Doenças não transmissíveis matam mais

Doenças crônicas não transmissíveis mataram 36,1 milhões de pessoas em 2008, tornando-se a principal causa de morte hoje no mundo. Os dados são do novo relatório da OMS (Organização Mundial da Saúde), divulgado esta semana, durante o Fórum Global de enfrentamento das DNT (Doenças Não transmissíveis), que é realizado em Moscou, Rússia, até sexta-feira (29).

As DNTs foram responsáveis por 63% das mortes que ocorreram em 2008 em todo o mundo, sendo que 80%, ou 29 milhões de pessoas, desse total são dos países de baixa e média renda.  

A diretora geral da OMS, Margaret Chan, considera que o quadro apresenta “uma catástrofe iminente”, pois resulta em perdas de milhões de dólares no rendimento nacional, levando milhões de pessoas para abaixo da linha da pobreza. O relatório também constata que 30% dos óbitos são de pessoas menores de 60 anos.

As principais DNTs são, nessa ordem, as doenças cardiovasculares (17 milhões de mortes), câncer (7,6 milhões), doenças respiratórias (4,2 milhões) e o diabetes (1,3 milhões). Desse levantamento, a OMS conclui que os principais fatores de risco comuns são uso do tabaco, inatividade física, uso excessivo de álcool e dietas pobres.

No Brasil, as DNTs foram responsáveis por 65,9% das mortes entre homens e 76,3% das mortes entre mulheres, em 2004. Os problemas cardíacos respondem pela maior parte dos óbitos em ambos os sexos: 28,8% entre homens e 35,3% entre mulheres.  

A organização recomenda aos países medidas que impeçam a venda de alimentos não saudáveis às crianças e programas para redução de consumo de sal, bem como a implementação da Convenção-Quatro da OMS para Controle do Tabaco, que propõe ações como impostos mais altos sobre o produto, proibição de publicidade e legislação para restringir o fumo em lugares públicos.

Para acessar o relatório na íntegra, clique aqui.

Redação

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