Aldo Fornazieri
Cientista político e professor da Fundação Escola de Sociologia e Política.
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Doria e Bolsonaro e a marcha fascistóide, por Aldo Fornazieri

Ilustração: Laerte Coutinho

Doria e Bolsonaro e a marcha fascistóide

por Aldo Fornazieri

Algumas pessoas de esquerda e democratas bem pensantes se apressaram em condenar a ovada que o prefeito João Dória recebeu em Salvador. Na verdade, os manifestantes soteropolitanos devem ser parabenizados, pois Dória merece ser alvo de muitas ovadas por ser um elemento provocador, desrespeitoso, estimulador do ódio, usando frequentemente uma linguagem e práticas que resvalam para a arruaça política. Dória precisa ser tratado como inimigo, já que ele trata as pessoas progressistas e de esquerda como inimigas.

O condoer dos progressistas com a situação de Dória mostra o quanto muitos setores de esquerda perderam a noção da luta política. Antes de tudo, note-se que ovadas são práticas de protesto recorrentes nas democracias. Para citar casos recentes, Emmanuel Macron foi atingido com um ovo na cabeça nas últimas eleições francesas, Marine Le Pen recebeu uma chuva de ovos e François Fillon foi enfarinhado. Níccolas Maduro também foi atingido por ovo nas últimas manifestações. Para lembrar outros casos aqui no Brasil, José Serra, Paulo Maluf, Marta Suplicy, Mário Covas e vários outros políticos também foram atingidos por ovos. Nessas ocasiões, ninguém fez tanta fumaça como está sendo feito agora com o prefeito bem-vivente dos Jardins.

Os progressistas condoídos parecem ser seguidores da moral dos evangelhos e dos pacifistas, bem assinalada por Max Weber: “se alguém te ferir na face direita, ofereça-lhe também a outra”, o “não resistas ao mal pela força” ou o pacifista que depõe as armas e as lança longe em respeito ao Evangelho. Em política, todas essas máximas expressam uma ética sem dignidade, como indica o sociólogo. É assim que hoje vemos progressistas dóceis, domesticados, sem virtù e sem coragem em face da virulência dos brutos, dos soberbos, dos violentos, dos pregadores do ódio, dos arrogantes e dos raivosos. Dória e Bolsonaro são dessa estirpe. Todos os estudos sobre o totalitarismo e o fascismo mostram que onde esses movimentos e líderes triunfaram, em grande medida, se deveu à covardia e à omissão dos democratas, dos liberais e dos progressistas.

A pregação da violência e do ódio por parte de Bolsonaro dispensa comentários, pois ele o faz de forma explicita, aberta e direta, galvanizando a simpatia de milhões de pessoas que perderam as esperanças nos partidos e nos políticos. Já, Dória, vai pela via da mentira, da sinuosidade e do cinismo, num jogo em que estimula a violência ao mesmo tempo em que imputa aos seus alvos a prática da violência, enquanto ele se apresenta como o pacifista, o educado, o civilizado. Basta ver os vídeos que gravou após a ovada para ver esse método tão praticado por movimentos totalitários, quanto por charlatões que enganaram suas vítimas em todos os tempos.

Após receber a ovada de militantes do PC do B, Dória afirmou que aquela intolerância expressa o caminho do PT, de Lula e das esquerdas. Esta declaração é uma provocação clara. Nos dias seguintes se manifestou contra o ódio ao mesmo tempo em que chamava Lula de mentiroso e mandava os ativistas de esquerda para a Venezuela. Outras declarações de Dória: “É melhor ser um nada do que ser um ladrão como o Lula”; “Trabalho desde os 13 anos e o Lula nunca trabalhou. Vive às custas dos amigos”. Afirmou várias vezes que visitaria Lula em Curitiba onde o petista estaria preso, provocou ativistas nas ruas e em eventos e recorre a uma linguagem de ódio e de exclusão. Tudo isto são formas de violência política que desencadeia mais violência política. Acrescente-se que Dória sequer tem respeito aos fundadores do PSDB, como demonstrou com FHC e outros, e está empenhado de corpo e alma na empreitada de traição a Alckmin, seu padrinho, na disputa pela candidatura presidencial.

Tal como a propaganda totalitária dava ênfase às supostas fundamentações científicas de seus argumentos, Dória confere status de infalibilidade aos métodos de gestão empresarial que estaria aplicando na Prefeitura. Ocorre que, tal como a cientificidade dos totalitários era falsa, a gestão empresarial de Dória também é falsa. A gestão Dória é uma montanha de mentiras. Quase todos os programas novos que anunciou são programas antigos que estavam em andamento, simplesmente  rebatizados com nomes novos. A “Cidade Linda” é a maior das mentiras, assim como o João trabalhador, o João gari, o João varredor de ruas etc. São Paulo, como assinalaram alguns líderes tucanos, está abandonada, tem um prefeito que não prefeita, um gestor que só viaja pelo Brasil e pelo mundo, gastando o dinheiro dos cofres públicos para fazer proselitismo político e demagógico visando sua candidatura presidencial.

Basta ler as “Origens do Totalitarismo” de Hannah Arendt para saber a razão do sucesso de Dória junto à opinião pública. Esse sucesso conta com três pilares principais: 1) carência, descrença e desesperança das massas; 2) sua atomização e desinformação; 3) sua crença nas ficções criadas pelas mentiras da propaganda. O sucesso desses lideres e movimentos de viés totalitário e fascistizante antes de chegarem ao poder, se assenta, diz Arendt, “na sua capacidade de isolar as massas do mundo real”.

Dória ou Bolsonaro, certamente, não seriam capazes de criar um regime totalitário no mundo de hoje. Mas o totalitarismo e o fascismo hoje se manifestam de outras formas, em ondas parciais, que envolvem vários aspectos da vida social e arrastam as pessoas para práticas nada democráticas mesmo que acreditem na democracia.

Esses líderes e movimentos, investidos de poder, se tornam perigosos. No passado praticaram à larga o terrorismo de Estado e o extermínio em massa. Dória se mostrou capaz de pequenas vilanias, praticando pogrons contra drogados e doentes e mandando jogar jatos de água fria, em pleno inverno, em moradores de rua.

Os bem pensantes progressistas e de esquerda pregam que é preciso reduzir o ódio e aumentar o diálogo, promover debates de alto nível. Sim, tudo isto é necessário, mas onde é possível e com quem é possível. Com Dória e Bolsonaro não é possível. Usar boas maneiras, oferecer a outra face, significa se deixar passar por cima por essas ondas protofascistas que estão vindo com força. Subestimá-las, representa um erro fatal. Convém lembrar que quase todos os líderes totalitários e fascistas foram subestimados no início de suas carreiras.

Para combater Dória e Bolsonaro é preciso entender o fenômeno que eles representam, compreender a especificidade de cada um e os seus métodos de fazer política e de se promover através da propaganda e das mentiras. Os progressistas e as esquerdas vêm colhendo derrotas e fracassos sucessivos. Poderão colher uma estrondosa derrota em 2018. Se é para ser derrotado, que o seja com luta, coragem e dignidade. Que não seja com o mi mi mi das boas maneiras para com quem as trata como inimigas. E se for para buscar a vitória, que se mudem os métodos, os discursos e os modos de agir e que se  saiba quem são e como agem os inimigos.

Aldo Fornazieri – Professor da Escola de Sociologia e Política (FESPSP).

 
Aldo Fornazieri

Cientista político e professor da Fundação Escola de Sociologia e Política.

21 Comentários

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  1. Jogar ovo faz parte do

    Jogar ovo faz parte do currículo de quem está na política. Portanto, não vai alterar o preço do dóllar, quero dizer, dória [rs]. Nossa esquerda é incompetente pra difundir o calcanhar de aquiles de seu inimigo. No caso de Dória, um calcanhar de 200 milhões de reais de patrimônio e a pergunta óbvia – como alguém sem roça, indústria ou balcão de loja juntou tudo isso? 

    Ouvi dizer que o Dória entrevistou pro programa dele o Suplicy. Dúvido que Suplicy tenha feito essa pergunta a Dória. Esse é seu ponto fraco – e não a cabeça pra receber ovo. 

    1. Será que o cara é corrupto?

      Sem maiores informações não se pode afirmar que o Doria é corrupto. Mas, pode-se afirmar, sem recorrer a convicções, que seu perfil apresenta evidências de corrupção. Porquê a riqueza é o “baton na cueca”, a materialidade, do crime de corrupção. Se alguém tiver como comprovar a origem lícita de tão vultoso patrimônio particular acumulado, sem ser produtor, nem industrial, nem fazendeiro e nem banqueiro, pode-se afastar a suspeita de corrupção. Mas a evidência permanece.

      A não ser para a nova jurisprudência do direito, largamente adotada no suposto julgamento da AP 470, e nas sentenças condenatórias da Farsa a Jato, onde foi inventado um novo tipo de crime de corrupção. Aquele suposto crime baseado em convicções praticado por um suposto criiminoso surreal: O CORRUPTO POBRE. Esse novo tipo de criminoso talvez só possa vir a ser estudado e compreendido na nova “literatura do Direito”, proclamada pela Dona Rosa Weber, orientada por aquele alquimista do Direito Penal, daquela vara multijurisdicional de Curitiba.

      1. O patrimônio de Dória é

        O patrimônio de Dória é fazendo lobby – aquela ponte entre governos de partidos amigos e empresários. O velho e descarado lobby. Parafraseando Hobbes, o Lobby é o lobo do homem (rs) Aliás, uma sugestão = ao invés de tacar ovo, um desperdício de comida imperdoável numa época em que o Brasil começa a entrar de novo no mapa da fome, façam cartazes com perguntas assim = DÓRIA, 200 MILHÕES DE PESSOAS DE PESSOSAS QUEREM SABER DE ONDE VÊM OS SEUS 200 MILHÔES DE REAIS. 

        Garanto que ele preferiria ser atacado com os ovos do estoque de uma granja do que ver isso. Mas infelizmente nossa esquerda usa métodos do século XIX e está mais preocupada em detonar a letra da última música do Chico, porque acham que a letra é uma apologia ao adultério. Direita tosca e sem escrúpulos e uma esquerda antiquada – não há país que resista a essa combianação mortal. 

  2. Aviso ao próximo fascista q tratar minha genitália com violência

    Eu não exijo que fascistas tratem a minha genitália com carinho, eu apenas exijo que esses porcos não a tratem com violência, como aconteceu ontem à tarde numa praça, onde eu e outro negro estávamos.

    Pois bem. chegaram 4 policiais em duas motos. Eles estacionaram as motos sobre a praça e ficaram lá. E eu e o outro negro continuamos na nossa. Depois de algum tempo, os 4 policiais marcharam em nossa direção. Com tantas pessoas na praça, eu achei que não teria motivo para apenas eu e outro negro sermos revistados. Quando eles chegaram até nós, eu perguntei a eles qual era o problema. em resposta ele mandou eu dar meia volta e por as mãos cruzadas atrás da nuca, pois eu iria ser revistado. Eu os obedeci. Ele mandou que eu abrisse as pernas. Eu o fiz. Ele mandou que eu abrisse ainda mais as pernas e bateu forte em uma das minhas pernas, distanciando-a da outra. Eu disse a ele que não precisava de violência pois eu iria distanciar mais as minhas pernas. Ele começou a me revistar. Eu estava de calção, sem cueca. Ele meteu a mão nos meus bolsos, eu estava limpo. Abriu os meus cabelos. Nada encontrou e tornou a me revistar. Da segunda vez, ele pôs um dos seus braços entre minhas pernas, por trás, e levantou-o com força, atingindo a minha genitália violentamente. Eu disse àquele verme que não precisava de violência nem me revistar duas vezes. Ele me perguntou: “Onde tu mora, Cumpade?

    Eu não sou seu cumpade nem meu endereço lhe importa – respondi-lhe.

    Nesse momento a psicopatia da boneca aumentou. Ele me perguntou de novo aonde eu morava. Eu respondi que apesar de meu endereço não ser da conta dele, eu iria lhe responder. E respondi: “Eu moro na rua e passeio em casa. Meu endereço, portanto, é a rua”.

    Enquanto isso, um dos outros policiais, que revistava o meu amigo enquanto os outros dois polciais observavam, diz ao verme que me revistava: “Ele está muito alteradinho”.

    Qual é a minha alteração? – perguntei-lhe e continuei: ‘Se alguém está alterado, são vocês”.

    Ele me diz: ‘Se tu cooperarares, nada vai te acontecer”.

    Eu retruco-lhe: “Nada vai me acontecer mesmo não. Porque vocês iriam fazer alguma coisa comigo?”

    O verme que me revistava gritou: “Já chega!”

    Eu digo-lhe: “sim, já chega!”

    Ele grita com mais intensidade ainda: “Já cheeeeeeeeeeega!”

    Mais uma vez, eu lhe digo: “Sim, já cheeeeega!”

    Novamente o porco ronca: “Eu não já te disse que já chega?”

    “Se já chega, porque você continua roncando?”

    Esperei a porrada nas costas. Ela não veio. Em vez disso, ouço: “Tá liberado”.

    Eu continuei mais uns cinco minutos com as mãos entrelaçadas atrás da nuca, preto de ódio.

    Eles voltaram para onde suas motos e continuaram lá, o que me revistava botou sua máscara.

    Eu passei em frente deles, em direção à minha casa e disse aos dois policiais que apenas observaram a cena:

    “Obrigado a vocês dois, mas a esses dois arrogantes, cujos cérebros de minhoca não lhes permitem ser nada além de um policial, eu não agradeço”.

    Eles marcham em minha direção, mas os dois policiais aos quais eu agradeci os dissuadiram e pediram que eu fosse para a casa. Eu fui, chutando latas.

    Dá próxima vez que um fascista tratar minha genitália com violência, ele vai ficar só com uma banda da cara, pois a outra banda eu vou esmagar com uma pedra.

    Depois não digam que eu não falei das flores.

  3. Perfeito!

    É isso que alguns esquerdoides (esquerdistas+debiloides) estão precisando entender: não dá pra tratar com mel, carinho e sorrisos quem está querendo te ferrar! Frejat, no Barão Vermelho de 1986, já dizia isso: declare guerra a quem finge te amar! Chega de passar a mão na cabeça de quem te sacaneia!

    Há muito tempo que esses caras abusam da democracia (quando não a ignoram), distorcem leis, promovem perseguições e vivem tentando extinguir a esquerda, e tem pseudo-esquerdista achando que devemos tratá-los com afagos típicos da democracia e do bons costumes…

  4. Fascistas Amarelos

    No momento em que tiverem força suficiente, os fascistas irão ELIMINAR todos os que eles consideram seus adversários.

    Será que esquecemos o que os fascistas e nazistas fizeram na II Guerra com os ciganos, judeus, esquerdistas, deficientes físicos ?

  5. Disse o que penso
    Eu penso o mesmo! Ser de esquerda é ser bunda mole? Tem que ter sangue nas veias, lutar! O mundo é feito de lutas e ser covarde significa ficar submisso e virar escravo! Os meus heróis foram e são aqueles que lutam para ficar livres e de cabeça erguida e não para ser capacho!

  6. Que tal, em vez do fascismo, a Cidade Prevista?

    Cidade prevista

    Irmãos, cantai esse mundo
    que não verei, mas virá
    um dia, dentro em mil anos,
    talvez mais… não tenho pressa.
    Um mundo enfim ordenado,
    uma pátria sem fronteiras,
    sem leis e regulamentos,
    uma terra sem bandeiras,
    sem igrejas nem quartéis,
    sem dor, sem febre, sem ouro,
    um jeito só de viver,
    mas nesse jeito a variedade,
    a multiplicidade toda
    que há dentro de cada um.
    Uma cidade sem portas,
    de casas sem armadilha,
    um país de riso e glória
    como nunca houve nenhum.
    Este país não é meu
    nem vosso ainda, Poetas.
    Mas ele será um dia
    o país de todo homem.

     

    Carlos Drummond de Andrade

  7. Parabéns

    Mostrar, demonstrar, encarar o fascismo que está aí às claras é um lição de política à chamada esquerda ou progressistas deste país que nada sabem, pelo que se vê cotidianamente, sobre o fascismo enquanto regime distribuidor de preconceito racial e ódio à esquerda. Acreditam que é Hitler e Mussolini nos passados anos 30-40 do século XX. Esquecem que o fascismo e nazismo seu afilhado nunca desapareceram na Itália e outros países europeus onde continuam fortes em certas camadas sociais da qual Dória faz parte por aqui. Dória é o mais aberto representante do fascismo moderno europeu com sua componente racista (por aqui são os negros e ainda não os judeus as vítimas) e de ódio visceral a qualquer coisa que lembre esquerda. Os notáves fascistas que escaparam da Itália em 45 se abrigaram em grande parte na VENEZUELA. Pois é.

  8. Parabéns

    Mostrar, demonstrar, encarar o fascismo que está aí às claras é um lição de política à chamada esquerda ou progressistas deste país que nada sabem, pelo que se vê cotidianamente, sobre o fascismo enquanto regime distribuidor de preconceito racial e ódio à esquerda. Acreditam que é Hitler e Mussolini nos passados anos 30-40 do século XX. Esquecem que o fascismo e nazismo seu afilhado nunca desapareceram na Itália e outros países europeus onde continuam fortes em certas camadas sociais da qual Dória faz parte por aqui. Dória é o mais aberto representante do fascismo moderno europeu com sua componente racista (por aqui são os negros e ainda não os judeus as vítimas) e de ódio visceral a qualquer coisa que lembre esquerda. Os notáves fascistas que escaparam da Itália em 45 se abrigaram em grande parte na VENEZUELA. Pois é.

  9. amansar com quem não é manso não é inteligente

    Aldo

    De fato, o que mais temos observado é essa tendência de determinados setores progressistas/esquerdistas de usar o “discurso da não-violência”, alegando que “não podemos nos rebaixar ao nível de nossos inimigos”.

    Há um entendimento errôneo dessa posição. Pacifismo não é sinônimo de passividade. Se fosse assim, nenhuma revolta popular seria válida. Mesmo as revoluções históricas seriam tidas como “erro crasso” porque teve derramamento de sangue. Ou será que essas pessoas imaginam que a Revolução Cubana, por exemplo, tão decantada por essa galera “antiviolência”, foi feita com diálogo numa mesa de botequim, Fidel de um lado e Fulgencio do outro, como se estivessem debatendo uma rodada do Brasileirão? Se mesmo em assuntos triviais como o que exemplificamos o couro come e mesa voa, imagine uma briga como aquela que custou sangue de cubanos que não aceitaram serem os “portorriquenhos insulares”.

    Teu texto reflete uma triste realidade que temos observado em diversos setores que dizem lutar pelo povo brasileiro. Ora, quem quer realmente lutar pelo nosso povo tem de admitir que, se for necessário usar da força, a força tem de ser usada. Ninguém se defende de tiros de canhão com um estilingue. Não se pode simplesmente permitir que o país seja massacrado diturnamente sem que haja uma reação à altura dessas coisas. Jogar ovos (podres ou não) em Dória é apenas uma manifestação E DAS MAIS PACÍFICAS E BEM HUMORADAS. Sorte desse tucana patético que não jogaram coquetéis molotovs, que era o que esse pessoal merecia por tudo que o Brasil está passando desde o golpe dado no ano passado.

    E não é exagero mencionar os molotovs. Aliás, não é exagero afirmar que essas pessoas “tão pacíficas” estão deixando a serpente fascista rastejar sem problemas. Porque acabei de ler uma notícia dando conta que numa audiência pública na Unifesp havia policiais militares no local, numa clara forma de intimidação que é inadmissível. Porém, na visão desses “pacifistas de esquerda”, não há problema algum nisso porque “eles estão gritando ‘bolsomito 2018’ sentadinhos, sem fazer baderna, sem agredir ninguém com casstetes e mais nada, etc.”. Olha só quanto engano dessa turminha: eles realmente acreditam que podem ir a uma assembléia de policiais (militares ou civis), vestidos de petistas, esquerdistas, comunistas, etc., que não sofrerão nenhuma coerção ou não ouvirão nenhuma piadinha… e poderão gritar “POLÍCIA FASCISTA, NÃO PASSARÁ!!!” à vontade, porque os policiais aceitaram de bom grado essa provocação. Nem o mundo de Bobby é tão fantástico…

    Esse mundo de faz-de-conta dessa tchruminha pacifista é muito perigoso. Talvez até mais que as campanhas da direita e da extrema-ditreita. Estes não pensam duas vezes em pegar em armas para defender seu quinhão. Eles realmente se defendem e atacam quem tem de atacar. Enquanto isso, fica essa “esquerda não-combativa” vendo o país naufragar a olhos vistos, dissuadindo os brasileiros em termos de realmente se engalfinhar com os inimigos da nação. Em pouco tempo, essa galera será manchete no jornal nacional porque promoverá uma “campanha nacional contra a hostilidade a qualquer tucano ou DEMoníaco ou golpista”, chamando de “feios, bobos e chatos” quem tacar ovos nos malditos…

    Depois não entendem por que Dória e Crivella triunfaram e por que o tal “mito” é o segundo colocado nas intenções de voto pra presidência da república.

    1. E se os Galinhas Verdes não tivessem sido combatidos com força?

      Já imaginaram o que teria acontecido no Brasil do século passado se os Anarco-Sindicalistas e Socialistas não tivessem enfrentado os Integralistas e provocado a Revoada das Galinhas Verdes?

      “Eu não chamo a autodefesa de violência, eu a chamo de inteligência.” – Malcolm X

  10. Não há diálogo com coxinha

    Não há diálogo com coxinha bananeiro globotomizado. Portanto eu já chego de sola acertando da cintura pra cima. Eles nem gostam de ficar perto de mim mais por onde ando, mas eu não ligo. Quero mesmo que eles me odeiem e sintam medo. 

  11. Excelente, como sempre, Aldo.

    A esquerda brasileira tem que deixar de ser bunda mole e seguir o exemplo desse alemão.

    ***

    Turista americano faz saudação nazista na Alemanha e apanha de morador local.

    Um turista norte-americano alcoolizado resolveu fazer uma saudação nazista na cidade de Dresden, na Alemanha. Mas ele não teve a reação que esperava de um morador local. A polícia de Dresden informou que o turista de 41 anos, cuj…

    – Veja mais em

    https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2017/08/13/turista-americano-faz-saudacao-nazista-em-berlim-e-apanha-de-morador-local.htm

  12. Já disse e repito: O fascimo

    Já disse e repito: O fascimo está se proliferando pela redes sociais por pseudo piadas exovalhando mulheres, negros, pobres, indios, paises vizinhos  e quem não sabe falar a língua do império.

    É impressionante a quantidade que diariamente aparece nas redes sociais onde só brancos ricos e falando inglês são poupados.

  13. Concordo e reforço. Já havia escrito aqui este ponto:

    Dória DEVE ser tratado como inimigo. Não inimigo pessoal, mas do coletivo, da democracia, dos bons modos.Aberrações como ele, tem o dom do fascínio dos 171, conseguem com as luzes da mídia, que já o apoia, luzir pouco mas o suficiente para passar. Tem de ser combatido diariamente pois presta desserviço para o futuro do mundo.

  14. Aldo Fornazieri tem toda a razão

    Fascismo não se discute, se destrói, dizia Leon Trotski.

    Tentar dialogar, “dentro dos marcos da civilidade e da democracia”, com quem quer destruir a democracia é uma idiotice.

    Legalidade não é questão de justiça, é questão de PODER. Quem usa a violência como instrumento de poder só pode ser contido pela força, não por meros discursos “politicamente corretos” e legalistas.

    Não espere que as polícias venham te defender dos bolsonazistas, porque estes já estão dentro delas há muito tempo.

  15. pirueta
    & -… É que a coisa aqui tá preta!!!…
    – Voce tem razão, não precisamos rebater da mesma forma, virulenta, mas à altura e de uma maneira criativa…
    (ovos podres caem muito bem também..só furar antes… ) diante do momento que se impõe.
    ..No primeiro dia arrancam uma flor..

    Que tal gritar no estadio, a todos pulmoes: Ei doria!!!??? Vai tomar Caju!??
    – Ou bater carimbo nas notas de dinheiro…nos muros..
    – Abaixo ditadura PM$DB !!!!

  16. Ovo é pouco!
    É preciso que a frente de esquerda tenha carros-pipa a postos nas principais cidades, para poder derrubar o prefake com jatos de água fria, sempre que ele aparecer em público.

  17. Eu jogaria um ovo…

    Um ovo PETRIFICADO de um titanossauro, na cabeça desse zé ruela de pullover Ralf Lauren.

    Ovos de galinha deixaria para doar aos moradores de rua que saberiam utiliza-los da melho maneira; alimentando-se.

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