Jornal GGN – O governo não vai usar recursos públicos que faltam em áreas como educação e saúde para salvar grandes empresas em meio à pandemia do coronavírus. A afirmação foi feita pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.
“O governo não vai pegar dinheiro público, dinheiro que falta para saúde e educação, e simplesmente salvar uma grande empresa, não é assim. É da vida ser abatido, é do mercado. Uma economia de mercado de vez em quando é atingida”, disse o ministro em videoconferência com representantes do varejo.
No caso de empresas com faturamento anual acima de R$ 10 milhões, Guedes afirmou que será reforçado um fundo de garantias de investimentos com um mecanismo chamado de primeira perda.
“Os bancos repassam os recursos. Se tiver uma perda de até 20%, quem paga é a gente. Se 20% foram perdidos, quem arca é o Tesouro. O Tesouro dá uma garantia para que eles possam ter um incentivo a correr um pouco de risco”, disse, segundo informações do jornal Folha de São Paulo.
Desta forma, o patamar de garantia é muito menor do que o liberado pelo governo para empresas menores. Em projeto votado no Congresso com aval da equipe econômica, companhias com faturamento anual de até R$ 360 mil poderão fazer empréstimos com garantia de até 80% do Tesouro.