EDUCAÇÃO OU NADA

Ciro Gomes diz que o Brasil após a descoberta do pré-sal passou a sofrer da “doença holandesa”. Uma afirmação dessas coloca Ciro ao lado dos que não se importam nem com o petróleo nem com a Petrobras. O candidato do PDT fala em reindustrialização do país a partir do agronegócio.

Que o país precisa ser reindustrializado penso que nem precisamos ser economistas para defender essa ação, mas “doença holandesa” não é um ‘case’ brasileiro, que tem uma economia complexa e muito longe de ser centrada nos hidrocarburetos e seus subprodutos. E os plantations?

Os plantations, a base do agronegócio brasileiro, é que são de fato a nossa “doença econômica”, e esses vêm de longe. Cana, algodão, café e a soja, que não nos deixam mentir, não param de se expandir e querem adentrar até pela Amazônia. Imaginem uma reindustrialização, nessa base?

Ciro vem com a tese de que precisamos produzir defensivos agrícolas, os agrotóxicos, fertilizantes bioquímicos, enfim, toda uma cadeia implementadora da nossa matriz macroeconomia agrária. Ora, isso é desenvolvimentismo moderno? E as ciências e tecnologias de ponta? Ciro não vê?

O Brasil tem um parque industrial importante, e global, na área farmacêutica e da economia da saúde. O Brasil precisa retomar sua indústria de transformação, de máquinas e equipamentos, a indústria naval, e toda a cadeia da motricidade, infra-estrutura e logística. E no T&D nada?

Poderia ficar discorrendo laudas e laudas do que deve ser um macrodesenvolvimento econômicossocial e sustentável para o Brasil, que se pretenda forte, desenvolvido e soberano, no século XXI, mas como disse não sou economista. Fico com a EDUCAÇÃO, pois sem essa não haverá nada!

*Autor: Marco Paulo Valeriano de Brito – Enfermeiro Sanitarista, Teólogo Franciscano (O.F.M.), Administrador Público, Educador em Saúde, Pesquisador, Gestor do Desenvolvimento de Pessoas e do Trabalho, Ativista Social e Poeta.

 

Redação

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