Do que morre a minha geração?
Não morremos na guerra, não morremos na prisão.
Morremos do prazer pequeno e da sua ilusão.
Quando meninos, morríamos de “desaceleração”
contra o poste, dentro do túnel, na contramão.
Nossos ídolos morreram de amores vãos,
de compartilhar corpos e agulhas de injeção.
Do que morre minha geração?
Morre de pequenos vícios.
Não pulamos de edifícios,
em desencanto,
não abrimos o gás do fogão.
Morremos de prazer barato e inconsequente
do fígado deliquescente
e de câncer no pulmão.
PS: as exéquias coletivas terão lugar na oficina de concertos gerais e poesia.
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Morrer
Que bonito, Bardo! Lúgubre, triste, fatalista.
De Amor; eu diria – e desejaria – de Amor …
Morrer feliz, com o sabor da vida ainda na boca e nas mãos; nas coxas.
Lindo.