise de 2008 foi que permitiu se fazer uma política econômica que levasse a eleição de Dilma Rousseff em 2010.

      Há um post no blog do Marco A. Nogueira intitulado “Nada será como antes” de terça-feira, 28/12/2010, e, portanto, há quase 4 anos e para o qual eu fazia referência quando se discutia o estilo de governo da presidenta Dilma Rousseff. O blog de Marco Aurélio Nogueira tem um título interessante: “Possibilidades da Política” denotando um entendimento diferenciado da política. E o título não é surpreendente dada a formação acadêmica dele que se pode ver no Curriculo Lattes dele no seguinte endereço:

      http://lattes.cnpq.br/2644317935020891

      E reproduzo o que se tem lá até a parte que o indica como colunista do jornal O Estados de S. Paulo. Diz lá no Currículo Lattes sobre Marco Aurélio Nogueira:

      “Bacharel em Ciências Políticas e Sociais pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo (1972) e Doutor em Ciência Política pela Universidade de São Paulo (1983). Pós-doutorado na Universidade de Roma, Itália (1984-1985). Livre-docente e Professor Titular pela Universidade Estadual Paulista-UNESP. É professor colaborador do Programa de Pós-Graduação em Ciência Política da Universidade Federal de São Carlos-Ufscar e colunista do jornal O Estado de S Paulo”.

      E o post “Nada será como antes” lá no blog de Marco Aurélio Nogueira pode ser visto no seguinte endereço:

      http://marcoanogueira.blogspot.com.br/search?updated-min=2010-01-01T00:00:00-02:00&updated-max=2011-01-01T00:00:00-02:00&max-results=50

      E a razão para as minhas numerosas referências ao post “Nada será como antes” feitas com mais frequência quando lá no início do governo da presidenta Dilma Rousseff eu buscava debater a relevância do estilo de governo da Presidenta Dilma Rousseff nos resultados que seriam alcançados prende-se ao seguinte parágrafo do post “Nada será como antes”. Diz lá Marco Aurélio Nogueira:

      “Mas nada é tão simples como parece. Todo governante constrói sua biografia e a lógica da política o impele a buscar luz autônoma. Uma hipótese realista sugere que haverá um suave descolamento entre Lula e Dilma. Disso talvez nasça um governo mais ponderado e equilibrado, capaz de substituir a presença de um líder carismático e intuitivo pela determinação e pelo rigor técnico que são indispensáveis para que se possa construir uma sociedade mais igualitária”.

      Fui e sou crítico de Marco Aurélio Nogueira pelo que eu considero a forma acadêmica e o conhecimento que ele utiliza para criticar Lula. E fui um pouco crítico deste parágrafo porque considero que o estilo do governante tem pouca influência no funcionamento da máquina pública. Uma diferença que seria mais relevante seria a que diz respeito a ideologia, e mesmo essa, dada a inércia da máquina pública (O programa de Dilma Rousseff já estava carimbado na Lei Orçamentária para 2015), leva tempo para ter efeito. A relação, por exemplo, entre juro e inflação é mais bem visualizada quando se faz uma comparação com uma defasagem de 18 meses.

      Apesar de crítico a Marco Aurélio Nogueira, hoje eu reconheço que os quatro anos de governo da presidenta Dilma Rousseff apesar de conectados na mesma ideologia com os quatro últimos anos do governo de Lula, foram diferenciados numa proporção muito próxima da prevista por Marco Aurélio Nogueira no parágrafo que transcrevi acima.

      E utilizando o mote da frase com que se procura cunhar Lula: “Nunca dantes neste país”, eu diria que nunca dantes neste país, houve um governo tão racional, lógico e previsível como o governo de Dilma Rousseff. Racionalidade que é bem visualizada na elevação da taxa de inflação para 1,5 pontos percentuais acima do centro da meta e na manutenção desta taxa de inflação no intervalo de + ou – 0,5%. Enfim, nos quatro anos de Dilma Rousseff, a taxa de inflação variou no intervalo de 5,5% a 6,5%. Há racionalidade não só pelo aumento da taxa de inflação como também na pouca variação que a taxa de inflação sofreu, embora eu considere que uma taxa de inflação maior do que o centro da meta é benéfica para o país, mas uma inflação muito estável talvez não seja assim úm resultado muito desejável.

      Ontem eu enviei um segundo comentário junto ao post “Dilma e o PT terão que mudar, por Aldo Fornazieri” de segunda-feira, 27/10/2014 às 10:57, Agora com 88 comentários o meu comentário enviado quarta-feira, 29/10/2014 às 21:06, é o primeiro da primeira página. Deixo, entretanto, o link para a segunda página do post “Dilma e o PT terão que mudar, por Aldo Fornazieri” porque lá se encontra um meu primeiro comentário e que fora enviado segunda-feira, 27/10/2014 às 19:05, para junto do comentário de El Fuser. enviado segunda-feira, 27/10/2014 às 11:59. Então o endereço na segunda página do post “Dilma e o PT terão que mudar, por Aldo Fornazieri” é:

      https://jornalggn.com.br/noticia/dilma-e-o-pt-terao-que-mudar-por-aldo-fornazieri?page=1

      E chamo atenção para os meus comentários junto ao post “Dilma e o PT terão que mudar, por Aldo Fornazieri” por que tenho por mim que há uma grande desconsideração pelo que talvez seja o mais importante aspecto de natureza política e econômica no sistema capitalista e no regime democrático e que é a discussão do processo inflacionário. Nesse sentido remeto a uma reportagem que saiu no jornal Valor Econômico e que eu menciono no segundo comentário que eu enviei para o post “Dilma e o PT terão que mudar, por Aldo Fornazieri”. Trata de reportagem de Vanessa Jurgenfeld publicada no Valor Econômico de ontem, quarta-feira, 29/10/2014, na página A10 e intitulada “Inflação influencia mais o voto do que aumento do PIB” e que pode ser vista no seguinte endereço:

      http://www.valor.com.br/eleicoes2014/3754938/inflacao-influencia-mais-o-voto-do-que-aumento-do-pib

      O link é para a discussão da inflação sob o aspecto político. No meu primeiro comentário e que está na segunda página do post “Dilma e o PT terão que mudar, por Aldo Fornazieri” eu deixo alguns links para a discussão do processo inflacionário sob o aspecto econômico. Estas duas discussões são importantes e não estão sendo feitas. E a importância maior desta discussão sobre o processo inflacionário é que todos nós somos completamente mal informados e desconhecemos tanto os efeitos políticos como os efeitos econômicos do processo inflacionário. E é exatamente do desconhecimento de todos que alguns poucos tiram o maior proveito.

      Clever Mendes de Oliveira

      BH, 30/10/2014

      1. A mudança de percepção social no Brasil do que é inflação alta

        Hoje se fala em uma inflação de 6% ao ano como uma inflação inflação insuportável, levando ao fim do mundo. 

        Para mim esta percepção só interessa aos rentistas que com os robot trades no FX ganham na quinta casa depois da vírgula, assim criam, pela mídia deles esta percepção na sociedade para adiantar só a agenda deles.

        Concordo com o Cléver, números relativos são o mata-burro de grande parte da população e mesmo de economistas.

    3. mais do mesmo

      O crescimento que vc fala Assis no molde do lula no segundo mandato apenas se deu pelo aumento do consumo proporcionado aumento da divida da população, se deu pelos preços das commodities brasileiras e pelo populismo cambial e nada mais, o governo Dilma não difere em nada do seu amado lula (na corrupção tbm), ela apenas deu azar que a fatura desse populismo está chegando no governo dela, foi um estelionato econômico que já não se sustenta mais apesar de pessoas como vc tentarem inflar este balão furado por algum tempo rifando o futuro dos nossos jovens. 

  5. Riscos sempre enormes

    É isso. Enquanto a sociedade não assumir de direito e de fato suas responsabilidades, isto é, o poder mesmo, ficamos a mercê de um governo ter ou não capacidade de comandar e encontrar os caminhos corretos. Vivemos numa era de internet, comunicação instantânea, etc. Temos já a capacidade de buscar ideias mundo afora, trocar experiências e tudo, sob a mais intensa transparência. Mas o jogo continua morno, ineficiente, dependente de um governante, ou talvez, da influência nem sempre ética de pessoas e setores da sociedade que conseguem acesso ao poder. 

    Votei em Dilma, mas sem muitas espectativas.

    Precisamos sim de uma reforma que coloque o executivo sob rédeas curtas, mas ao mesmo tempo, com a sociedade no comando. Chega de dar crédito a um governante de tempos em tempos, e esperar. Isso não dá mais é ultrapassado, mas parece que ninguém vê isso. 

  6. Banco Central e as riquezas do nosso Pre- Sal

    Prezado Nassif 

     

    Assistindo ao  documentarios americanos 

     

     -Inside Job ( ganhador do Oscar 2011 de melhor documentario sobre as causas da crise internacional de 2008 ) 

    http://vimeo.com/39018226

     

    –  Zeithgeist  Addendum  no youtube onde cabe ressaltar o depoimento  do Agente terceirizado da CIA John Perkins que lançou o Livro ” Confessions of an economic hitmam ”  

    https://www.youtube.com/watch?v=2LCE9wtsuyw

     

    E acompanhando a atuação ao longo de anos do Banco Central  , e lendo artigos de economistas indepententes que postam neste portal e de varios comentadores  , chego mais uma vez a triste conclusão de que esta entidade nunca se preocupou efetivamente com o desenvolvimento economico , garantia de emprego e industrialização do nosso pais , apenas em garantir  o lucro dos grandes bancos e rentistas e  submeter o nosso pais colonialismo financeiro moderno preconizado nos documentarios acima citados .  

     

    O Banco Central joga na contramão dos projetos desenvolvimentistas do Governo Dilma  para o nosso pais ,  vou citar apenas um exemplo  :

     

    O aumento de 1% da taxa Selic corresponde a proximadamente a  R$  25 bilhoes em um ano ,

     

    O Governo Dilma se viu obrigado a colocar o campo de LIBRA do Pre- Sal descoberto pela Petrobras para arrecadar no curto prazo R$ 15 bilhoes  para fechar a meta de superavit -primario .  O valor do bonus estipulado pela  ANP de R$ 15 bilhoes foi absurdo  para o sistema de PARTILHA  . A  Petrobras que descobriu o campo foi  obrigada a se consorciar com outras empresas cedendo 60% a empresas estrangeiras  e ficando apenas com 40%  para pagar este bonus . Assistam os seguintes depoimentos do Eng Fernando Siqueira ( Vice Presidente da AEPET – Associação de engenheiros da Petrobras ) 

     

    Depoimento na Comissão de Assuntos Economicos do Senado      https://www.youtube.com/watch?v=3–3YOWgjec

     

    DEBATE BRASIL – Pre-SAL   https://www.youtube.com/watch?v=XLYoYeceR6A

     

    O pior é que com essa taxa de juros SELIC de 11,5%  garantindo pelo menos 5% de ganhos reais é  um absurdo quando comparada  aos outros paises do mundo com a mesma relação DIVIDA /PIB .  Ela não se justifica , voce Nassif corajosamente  assim como outros economistas  independentes ja apontam este absurdo a tempos . 

     

    Ate mesmo o Delfin Neto  ja batizou este absurdo como “O  ultimo peru para seia de Natal no mundo ” 

     

    Na ultima reaunião do Copon ja foi um absurdo manter a taxa de juros em 11 % ao inves de baixa-la  e reduzir o deposito compulsorio para injetar imediatamente 20 Bilhoes na economia quase estagnada  por conta dos NOVE AUMENTOS SUCESSIVOS DA TAXA SELIC de  7.5% ate 11% 

     

    Com base nos depoinmentos dados  no  Programa Debate Brasil  ,  gostaria de alertar  a todos que este aumento da divida interna atraves de taxas de juros absurdas,  tem como objetivo adicional carrear   continuamente  recursos advindos do lucro pela exporação do Pre-sal pela Petrobras para pagamentos de juros e amortizaçoes desta divida , divida esta  que não para de crescer , sabotando um projeto de desenviolvimento deste pais em todas as areas , utilizando as receitas do petroleo de forma adequada , nos moldes como fez a NURUEGA para citar um exemplo .

     

    Nassif  recomendo ainda que realize  um Programa Brasilianas .Org sobre este tema crucial para o nosso desenvolvimento  e convide o Eng Fernando Siqueira e o Doutor Economia J. Carlos Assis 

     

  7. Exagero.
    A visão de que o

    Exagero.

    A visão de que o governo tem tanta influência e controle assim sobre as variáveis da economia é totalmente imprecisa.

    A história diz que, mesmo nas economias mais planificadas, com a ex-URSS e atualmente na China, não há controle total do governo sobre a economia.

    Nem a ex-URSS conseguiu aguentar os choques do petróleo do final da década de 70, nem a China hoje tem conseguido manter o seu crescimento anual de dois dígitos, o que vinha conseguindo nos últimos 20 ou 30 anos.

    Por que raios as pessoas pensam que o governo brasileiro pode ativar ou desandar com o andamento de uma economia de mercado como a nossa, com a nossa dependência de capitais externos e tudo?

    O papel dos governos em uma economia de mercado consiste muito mais em tentar não atrapalhar o andamento da economia num momento de crescimento e não permitir que o período subsequente de depressão seja muito agudo a ponto de criar graves problemas sociais.

    É o que fez a presidenta Dilma no seu primeiro mandato: após o ápice do último ciclo de negócios, a economia naturalmente entrou num momento de marasmo.

    Ela enfrentou este momento com medidas anti-cíclicas para garantir o emprego, o fluxo de renda na sociedade e a arrecadaçãõ de impostos, no que foi muito bem sucedida.  Por outro lado, preparou o terreno para o novo ciclo de crescimento que se avizinha, que deverá ser puxado pelos investimentos em infraestrutura, obviamente que através das concessões públicas, não através de obras públicas licitadas, como era de costume, o que seria inviável.

    Economia nenhuma se ajeita como que por milagre gerando confiança nos empresários através de um bom comportamento moral, uma contabilidade pública precisa  ou coisa do gênero.

    Eu desconheço algum empresário que, antes de investir, analise todas as contas públicas pra ver se tudo vai bem. Isto é a ideologia do Deus Mercado que pretende juros altos e inflação baixa para manter empoçado o seu capital que não tem perspectiva de investimento no curto prazo.

    O que geralmente gera investimentos e dos bons é, pelo contrário, inflação alta e juros baixos. Retirando o porto seguro da renda fixa não resta outra coisa para o capital privado que não seja partir para o investimento na economia real, para não ver o seu dinheiro perder valor ao longo do tempo. O resto é conversa.

    1. Eu o elogiaria mais se houvesse a defesa de Guido Mantega

       

      Droubi (quinta-feira, 30/10/2014 às 14:44),

      Aqui nós nos encontramos em concordância. Embora o meu comentário tenha sido com outro conteúdo, o que você disse tem muito a ver com o que eu disse no comentário que eu enviei hoje quinta-feira, 30/10/2014 às 14:13, aqui neste post “Dilma e a superação da síndrome das medidas heroicas” de quinta-feira, 30/10/2014 às 11:26, de Luis Nassif, para junto do comentário de Assis Ribeiro enviado quinta-feira, 30/10/2014 às 11:55.

      E principalmente em mencionar o exagero de Luis Nassif e na sua defesa da inflação alta, a concordância com o que você diz foi completa.

      A concordância que eu gostaria de ratificar é que eu mais do que dilmista sou guidomanteguista e eu não consegui perceber no seu texto idéia semelhante. Tenho a intuição, entretanto, que no futuro todos vão evoluir para esse mesmo entendimento.

      Clever Mendes de Oliveira

      BH, 30/10/2014

      1. Clever,
        Eu estou de acordo

        Clever,

        Eu estou de acordo contigo, na minha visão é natural que as pessoas cobrem resultados do governo, é natural que o Mantega tenha apanhado bastante nos últimos anos, e é natural até que ele não tenha sido glorificado nos anos de crescimento.

        Ou seja, as pessoas tem a meu ver uma tendência de enxergar que a culpa pela falta de crescimento é sempre do governo e que as fases de crescimento da economia ocorrem apesar do governo.

        Eu tenho uma visão um pouco diferente.
         

        Na minha opinião nestas nossas economias de mercado do mundo ocidental, um bom governo simplesmente se adapta à conjuntura.

        Ou seja, ele tem que se retrair quando a conjuntura é amplamente favorável e fazer o dever de casa nas contas públicas nestes momentos. Tem que aproveitar para baixar a dívida, para arrecadas o máximo que pode e se preparar para o próximo momento que inexoravelmente é de baixo crescimento.

        Neste momento de baixo crescimento é aproveitar que as contas públicas estão em ordem e passar a abrir mão de política fiscal agressiva e política monetária frouxa.

        Tem que ser irresponsável mesmo nos momentos de baixa conjuntura, sabe?

        Ou seja, o pessoal fica cobrando que o governo passe confiança aos investidores, mas a minha visão é exatamente contrária, a meu ver o governo deveria sinalizar ainda mais irresponsabilidade ao mercado, sabe?

        Deveria dar sinais de que não vai se preocupar com a inflação e que vai fazer caca nas contas públicas e que os investidores correm o risco de calote, tinham que fazer ainda mais zona do que foi feita nos últimos anos, só assim o investidor teria a certeza que seria mais interessante investir na economia real do que deixar o dinheiro empoçado na renda fixa.

        Mas quem tem coragem de escrever isto? Só o Paul Krugman e o franco atirador aqui. Se um economista sério escrever isto num jornal brasileiro ele acaba com a sua carreira. Eu como não tenhocarreira em economia mesmo, falo o que eu penso que seja o melhor independente do que as outras pessoas vão pensar, economia pra mim é mais um exercício intelectual e interesse político do que qualquer outra coisa.

        Um abraço.

        1. Contrários

          A estratégia de se posicionar contra-corrente é vencedora, especialmente nos trades de curto prazo. Já na economia de um páis continental como o Brasil, funciona só parcialmente.

          Na sua resposta ao meu comentário você citou o Japão, eu até tinha escrito sobre a economia dele, mas para não tumultuar as idéias resolvi não colocá-lo, mas é o exemplo clássico hoje.

          Aqui no Brasil, para nossa sorte e nosso azar, o país é totalmente diferente, tanto geograficamente como nossa população.

          Soluções muito generalistas como a que você propõe são sedutoras, mas não funcionariam,, sou mais pelas zonas especiais de desenvolvimento, como na China, um país mais parecido com o Brasil que o Japão. Propugno por estes enclaves no território nacional desde o primeiro dia aqui no blog, mas o pleito é muito mais antigo, da década de 1980, sempre me lembro de Miami e de Ciudad del Leste no Paraguay, onde funcionam muito bem.

          Penso que no caso brasileiro, para uma reforma na economia e na administração será necessário uma ousadia maior, será preciso colocar a casa em ordém, pau que nasce torto, morre torto.

          A superestrutura fiscal e administrativa do Brasil é uma verdadeira colcha de retalhos, onde se vai ajuntando, pendurando e misturando tudo, formando um todo ilógico e contraprodutivo.

          Isto tem de mudar, pois o mundo é qualitativamente hoje, muito mais exigente do que era há alguns poucos anos atrás.

          Assim, em vêz de ficar procurando dar sentido para diversos orgãos, departamentos e políticas numa estrutura capenga faz-se o contrário, como voce gosta, começa-se com uma estrutura unitária e vai se dividindo em especializações, assim não se deixa nada de fora e a unidade está garantida.

          Em suma, reforma ministerial com 14 pastas e 72 secretarias, no limite de controle e atenção da presidência da república, com base na Astrologia, Tarot e Geometria.

          Sem isto, neca de pitibiribas.

      2. Guido no limíte

        Concordo que o Guido tem muitas qualidades, mas penso que em seu arsenal técnico faltam algumas ferramentas sem as quais ele não consegue render muito mais do que apresenta hoje.

        Em suma, apesar de ser um excelente Ministro, subavaliado em muitos pontos por nossa mídia vendida e parcial, não acredito que ele possa render  para o Brasil muito mais do que vem apresentando.

        A Dilma terá de ter coragem para atravessar o Rubicão.

        Acorda, Dilma!

    2. Inflação alta e juros baixo

      Pontos mais que clássicos para induzir o investimento. Hoje, em 2014 no planeta terra isto não é o suficiente.

      Temos condições de temperatura e pressão na economia mundial que inviabilizam uma saída com estes dois instrumentos só. O mundo caminha a passos largos para uma estagnação, um recrudescimento mercantilista com uma escalada militar que não pode ser negada.

      O Brasil está fora dos focos principais de atenção e nossas jabuticabas (apreendi com o Nassif esta) nos isolam de certa forma do concerto das nações desenvolvidas, mas por outro lado, exigem soluções e políticas ousadas, pioneiras e diferentes das do resto do mundo.

      Sou mais as minhas mágicas aqui e agora. desistirmos sem discutí-las, na minha humilde opinião, é jogar o bebê fora junto com a água do banho.

      A sáida não é fácil, mas se fosse, todo mundo a usaria.

      1. Estagnação secular
        What is secular stagnation?

        Would the Depression have ended without the war? (Ingfbruno)

        For starters, it has nothing to do with secular versus religious. Instead, the term comes to us from a 1939 presentation given by Alvin Hansen titled “Economic Progress and Declining Population Growth.” In these tailing days of the Great Depression, Hansen was trying to draw a contrast between a cyclical period of slow growth and a structural transformation of the economy. Hansen believed that the world was not experiencing a down period during an up-and-down series of fluctuations. Instead, he said, “we are passing, so to speak, over a divide which separates the great era of growth and expansion of the nineteenth century” from a new era of much slower growth.

        The Depression, in other words, was not a passing phenomenon but rather something that might last indefinitely. Instead what happened is that Nazi Germany launched a war that ended up intersecting with an already-ongoing military conflict between Japan and China. This battle lasted for years and involved nearly the entire planet. During its course, global output surged — though production was mostly dedicated to killing people and blowing things up rather than increasing living standards. But after the war, the economies of Western Europe and North America boomed. Secular stagnation was largely forgotten. But with growth consistently disappointing in recent years, interest in Hansen’s ideas has rebounded.

        Importantly, although the rapid return of growth led to a collapse of interest in the secular stagnation hypothesis it didn’t exactly debunk it. Hansen’s argument was that the American economy lacked the kind of self-correcting forces that would restore an adequate level of demand and end the Depression. The outbreak of a giant world war is definitely not the same thing as an economy self-correcting — it was an enormous external source of stimulus.

        Why are people talking about secular stagnation now?

        The return of interest in the phrase is overwhelmingly due to the efforts of former Treasury Secretary and former National Economic Council director Lawrence Summers. Summers raised the specter of secular stagnation at an International Monetary Fund conference in 2013, saying rather elliptically that he wondered if such discarded ideas “may not be without relevance to America’s experience” as being “profoundly important in understanding Japan’s experience.”

        He has followed up with a number of op-eds and scholarly talks on the subject , which in turn have triggered a great deal of additional commentary. Recently Robert Shiller, a Nobel Prize winning economist, argued that the growing influence of Summers’ revival of the term was responsible for the large stock market downturn that played out in early fall 2014.

        Recently, Gauti Eggertsson and Neil Mehrotra, two economists at Brown University, presented a paper that represents the first attempt to build a complete formal model of secular stagnation, indicating that the idea is becoming a subject of respectable academic inquiry.

        Lines of intellectual influence aside, however, it’s clear that interest in secular stagnation is rising largely because economic growth in the wake of the financial collapse has been disappointing. The American economy has grown, but only slowly. We never got the kind of rapid “bounce-back” growth that historically characterized recoveries from recessions. Even today, the unemployment rate remains on the high side even as the Federal Reserve has held interest rates near zero for much longer than anyone initially thought possible. This confluence of events has made a variety of slow growth theories more popular, and even though people sometimes lump them together secular stagnation is really only one theory among several.

        What are the other growth slowdown theories?
        Where we’re going, we don’t need aggregate demand (Universal)

        Where we’re going, we don’t need aggregate demand (Universal)

        The most prominent alternative to secular stagnation is probably the technological slowdown hypothesis. This view, best represented in academia by Northwestern University economist Robert Gordon, in the business world by investor Peter Thiel, and in the popular press by Tyler Cowen, posits that slow growth is a structural phenomenon due primarily to a slowdown in the rate of technological progress. Cowen’s book the Great Stagnation is a good treatment of these ideas.

        Another idea you sometimes hear about is the Limits to Growth hypothesis which dates back to a 1972 book by Donella Meadows, Dennis Meadows, Jørgen Randers, and William W. Behrens. This is the view that there are fundamental ecological limits to the expansion of human economic activity, and that only a slowdown or cessation of growth can make continued human existence sustainable.

        These ideas distinguish themselves from secular stagnation in that they are primarily ideas about the supply side of the economy. In other words, they say the economy is growing slowly because we are running out of new inventions or natural resources. The secular stagnation hypothesis, by contrast, is the view that the economy can no longer be trusted to maintain an adequate level of demand. One way to dramatize the difference is to specifically focus on unemployment. The technological slowdown hypothesis is primarily the belief that we won’t get much richer over the next few years, even if people do manage to get jobs. The secular stagnation hypothesis is the opposite view — the view that we may get a bunch of shiny new gadgets, but unemployment will stay high.

        How do you cure secular stagnation?
        More inflation might help (Mark Wilson/Getty)

        More inflation might help (Mark Wilson/Getty)

        This is an area in which Summers’ formulation of the problem differs somewhat from the Eggertsson/Mehrotra paper. The paper essentially defines secular stagnation as a period in which unemployment stays high unless inflation-adjusted interest rates stay below zero. In this model, “an increase in the inflation target” — in other words, if the Federal Reserve were to say that in the long run it thinks inflation should run around four percent per year (as it did in the 1980s) rather than the two percent target it currently uses — helps boost the economy by reducing the inflation-adjusted interest rate.

        Summers, by contrast, is skeptical of low interest rates. He thinks low rate policies contributed to full employment in the mid-aughts and late-’90s only by encouraging speculative bubbles in first the stock market and then the housing market. For Summers, the question is not what’s happened for the past five years but rather “can we identify any sustained stretch during which the economy grew satisfactorily with conditions that were financially sustainable” in the last 15 years. In this view, government spending — especially on infrastructure — is the only real cure.

        The Eggertsson/Mehrotra paper also supports the view that government spending can cure the stagnation but is not as unequivocal that this is the best approach.

        Didn’t Hansen’s paper have population growth in the title?
        (Jose Palazon Osma/AFP Photo/Prodein)

        (Jose Palazon Osma/AFP Photo/Prodein)

        Yes. It is not a major point of emphasis in the current iteration of the secular stagnation debate, but essentially all variants of hypothesis agree that faster population growth would cure the problem. When the population is growing rapidly, there is lots of demand for new houses and other buildings and this avoids stagnation. Population growth is also a boost to the supply side of a national economy, since more workers lead to more potential output.

        Given that there are about 138 million people who say they’d like to move to the United States, letting more working age immigrants into the country could be a potent cure for these problems.

        Is the secular stagnation hypothesis right?
        On the pro side, the broad empirical facts appear to fit. Not only has the growth rate been persistently disappointing for years, but inflation has been low. You would expect an economy being hemmed in by supply-side problems to feature high inflation (like in the 1970s), not the low inflation that’s prevailed since 2008.

        On the other hand, the claim that demand could fall short not just for a long time but literally forever is a little hard to model in formal terms without invoking some slightly odd ideas about storage costs.

        More to the point, as the secular stagnation conversation has intensified its empirical motivation appears to have waned. In the 10 months since Summers’ initial secular stagnation talk, the unemployment rate has fallen from 7 percent to 5.9 percent. The number of job openings has steadily risen as well. In other words, while nobody is exactly thrilled with the state of the American labor market, the situation does seem to be improving. It may be, in other words, that we have suffered through a prolonged and painful period of excessively low demand that is slowly but surely ending, rather than an endless depression. These days, that counts as good news.

        1. Caro Weber,
          Eu concordo

          Caro Weber,

          Eu concordo contigo que este tema da estagnação secular é importante.

          Por exemplo, gosto bastante do ponto de vista do Summer´s, por exemplo, que também é de outros economistas como o Krugman, p.ex., em relação a política fiscal. Em suma, se fosse possível, nos EUA e na Europa, politicamente, aprovar um grande pacote de obras de infraestrutura, ou seja, realizar uma política fiscal mais agressiva, seria mais fácil para eles e para o mundo sair desta crise em que estamos.

          O problema é que politicamente não é simples a aprovação destes programas no congresso e o programa que o Obama conseguiu aprovar, p. ex., foi muito tímido comparado ao que seria realmente necessário neste momento. E caso tivesse sido aprovado um programa bem maior, não seria necessária uma política monetária tão agressiva quanto a que os americanos praticaram nos últimos anos, causando inflação e/ou desvalorização do dólar em todo o globo.

          Mas a minha visão de mundo é que no Brasil as coisas são muito diferentes. A teoria da estagnação secular tem como pressuposto questões demográficas dos países desenvolvidos que são muito diferentes das nossas.

          Nos países desenvolvidos, o Japão é um caso clássico, temos um nítido problema demográfico. Pelo contrário, aqui no Brasil, temos bônus demográfico.

          É por isto que eu entendo que por aqui seria muito mais efeciente abrir mão de uma política monetária mais frouxa e uma política fiscal mais agressiva.

          Óbvio que tudo tem um limite e o Brasil não sairá desta crise sozinho, o resto do mundo vai ter que ajudar.

          Eu entendo que o nosso ciclo de negócios deverá entrar em uma fase de crescimento a partir da segunda metade da década. Historicamente, desde 1930, o Brasil tem um ciclo de negócios próprio da nossa economia em que a primeira metade da década é sempre mais recessiva e a segunda metade da década sempre mais de crescimento.

          Ocorre que este ciclo de negócios interno se soma ao ciclo de negócios longo da economia mundial, que atualmente é recessivo.

          Ou seja, estamos passando pelo pior momento econômico, de baixa atividade interna e baixa estímulo externo.

          Minha teoria é que Dilma deveria soltar a verba no próximo ano e deixar que a economia se recupere por conta própria à partir de 2016.

          Mas parece que a estratégia vai ser a contrária.

          Vamos ver no que vai dar.

  8. A situação exige muita

    A situação exige muita habilidade e delicadeza. Coisas que Dilma não tem. E por isso mais uma vez torço pra que Lula, com muito jeito, seja o comandante para evitar que o barco bata na iceberg. Se isso não acontecer e a economia entrar em crise, vou começar a fazer contagem regressiva para o fim do (des)governo dela. Infelizmente, a prosa mineira dela é tão falsa quanto nota de 3 

  9. Alemanha leva Europa para terceira recessão depois de 2008

    O índice Ifo, o indíce econômico mais importante da Alemanha, caiu em outubro pelo sexto mês consecutivo.

    É o nível mais baixo desde dezembro de 2002.

    O chefe do Ifo, Hans Werner Sim fisse que o panorama econômico se deteriou ainda mais “especialmente na indústria”.

    A europa transgride todos osseus  príncipios.

    A Itália recentemente resolveu incluir no cálculo do PIB, as drogas, a prostituição e o contrabando de cigarros e álcool, a partir do próximo ano.

    1. Em que divergiam na Globo MLeitão e DRousseff sobre a Alemanha?

       

      Henrique O (quinta-feira, 30/10/2014 às 16:19),

      Não assisti a uma entrevista que a presidenta Dilma Rousseff concedeu a Rede Globo ou aos jornalistas do jornal O Globo em que houve uma discussão sobre dados da recuperação da Alemanha. Deve ter sido a jornalistas da Rede Globo porque segundo informaram posteriormente a Rede Globo fez menção a questão da divergência dos dados apresentados pela presidenta Dilma Rousseff sobre a recuperação econômica da Alemanha com os dados apresentados pela jornalista Miriam Leitão e mostrou que a Miriam Leitão estava certa.

      Se alguém tem a entrevista gravada vale a pena transcrever esta parte do debate, para que se possa até avaliar qual foi o tamanho do erro da presidenta Dilma Rousseff e do acerto da Miriam Leitão principalmente diante desses novos dados sobre a Alemanha.

      Clever Mendes de Oliveira

      BH, 30/10/2014

      1. A Globo cantou vitória para

        A Globo cantou vitória para Mirian Leitão, mas quem acertou foi a Dilma…

        “Reportagem publicada pelo jornal mais importante do mundo, o The New York Times, reforça que a presidente Dilma Rousseff estava correta durante sabatina no Bom Dia Brasil, da TV Globo, na última segunda-feira 22, enquanto a jornalista Miriam Leitão, que contestou os dados da presidente, errada.

        A discordância de números e as interrupções foram fatores frequentes na entrevista de meia hora, exibida na íntegra pela emissora. Quando Dilma falou que a economia alemã ia mal, Miriam discordou, rebatendo que a mais forte economia da zona euro cresceria 1,5% esse ano, mais que o Brasil, cujo mercado espera crescimento de 0,3%.

        A entrevistadora, no entanto, se referia à expectativa de crescimento da Alemanha, não um avanço real no PIB. Dilma disse que o país europeu havia crescido apenas 0,8% no segundo trimestre desse ano, dado que já foi calculado e divulgado oficialmente.

        A reportagem do NYT, publicada nesta quarta-feira 24, aponta que um dos principais indicadores de confiança das empresas alemãs caiu na terça-feira mais do que o esperado, para o patamar mais baixo desde 2012, intensificando assim os temores de que a economia do país esteja ameaçada de entrar em recessão.

        “A economia alemã já registrou um declínio no segundo trimestre, quando a produção caiu 0,2% em comparação com o trimestre anterior. Outro declínio trimestral consecutivo colocará o país em recessão”, diz a matéria, sobre a economia que, como diz o jornal, serviu de âncora para o restante da zona do euro durante quatro anos de crise intermitente e de crescimento irregular.

        A crise internacional é justificativa frequente de Dilma para o baixo crescimento do PIB brasileiro. Com alguns adendos: enquanto países europeus desempregavam, o Brasil criava vagas, aumentava a renda, mantinha investimentos em infraestrutura e redução da desigualdade. A tese é rebatida por economistas e políticos da oposição. Mas não parece estar nem um pouco incorreta. Os dados da economia alemã são prova disso.”

  10. Nassif está se candidatando a ministro da Economia? Parece…

    Ele está tao certo de saber todos os caminhos, devia se propor para ministro. 

    Ah, e antes que eu me esqueça: IRONIA ON, claro. 

    1. Todos os economistas pensam da mesma forma

      Eles acreditam num jogo de cartas marcadas, numa falsa ciência, inventada para proteger alguns e espoliar outros. Se entregar o poder a qualquer um deles, em poucos anos a pobreza voltará com toda a força, independente da economia crescer, minguar, andar de lado, ou seja lá o que faça. 

    2. Meu maior desafio não é

      Meu maior desafio não é tentar entender a economia. É ter paciência para enfrentar o senso comum. Se você conseguir avançar além do senso comum, avise para providenciarmos um sarau de comemoração.

          1. Tá apelando, Nassif. Para variar, aliás

            Tá dando uma de dona da bola, e sobretudo saindo do assunto. Qual a “presunçao” que manifestei? Nao pretendo ter as respostas… Nem ensinar a presidenta a governar. Isso sim é presunçao. E qem está se auto-vitimando? Para variar, quando criticado, vc dá um “peteleco” e nao responde ao que foi criticado. 

  11. Nasif, o post suscitou uma

    Nasif, o post suscitou uma discussão muito rica e eu, totalmente leigo, fico feliz por isto. É uma oportunidade para aprender.

    Mas me preocupam as notícias que chegam com os nomes cotados para a fazenda. Por elas, voltaremos para o mercaod.

    Sei que em momentos como este exisitem muitos balões de ar quente, que vão estourar logo, logo. Espero que seja o caso.

    Estão falando em Meirelles novamente. E os juros, que subiram agora, vão para onde?

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