Jornal GGN – Os 28 anos em que Jair Bolsonaro foi deputado federal foram marcados por uma incomum rotatividade salarial de seus assessores, além da exoneração de auxiliares que eram recontratados no mesmo dia – uma prática que foi proibida pela Câmara dos Deputados.
A revelação foi feita pelo jornal Folha de São Paulo, a partir da análise dos boletins administrativos da Câmara, onde também foi possível constatar que os assessores de Bolsonaro chegavam a ter seus salários quadruplicados, o que não impedia que os valores fossem reduzidos a menos da metade pouco tempo depois.
A pesquisa mostrou ainda que nove assessores de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) que tiveram o sigilo quebrado pela Justiça durante as investigações sobre “rachadinha” na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro foram, antes, alocados no gabinete do pai em Brasília. E ao menos seis assessores integram a lista daqueles que tiveram intensa movimentação salarial durante o mandato de Jair Bolsonaro na Câmara.
Atualmente, cada um dos 513 deputados possui uma cota mensal de R$ 111,7 mil para a contratação de secretários parlamentares. Cabe ao deputado decidir quantos contratar e em quais cargos encaixar cada um deles – respeitando o quantitativo de no mínimo cinco e no máximo 25 contratados.