Doria desiste do “relaxamento” e prorroga quarentena em SP até 31 de maio

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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"Autorizar o relaxamento agora seria colocar em risco milhares de vidas, o sistema de saúde e, por óbvio, a recuperação econômica", diz governador

Jornal GGN – O governador João Doria (PSDB) anunciou nesta quinta (8) a prorrogação da quarentena em São Paulo até o dia 31 de maio. Havia expectativa de que o tucano detalhasse hoje o plano de flexibilização para setores da economia que ainda estão paralisados por conta do coronavírus.

O tucano afirmou que o Estado atravessa o “pior momento” da pandemia de coronavírus e que, por causa da expansão da doença pelo interior, pelo aumento de casos na região metropolitana e pela queda nas taxas de distanciamento social, não haverá “relaxamento” das restrições adotadas até agora.

“Autorizar o relaxamento agora seria colocar em risco milhares de vidas, o sistema de saúde e, por óbvio, a recuperação econômica, disse Doria. “Retomaremos, sim, tão logo possível, na forma certa e no momento adequado, respeitando a ciência.”

Segundo o governador, em abril, o Estado registrou aumento de 3.300% nos números de casos de coronavírus pelo interior. Na região metropolitana, os casos cresceram 770% em apenas 30 dias.

“Estamos todos atravessando o pior momento da pandemia. Só não reconhece, não vê, não percebe, não identifica isso aqueles que estão cegos pelo ódio ou ambição social”, disse Doria.

O governador também afirmou que “houve desrespeito”, nas últimas semanas, aos apelos para que a população fique em casa. O índice de isolamento social ficou abaixo no patamar dos 47%, sendo que os cenários traçados pelo Estado, para retomar gradualmente algumas rotinas paralisadas, dependia de uma taxa superior aos 50%.

Para a equipe médica que respalda as decisões do governo, o índice ideal era de 70%, porque dessa forma, a taxa de contágio cairia para 1, ou seja, a pandemia ficaria sob controle.

BALANÇO. Segundo dados oficiais e projeções do governo, São Paulo poupou 41 mil vidas desde que adotou as medidas de mitigação contra o coronavírus.

Apesar disso, há um dado preocupante: a velocidade da propagação do vírus atualmente é quatro vezes maior, no Estado todo, do que era no começo da pandemia.

A taxa de ocupação de leitos em todo o estado é de 70%. Na região metropolitana, 90%.

Em breve, novas informações.

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Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

3 Comentários

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  1. Pois é, o Dória está fazendo o jogo certinho da comunicação. Promete relaxamentos, monta as regras para “aliviar” psicologicamente a população e depois traz a realidade para confrontar o afrouxamento das medidas. Prefeitos Brasil afora usam o mesmo recurso. Se o presidente, sem nenhuma estratégia, sabedoria ou apoio de gente realmente comprometida a salvá-lo usasse o mesmo método, estaria sendo bem melhor cotado e não teria o mundo e o país contra. Com seu tempo e energia voltados completamente para proteger os malfeitos de familiares e de seu entorno, vai experimentando o inferno em sua vida e o pandemônio em sua psiquê já tão perturbada.

  2. Alemanha, de pouca histeria e pouco isolamento, voltando ao normal. Até campeonato Alemão já é retomado. Suécia, exemplo para OMS, de tática contra a tal doença sem nenhum Isolamento. Portugal, Taiwan, Turquia, Escócia,…. AntiCapitalismo de Estado Ditador Absolutista Parasitário. Seria apenas coincidência? Para quem serve a histeria e caos de Dória fora Dória e a Velha Política? (que aliás continua intacta com sua mordomias, mamatas, super salários, pensões nababescas, super faturamentos, fundões partidários e todos tipos de parasitismos)

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