Dilma, una-se ao povo, não tens nada a perder.

A cena final do filme El Cid é enigmática, morto El Cid é amarrado no cavalo, à porta do castelo que estava sobre cerco sarraceno é aberta, e o cavalo corre na direção ao inimigo carregando El Cid morto, mas ao ver aquela imagem de seu maior inimigo cavalgando na sua direção morto, vivo ou ressuscitado ninguém espera para verificar, correm da imagem do homem.

É um filme épico, como os bons filmes épicos que eram feitos por Hollywood, numa época em que, por exemplo, apesar de totalmente colonialista, politicamente incorreto e racista as plateias vibravam com os 55 dias em Pequim.

As imagens transcendem os próprios homens e talvez por isto que El Cid o Campeador e 55 dias em Pequim atraíram multidões. O nosso Cid transcendeu a sua pessoa, disse exatamente o que 95% da população brasileira diria se tivesse possibilidade de falar na câmara a frente do bando de saqueadores que orbitam aquele ambiente. Elevou o dedo e mostrou a imagem da farsa configurada na figura do presidente daquela instituição.

Muitos estão achando que o governo Dilma está com os dias contados, porém se ala rapidamente recuperar a imagem de Coração Valente, o que estará com os dias contados é a maior parte dos políticos brasileiros.

Certamente o período das composições partidárias, das negociações tenha chegado ao seu fim, estamos chegando ao ponto de bifurcação na política e no governo Dilma, a encruzilhada se mostra claro e o destino do executivo também, ou se arrasta como um verme ao sabor das velhas políticas de compatibilização e da contemporização e sairá derrubado constitucionalmente, ilegalmente ou mesmo eleitoralmente desmoralizado, ou sairá constitucionalmente ou ilegalmente com um capital político imenso.

Não adianta pensar que o minha casa minha vida, os programas educativos, a bolsa família e outros programas corretos de inserção social serão mantidos até o fim do governo e isto compensa tudo. Pois logo terminado este governo estes programas e mais toda uma plataforma nacionalista serão derrubadas. Não adianta entregar os anéis para não perder os dedos, pois depois dos anéis irão os dedos, o braço e até o pescoço.

O povo quer ouvir gritos altos e claros, não mais programas disto e programas daquilo, pois eles serão digeridos pela imprensa e transformados mais uma ação correta  em pizza.

É chegado o momento do chega, é chegado o momento de Dilma escolher, ou aquela jovem que não tinha medo nem da tortura e da morte em nome de um ideal, para uma que não tenha medo de perder o seu cargo, mas ganhar a história.

Dilma, una-se ao povo, não tens nada a perder.

Redação

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